Papa na Missa com os Capuchinhos: abraçar e perdoar
09/02/2016
Sede homens de perdão, de reconciliação e de paz – foi com estas
palavras que o Papa Francisco se dirigiu aos mais de mil Frades Capuchinhos
presentes na Basílica de S. Pedro na homilia da Missa celebrada por ocasião da
exposição dos corpos dos santos confessores Pio de Pietrelcina e Leopoldo de
Mandic.
A homilia do Santo
Padre centrou-se no perdão. Tomando como estímulo as leituras do dia o Papa
falou de duas atitudes: a da grandeza de Deus, ou seja, a da “humildade do Rei
Salomão” e aquela da “mesquinhez” dos “doutores da lei”.
“A vossa tradição” –
disse o Papa aos Capuchinhos – “é uma tradição de perdão de dar o perdão. E
entre vós há tão bons confessores” – disse o Papa que sublinhou: “é porque se
sentem pecadores”.
Não nos devemos
esquecer da necessidade que há de perdão – evidenciou ainda o Santo Padre que
deixou claro que quem se esquece de pedir perdão, lentamente “esquece-se de
Deus” e não sabe perdoar e faz como os doutores da lei sentem-se puros e “só
sabem condenar”.
Neste Ano Santo da
Misericórdia o Papa Francisco salientou o valor do gesto de quem se aproxima do
confessionário e sente que há algo que lhe pesa e que quer retirar de si, mas
não sabe como dizê-lo. “Não é preciso fazer perguntas” – disse o Santo Padre –
o gesto de aproximar-se já fala por si.
“Aquele que vem, vem à
procura de conforto, perdão, paz na sua alma…Que encontre um padre que o abrace
e lhe diga: Deus gosta de ti” – afirmou o Papa.
Recomendando a todos
os confessores que não devem ralhar com os fiéis que se vêm confessar, o Papa
Francisco deixou claro que “o confessionário é para perdoar”.(RS)
FONTE:RV
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"Padre Pio foi um servidor da misericórdia” - Papa
07/02/2016
As
urnas com as relíquias dos Santos franciscanos, Pio da Pietralcina e Leopoldo
Mandic , estão desde sexta-feira à tarde expostas na Basílica de São Pedro,
para a adoração dos fiéis. Um gesto do Papa Francisco neste Ano Jubilar
Extraordinário da Misericórdia.
Esta
manhã o Papa encontrou-se na Praça de São Pedro com numerosos grupos de oração
de Padre Pio, umas 80 mil pessoas da Itália e de várias outras partes do mundo…
Uma multidão que não passou desapercebida ao Papa, o qual sublinhou a gratidão
dessas pessoas por o Padre Pio lhes ter “ajudado a descobrir o tesouro da vida,
que é amor de Deus, e a experimentar a beleza do perdão e da misericórdia do
Senhor”.
“Podemos
dizer que Padre Pio foi um servidor da misericórdia”.
Um
servidor da misericórdia, um “apóstolo da escuta” que se tornou, através do
ministério da Confissão, uma carícia vivente de Deus que cura as feridas do
pecado e asserena o coração com a paz.”.
P.
Pio dedicou-se a tempo cheio, por vezes até à exaustão, à escuta – continuou o
Papa - acrescentando que pôde fazer isso, porque “estava sempre ligado à fonte,
a Jesus crucificado, tornando-se assim “num canal de misericórdia”.
Para
P. Pio os grupos de oração eram “viveiros de fé, lares de amor”, não apenas
centros de encontro – disse Francisco definindo a oração uma “verdadeira e
própria missão que trás o fogo do amor a toda a humanidade”, uma “força que
move o mundo”, “uma obra de misericórdia espiritual” que não deve ser usada só
como boa prática nem para pedir a Deus aquilo que nos serve – assim seria puro
egoísmo. “É dom da fé e de amor, uma intercepção de que temos necessidade como
o pão”. Trata-se duma “ciência que devemos aprender todos os dias, porque è
bela: a beleza do perdão e da misericórdia do Senhor”.
Francisco
agradeceu depois aos grupos de oração, encorajando-os, a fim de que, disse “os
grupos de oração sejam “centrais de misericórdia”, centrais sempre abertas e
activas.
O
Papa recordou ainda que “ao lado da obra de misericórdia espiritual dos grupos
de oração, P. Pio quis também uma extraordinária obra de misericórdia corporal:
a Casa Alívio do Sofrimento”, inaugurada há 60 anos, pois que é importante
curar a doença e sobretudo cuidar do doente, mesmo os moribundos; o doente é
Jesus, é a carne de Cristo.
A
terminar, Francisco saudou de modo particular os fiéis da arquidiocese de
Manfredónia-San Giovani Rotondo, recordando que João Paulo II lhe referira que
quando ia lá à missa para pedir conselhos e fazer-se confessar pelo P. Pio,
surgia nele a imagem viva de Cristo sofredor e ressuscitado. “No rosto de Padre
Pio resplandecia a luz da ressurreição”. Que qualquer pessoa que vá à vossa
bela terra possa encontrar também em vós um reflexo da luz do Céu”, disse-lhes
Francisco, pedindo orações para ele e dizendo que ele também tem vontade de lá
ir.
FONTE:RV
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Audiência: cristãos unidos pelo Batismo
20/01/20015
Logo
no início da sua alocução o Santo Padre fez referência à leitura bíblica
introdutória da audiência retirada da Primeira Carta de S. Pedro (1, Pe 2,
9-10) que foi escolhida, precisamente, por um grupo ecuménico da Letónia que
dessa tarefa foi encarregado pelo Conselho Ecuménico das Igrejas e pelo
Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A este propósito o
Papa Francisco recordou a pia batismal da Catedral Luterana da cidade de Riga,
capital da Letónia:
“No centro da Catedral Luterana de
Riga há uma pia batismal do século XII, do tempo em que a Letónia foi
evangelizada por S. Mainardo. Aquela pia batismal é sinal eloquente de uma
origem de fé reconhecida por todos os cristãos da Letónia, católicos, luteranos
e ortodoxos. Tal origem é o nosso Batismo em comum.”
“O Concílio Vaticano II afirma que ‘o
Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos
aqueles que através dele foram regenerados’ (Unitatis redintegratio, 22).”
“A Primeira Carta de Pedro é dirigida
à primeira geração de cristãos para toná-los conscientes do dom recebido com o
Batismo e das exigências que ele comporta. Também nós, nesta Semana de Oração,
somos chamados a redescobrir tudo isto, e a fazê-lo juntos, indo para além das
nossas divisões.”
O Papa Francisco sublinhou, assim, que
durante esta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, somos convidados a
redescobrir a importância do dom recebido no Batismo, vínculo sacramental da
unidade que vigora entre todos os discípulos de Cristo. Todos nós, católicos,
ortodoxos e protestantes recebemos o mesmo e único Batismo.
Fazemo-lo porque estamos conscientes
de que somos pecadores e necessitamos da salvação – afirmou o Santo Padre – e
compartilhamos a experiência de sermos chamados das trevas ao encontro com o
Deus vivo e cheio de misericórdia.
Refletir sobre a nossa origem comum na
fonte batismal significa, portanto, saber que somos todos irmãos e formamos o
povo santo sacerdotal; somos filhos de um único Deus, cuja misericórdia atuante
no Batismo é mais forte do que as nossas divisões – observou o Papa.
Por tudo isto o Papa Francisco afirmou
que todos os cristãos, podem e devem anunciar a força do Evangelho,
comprometendo-se juntos na realização das obras de misericórdia. É uma missão
comum a todos os cristãos transmitir aos outros a misericórdia que recebem de
Deus, começando pelos mais pobres e abandonados – disse o Papa Francisco na
conclusão da sua catequese deixando uma prece para a Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos:
“Durante esta Semana de Oração,
rezemos para que todos nós discípulos de Cristo encontremos o modo de colaborar
juntos para levar a misericórdia do pai a cada parte da terra.”
O Santo Padre saudou também os
peregrinos de língua portuguesa:
“Dirijo uma cordial saudação aos
peregrinos de língua portuguesa aqui presentes. Nesta Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos, imploremos a graça de viver os nossos compromissos
batismais, numa adesão mais profunda ao Rosto da Misericórdia divina que é
Jesus, nossa esperança e nossa paz. Que Deus vos abençoe!”
O Papa Francisco a todos deu a sua
benção!
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Discursos
Audiência: iniciado ciclo de catequeses sobre a
misericórdia
14/01/2016
Quarta-feira, 13 de janeiro, nesta audiência geral o Papa
Francisco deu início a um ciclo de catequeses sobre a misericórdia segundo a
perspetiva bíblica.
Falando com
Moisés, o Senhor revelou-Se como “Deus misericordioso” e foi assim que se
apresentou – referiu o Papa Francisco.
Este é o seu
nome, o rosto com que Se manifesta, o seu coração. A imagem que Ele nos dá de
Si mesmo é de um Deus que se comove e enternece por nós, como uma mãe quando
pega no seu filho ao colo, desejosa apenas de o amar, proteger, ajudar, pronta
a dar tudo, inclusive dar-se a si mesma.
Deste Deus
misericordioso, diz-se também que é “vagaroso na ira”, isto é, com grande
capacidade de suportar. “Deus sabe esperar” – explicou o Santo Padre – “não é
impaciente como os homens. Ele é como o agricultor que sabe esperar, deixa
crescer o bom trigo e, por amor dele, não arranca sequer a cizânia.”
Deus é cheio
de bondade e fidelidade. É grande e poderoso, sem dúvida; mas esta sua grandeza
e esta sua força usa-as para nos amar a nós, tão pequeninos, incapazes e
insignificantes. No seu grande amor, é Ele que dá o primeiro passo, sem atender
aos nossos méritos humanos, com plena gratuidade. Sim, a solicitude divina é
tão grande e tão forte que nada a pode deter, nem mesmo o pecado: é capaz de
ultrapassar o pecado, vencendo o mal e perdoando as faltas. E isto sempre, numa
fidelidade sem limites! – afirmou o Papa Francisco:
“Uma
fidelidade sem limites: eis a última palavra da revelação de Deus a Moisés. A
fidelidade de Deus nunca nos faltará, porque o Senhor é o Guardião que, como
diz o Salmo, não adormece mas vigia continuamente sobre nós para nos conduzir à
vida.”
“Deus é
totalmente e sempre fiável. Uma presença sólida e estável. É esta a certeza da
nossa fé. E, portanto, neste Jubileu da Misericórdia, confiemos totalmente
n’Ele, e experimentemos a alegria de ser amados por este “Deus misericordioso e
piedoso, lento à ira e grande no amor e na fidelidade”.
O Santo Padre
saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Amados
peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção
especial para o grupo do Brasil. Não nos cansemos de vigiar sobre os nossos
pensamentos e atitudes para saborear desde já o calor e o esplendor do rosto de
Deus
FONTE:RV
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“O nome de Deus é
Misericórdia” – apresentação do livro
14/01/2016
O livro-entrevista de Andrea Tornielli com o Papa Francisco foi
apresentado neste dia 12 de janeiro no Instituto Patrístico Augustinianum de
Roma. Presentes o Cardeal Parolin, o ator Roberto Benigni e o preso Zhang
Agostino Jianquing. A moderadar a apresentação o padre Federico Lombardi e,
claro, presente também o autor da conversação com o Santo Padre o vaticanista
Andrea Tornielli. Desta apresentação dão-nos conta dos pormenores os nossos
colegas do programa brasileiro da Rádio Vaticano Jackson Erpen e Raimundo Lima:
“Um livro
para aprofundar o mistério da Misericórdia de Deus e entender o que esta
representa na vida e no Pontificado do Papa Francisco. É o significado mais
profundo do livro “O nome de Deus é Misericórdia” nascido da entrevista, ou
melhor, como precisou Pe. Lombardi, da conversação do Pontífice com o
vaticanista Tornielli. Publicado no Ano Santo, o volume – editado em 86 países
– representa, segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, um valioso
subsídio para o Jubileu da Misericórdia:
"Este livro-conversação é
preciosíssimo justamente no contexto deste Ano jubilar. Com esse
livro-conversação temos a sua experiência da misericórdia, em sua vida
sacerdotal, em seu ministério, em sua espiritualidade.”
“Quem está em
busca de revelações – disse o Cardeal Parolin em sua fala – talvez fique
desiludido”. Efetivamente, o volume quer “tomar o leitor pela mão para entrar
no mistério da Misericórdia, que é a carteira de identidade do cristão”,
ressaltou o purpurado.
“O volume,
que é de fácil leitura, tem uma característica que é peculiar de seu autor
principal, ou seja, o Papa. De fato, é um livro que abre portas, que quer
mantê-las abertas e pretende indicar possibilidades; que deseja fazer
resplendecer, ou ao menos mostrar, o dom gratuito da infinita misericórdia de
Deus, “sem o qual o mundo não existiria” – como disse uma vez uma anciã ao
então Dom Bergoglio, pouco após tornar-se bispo auxiliar de Buenos Aires.”
O livro,
acrescentou o cardeal, não dá respostas definitivas, nem entra na casuística,
mas “alarga o olhar ao encontro com o amor infinito de Deus” que supera as
lógicas humanas.
E recordou
que Francisco não somente nos recorda que vivemos num mundo que perdeu o
sentido do pecado, mas que cada vez mais precisa de misericórdia.
Em seguida, o
Cardeal Parolin evidenciou a importância da misericórdia não somente na
conversão pessoal, mas também nas relações entre os Estados e os povos. O Papa
Francisco tem convicção disso, disse o purpurado, como o tinha São João Paulo
II, em particular, após os atentados de 11 de setembro:
“A mensagem do Papa, a mensagem
cristã da misericórdia e do perdão, as muitas portas santas que são
escancaradas, o chamado a deixar-se abraçar pelo amor de Deus é algo que não
diz respeito somente à conversão de cada um de nós, à salvação da alma de cada
pessoa; é algo que nos diz respeito também como povo, como sociedade, como país
e pode ajudar-nos a construir relações novas e mais fraternas porque quem
experimentou em si a abundância da graça no abraço de misericórdia, quem foi e
continua sendo perdoado, pode restituir ao menos um pouco daquilo que
gratuitamente recebeu.”
É um livro
comovente porque mostra que o abraço de Jesus nos levanta se nos abandonamos ao
amor de Deus, disse ainda o Cardeal Secretário de Estado.
A
participação sucessiva suscitou comoção: o testemunho de Zhang Agostino
Jianquing, jovem encarcerado de origem chinesa, detido em Pádua – nordeste da
Itália –, que contou como após anos de violência encontrou a fé propriamente no
cárcere, através de um voluntário que o levou ao encontro com o Senhor:
“Após o Batismo entendi toda a
misericórdia da qual fui objeto, mesmo quando não me dava conta disso. E este
livro do Papa Francisco ajudou-me a compreender melhor aquilo que aconteceu
comigo. Eis o motivo do nome ‘Zhang Agostino: Agostino porque pensando em Santo
Agostinho, em sua história, comoveu-me particularmente sua mãe, Santa Mônica,
por todas as lágrimas que derramou por seu filho, esperando reencontrar o filho
perdido. É de certo modo como a minha situação: pensando em minha mãe e no rio
de lágrimas que derramou por mim, esperando que eu pudesse reencontrar o
sentido da minha vida.”
Em seguida,
com palavras comoventes, Zhang Agostinho agradeceu ao Papa, a quem pôde
encontrar propriamente com a publicação do livro, por sua constante atenção e
cuidado para com os encarcerados:
“Caro Papa Francisco, obrigado
pelo afeto e a ternura que jamais deixa de nos testemunhar. Obrigado por seu
incansável testemunho. Obrigado pelas páginas deste livro das quais emerge o
coração de um pastor misericordioso. E nós o recordamos sempre em nossas
orações.”
Da comoção
suscitada pelo detento passou-se à alegria contagiante: a última participação,
muito aguardada, foi a do ator e diretor cinematográfico Roberto Benigni, que
arrancou o efusivo aplauso dos presentes. O ator iniciou ressaltando os
sentimentos que teve com a leitura do livro:
“É um livro – digamos – que nos
acaricia, que nos abraça, que nos ‘misericordia’, que é um termo inventado pelo
Papa. Misericórdia – atenção! – não é uma virtude assim, que está sentada na
poltrona... é uma virtude ativa, que se move: olhem para o Papa, jamais está
parado! Move não somente o coração, mas também os braços, as pernas, os
calcanhares, os joelhos, move o corpo e a alma, jamais está parado! Vai ao encontro
dos míseros, da pobreza, não fica parado um segundo...”
Benigni
prosseguiu sua reflexão sobre a Misericórdia evidenciando que esta, junto ao
perdão, é a mensagem mais forte que está emergindo do Pontificado de Francisco.
“E a misericórdia para Francisco
– atenção! – não é uma visão adocicada, condescendente ou, pior ainda,
‘bondosista’ da vida: não! É uma virtude severa, é um verdadeiro desafio, mas
não somente religioso-teológico: é um desafio social, político! Aquilo que
Francisco está fazendo é impressionante. E o que Francisco faz para vencer esse
desafio, digamos, incrível? O que é que lhe dá forças? É propriamente a
medicina da misericórdia. Vejam só, ele vai buscá-la entre os derrotados, entre
os últimos dos últimos. Aonde foi publicamente quando começou seu Pontificado?
Foi a Lampedusa, propriamente aonde chegam os últimos dos últimos. E onde abriu
a Porta Santa do Jubileu? Na República Centro-Africana, em Bangui, no lugar
mais pobre dos pobres dos pobres do mundo: justamente no lugar mais pobre
Francisco vai ao encontro da proximidade, da dor do mundo, do sofrimento,
porque ali, no meio da dor nasce a misericórdia.”
Num mundo que
pede a condenação, ressaltou Benigni, Francisco quer, ao invés, a misericórdia.
E não vê contraposição com a justiça:
“E então, diz, porém, se se
perdoa tudo, para que serve a justiça? Mas a misericórdia – nos diz o Papa
Francisco – é a justiça maior. A justiça é o mínimo da misericórdia. A
misericórdia não elimina a justiça: não a suprime, não a corrompe. Vai além. Um
mundo somente com a justiça seria um mundo frio, não? E se sente que o homem
não precisa somente de justiça: precisa também de algo diferente. No livro se
sente que Francisco nos faz perceber exatamente isso, porque a misericórdia é
propriamente a fonte de seu Pontificado...”
Por fim, o
autor do livro com o Papa, o vaticanista do diário “La Stampa” Andrea Tornielli
agradeceu aos que – a começar pelo editor – acreditaram neste projeto editorial
e quis unir a figura de Bergoglio à de São João XXIII, que sabia olhar com
misericórdia para os pecadores, abraçando todos, inclusive os encarcerados,
como faz hoje o Papa Francisco.”
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Encontros e Eventos
Papa abrirá Porta Santa da Basílica de São João de
Latrão
11/12/2015
Cidade
do Vaticano (RV) – No próximo domingo, 13, o Papa Francisco abrirá a Porta
Santa da Basílica de São João de Latrão. No mesmo dia, cada Bispo abrirá a
Porta Santa da própria Catedral em todo o mundo. O início da celebração está
previsto para as 9h30, hora local, e terá a transmissão da Rádio Vaticano com comentários em
português, a partir das 6h20, horário de Brasília.
Após atravessar a Porta Santa da
Basílica, o Pontífice será seguido por uma delegação formada pelo Cardeal
Vigário Agostino Vallini, pelo Vice-Gerente Filippo Iannone, pelos bispos
auxiliares (incluindo alguns eméritos), pelo Capítulo lateranense e pelos Padres
penitencieiros. A seguir, passarão seis sacerdotes da Diocese de Roma, um
Diácono e quinze leigos.
Porta Santa
A atual Porta Santa da Basílica de
São João de Latrão foi realizada pelo escultor Floriano Bodini. A obra de
bronze tem uma altura de 3,60 metros e uma largura de 1,90 metros. Foram
necessários dois anos e meio de trabalhos, desde os primeiros esboços em 1998,
passando pela execução em bronze em novembro de 1999, o modelo em gesso de
junho a setembro do ano 2000, até chegar à fusão em bronze, de setembro a
dezembro do ano 2000.
O fechamento da Porta Santa, na
conclusão do Jubileu do Ano 2000, foi realizado em 5 de janeiro de 2001 pelo
então Cardeal Vigário Camillo Ruini, durante a celebração das primeiras
Vésperas da Epifania. (JE)
FONTE:RV
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Deus não faz diferença entre os que sofrem – Papa
em Bangui
29/11/2015
Na tarde deste domingo o Papa foi à Faculdade de Teologia
Evangélica de Bangui para um encontro ecuménico com as comunidades evangélicas
da RCA. Faculdade fundada em 1977 pela Associação dos Evangélicos em África
para servir todas as Igrejas na proclamação da mensagem do Reino de Deus,
explicou o Decano da Faculdade, Napanga Weanzana ao acolher o Santo Padre. Ele
disse apreciar a simplicidade, humildade e generosidade do Papa Francisco que
vai na linha do caminho traçado por Cristo. Acrescentou que a visita do Papa
trará certamente à RCA uma era nova na via da paz e da reconciliação.
Por sua vez,
o Presidente da Aliança dos Evangélicos na RCA, Nicolas Guerekoyame Gbangou
manifestou a grande alegria de todos pela visita do Papa Francisco nesta hora
difícil que o país está a viver devido às turbulências político-militares
que envenenam as condições de vida da população. Uma visita que acontece 30
anos depois da de João Paulo II, em 1985, o que levou Nicolas Gbangou a dizer
que mais vale tarde do que nunca, mas a agradecer, contudo, a Deus por ter
tornado possível esta visita do Papa Francisco.
Neste momento
em que o país se prepara para as eleições, Gbangou frisou que as esperanças
ligadas à visita do Papa se prendem com a de levar o país à normalidade
democrática; à restauração da paz através do perdão; à tolerância, à coesão
social; à esperança de ver restabelecidas no país as condições de segurança
favoráveis ao desenvolvimento sócio-económico.
Expectativas
– disse – que se inscrevem bem na linha de acção do Papa e relacionadas com o
ambiente, a reforma do governo da Igreja e o Sínodo sobre a família.
Gbangou disse
ainda que a Igreja na RCA, através da Plataforma Inter-religiosa está a
trabalhar a favor da paz e que com esta sua visita o Papa manifesta a sua
compaixão para com o povo centro-africano, oferecendo-lhe um modelo de amor a
ser vivido quotidianamente. Só o amor de Deus – acrescentou – pode unir os
corações divididos e gerar o perdão, a tolerância e a paz.
E solicitou o
apoio do Santo Padre sobretudo no que toca ao desarmamento dos grupos armados;
à reabilitação das Forças Armadas Centro-africanas; à reabilitação de certos
projectos da Plataforma das Confissões Religiosas, de modo particular a criação
de uma estação de rádio, de escolas e de centros de saúde inter-comunitários.
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O Papa
Francisco “num profundo sentimento de amor fraterno” declarou-se feliz por ter
a ocasião de encontrar os Evangélicos, dizendo “Estamos todos aqui ao serviço
do mesmo Senhor ressuscitado” e recordou que pelo baptismo comum os cristãos
são todos convidados “a anunciar a alegria do Evangelho aos homens e mulheres
deste amado país da África Central”. E no contexto de sofrimento em que vivem
os centro-africanos o anuncio do Evangelho se torna ainda mais urgente e
necessário.
Dizendo que
“Deus não faz diferença entre aqueles que sofrem, o Papa voltou a usar a
expressão “ecumenismo de sangue” para dizer que “todos no país, sem
distinção, sofrem com a injustiça e o ódio cego que o diabo desencadeia”. E
exprimiu a sua “proximidade e solidariedade ao Pastor Nicolas, cuja casa foi
recentemente saqueada e queimada bem como a sede da sua comunidade” .
Este
sofrimento comum e esta missão comum são, para o Papa Francisco, “uma
oportunidade providencial para fazer avançar no caminho da unidade, sendo, para
isso mesmo, um meio espiritual indispensável”.
“A
divisão dos cristãos é um escândalo”, porque contrária à vontade de Deus” e
perante este mundo dilacerado por ódios e violências – disse o Papa, que
exprimiu apreço pelo espírito de respeito mútuo e de colaboração que existe
entre os cristãos da RCA. E encorajou-os a avançarem por este caminho num
serviço comum de caridade. É um testemunho prestado a cristo, que constrói a
unidade.
E exortou-os
a juntarem cada vez mais “à perseverança e à caridade, o serviço da oração e da
reflexão em comum, procurando um melhor conhecimento recíproco, uma maior
confiança e amizade rumo á plena comunhão” (DA)
FONTE:RV
Audiência: no convívio familiar viver a Eucaristia
11/10/2015
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Rezar em novembro: as intenções do Papa
10/11/2015
O Papa Francisco pede ao Apostolado da Oração
para rezar, neste mês de novembro, pelas seguintes intenções:
Universal:
“Para que nos abramos ao encontro pessoal e ao diálogo com todos, também com
aqueles que pensam de modo diferente”.
Evangelização:
“Para que os pastores da Igreja, com profundo amor ao seu rebanho, acompanhem o
seu caminho e animem a sua esperança”.
FONTE: RV
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Papa Francisco \ Celebrações
Reflexão para o Dia de
Finados
02/11/2015
Cidade do Vaticano (RV) - Celebramos hoje todos os fiéis que já
realizaram sua Páscoa, isto é, já passaram para a eternidade, plenamente
felizes, já estão na Casa do Pai. Todos nós fomos
criados para vivermos eternamente a felicidade, amando a Deus e sendo amados
por Ele. É um momento de reflexão sobre
o sentido da existência humana, de onde vem e para onde vai.
É uma ocasião em
que a arrogância e a prepotência devem ceder lugar à humildade e o ser humano
reconhecer que, apesar de sua grandiosidade é finito. Teve início e terá fim,
basta olhar para aqueles que nos cercavam e agora não mais estão ao nosso lado.
Também, deveremos pensar em nós, em nosso futuro, em nosso destino definitivo.
Mais cedo ou mais tarde, isso acontecerá.
Exatamente por
causa dessa certeza, devemos viver bem, em harmonia com todos e preparando
nossa morada definitiva. Se a morte é certa, quando ela ocorrerá e de que modo,
é uma incerteza. Com ela acabam disputas, vanglórias, riquezas, partidarismos
político, ideologias, classes sociais, tudo. Só permanece aquilo que foi
realizado por amor e com amor porque o amor é eterno, o Amor é Deus, Deus é
Amor! Mesmo o homem mais inteligente e mais rico só levará para o além túmulo
aquilo que fez por causa do Amor. O mais se tornará cinzas e irá, com o passar
do tempo, para o esquecimento, como nos mostra o que restou de tantos que se
julgavam influentes e que até o nome esquecemos.
Mas
o dia de hoje é um dos marcados pela saudade, pela presença da ausência de
tantos entes queridos. Mas essa saudade é um sentimento doce, sofrido, mas
doce. Recordamos, isto é, trazemos ao coração, a lembrança de pais, filhos,
irmãos, avós, amigos, vizinhos, colegas, conhecidos que marcaram com suas
presenças nossa vida, nosso dia-a-dia. Se o nosso relacionamento com eles foi
bom, dentro do amor, do carinho, dentro da compreensão e do perdão, o dia de
hoje será consolador. Será grato fazer essa recordação. Sofremos a saudade, é
verdade, mas não nos desesperamos, porque não desperdiçamos a oportunidade de
bem conviver e de amar.
Sabemos que um dia
nos reencontraremos e juntos, viveremos a eternidade com Deus. O Céu é o local de encontro,
onde nossos entes queridos nos aguardam para a vida feliz, em Deus, para sempre
amando e sendo amado!
Continuemos
fazendo o bem, vivendo os ensinamentos cristãos. Eles são o passaporte para
chegarmos à Pátria definitiva. Jesus
Cristo, Maria e os nossos queridos que já nos precederam, aguardam por nós. Não
os decepcionemos!
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Missa em Santa Marta
Papa: invejas, calúnias e armadilhas vêm do diabo
10/10/2015
Sexta-feira,
9 de Outubro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco disse que as invejas, as
calúnias e as armadilhas vêm do diabo. No Evangelho do dia, Jesus expulsa um
demónio, faz o bem, está entre a gente que o escuta e reconhece a sua
autoridade, mas há quem o acuse:
“Havia um outro grupo de pessoas que
não gostava dele e tentavam sempre interpretar as palavras e as atitudes de
Jesus de modo diferente, contra Jesus. Alguns por inveja, outros por rigidez
doutrinal, outros porque tinham medo que os romanos chegassem e fizessem uma
tragédia; por muitas razões, tentavam afastar a autoridade de Jesus das pessoas
e caluniar, como neste caso. ‘Ele expulsa os demónios através de Belzebu’. Ele
é um endiabrado, faz magias, é um feiticeiro’. Colocavam-no à prova
continuamente, provocavam-no com armadilhas, para ver se caia”.
Segundo o Santo Padre é fundamental
saber “discernir as situações”, pois o cristão não se pode deixar anestesiar
pensando que tudo está bem e permitindo que o ‘diabo’ o convence a fazer as
coisas com relativismo. Por isso é necessário vigiar através do exercício do
“exame de consciência” – sublinhou o Papa Francisco: discernir e vigiar:
“Discernir e vigiar, para não deixar
entrar aquele que engana, que seduz, que fascina. Peçamos ao Senhor esta graça,
a graça do discernimento e a graça da vigilância.” (RS)
FONTE:RV
Papa aos jovens: Cracóvia nos espera!
30/09/2015
A alegria de Deus é perdoar: é o que escreve o Papa Francisco aos
jovens, na mensagem para a 31ª Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia 2016
“Felizes os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7) é tema da Mensagem.
Cracóvia acolherá uma Jornada especial – um “Jubileu dos jovens”, como definiu
Francisco. Será a primeira a ser celebrada, a nível mundial, depois da
canonização de João Paulo II, idealizador das JMJ e, sobretudo, se inserirá no
Ano da Misericórdia convocado pelo Papa.
Francisco exorta os
jovens a compreenderem que o amor de Deus pelo seu povo é como o de uma mãe ou
de um pai por seu filho: um amor capaz de “criar dentro de mim espaço para o
outro, sentir, sofrer e alegrar-me com o próximo”, um amor “fiel, que perdoa
sempre”. Por isso, destaca o Pontífice, “na misericórdia está sempre incluído o
perdão”, porque não se trata “de uma ideia abstracta, mas de uma realidade
concreta”. Em Jesus, “tudo fala de misericórdia”, ou melhor “Ele próprio é
misericórdia”, e a “síntese de todo o Evangelho” está nisto: “a alegria de Deus
é perdoar”.
No texto, o Papa recorda
a sua experiência juvenil quando, aos 17 anos, o encontro com um sacerdote,
durante a Confissão, mudou a sua vida. Eis então o convite aos jovens para se
aproximarem deste Sacramento, porque “quando abrimos o coração com humildade e
transparência, podemos contemplar de forma muito concreta a misericórdia de
Deus”. O confessionário é “o lugar da misericórdia”, destaca Francisco, porque
“o Senhor nos perdoa sempre” e nos olha com um olhar de amor infinito, para
além de todos os nossos pecados, limitações e fracassos.
Mas a misericórdia –
adverte o Pontífice – não só se recebe, mas se coloca em prática. Ou melhor,
“só seremos realmente felizes se entrarmos na lógica divina do dom, do amor
gratuito, sem medida”. Recordando que “a misericórdia não é bonomia nem mero
sentimentalismo”, o Papa faz uma proposta aos jovens: escolher, entre janeiro e
julho de 2016 – mês da Jornada – uma obra de misericórdia corporal e uma
espiritual para colocar em prática em cada mês. A mensagem da Divina
Misericórdia, recorda Francisco, é “um programa de vida muito concreto e
exigente”, que implica obras, entre as quais perdoar quem nos ofendeu.
Num mundo em que os
jovens se declaram cansados, em meio a tantas guerras e violência, o Papa
reitera que a misericórdia é o único caminho para vencer o mal. A justiça,
escreve ele, é necessária, mas não suficiente, porque “justiça e misericórdia
devem caminhar juntas”.
“Cracóvia
espera-nos com os braços e o coração abertos!”, afirma ainda o Papa aos jovens,
“vinde a Ele e não tenhais medo”.
Em 2016, pela terceira
vez uma JMJ coincidirá com um Ano Jubilar. A primeira vez foi em 1983-84,
durante o Ano Santo da Redenção. Depois, o Grande Jubileu do Ano 2000, quando
mais de dois milhões de jovens de cerca de 165 países se reuniram em Roma para
a 15ª JMJ. (BS/BF)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Papa: vergonha pelos abusos, responsáveis prestarão
contas
27/09/2015
O Papa Francisco se reuniu com vítimas de abusos sexuais cometidos
por membros da Igreja. Ele mesmo o anunciou domingo (27/09), antes de iniciar o
seu discursos aos bispos da Filadélfia, na capela do Seminário São Carlos
Borromeu.
“Ficaram
gravadas no meu coração as histórias de dor e sofrimento dos menores que foram
abusados sexualmente por sacerdotes. Continuo a cobrir-me de vergonha porque
pessoas que tinham sob a sua responsabilidade o cuidados de menores os violaram
e lhes causaram graves danos. Deus chora profundamente. Os crimes e pecados dos
abusos sexuais em menores não podem ser mantidos em segredo por mais tempo.
Comprometo-me por uma zelante vigilância da Igreja para proteger os menores e
prometo que todos os responsáveis prestarão contas”.
Depois de
pronunciar estas palavras, que não estavam previstas no seu discurso, Francisco
revelou:
“Acabo de me
encontrar com um grupo de pessoas abusadas, crianças que são ajudadas e
acompanhadas aqui em Filadélfia com carinho pelo Arcebispo Chaput”.
Dom Charles
Chaput foi nomeado em 2011 para assumir a Arquidiocese de Filadélfia na
administração das comunidades mais feridas pelos escândalos de abusos sexuais
nos EUA – naquele mesmo ano, por exemplo, 21 padres foram suspensos em decorrência
do problema; a maioria dos episódios de abusos teria ocorrido entre as décadas
de 1960 e 1980.
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Viagens
Trabalhar pela paz e em paz: Francisco saúda
funcionários da ONU
25/09/2015
Nova Iorque (RV) – Trabalhar pela paz, mas também em paz: esta foi a mensagem que Francisco deixou aos funcionários da Organizações das Nações Unidas (ONU), ao visitar a sede da instituição esta sexta-feira, em Nova Iorque.
O Papa foi acolhido pelo
Secretário-Geral, Ban Ki-moon, no ingresso do Secretariado, com um piquete de
honra e por duas crianças, filhas de funcionários da ONU mortos em serviço, que
lhe ofereceram flores.
Após o encontro a portas
fechadas com Ban Ki-moon e da troca de presentes, o Pontífice fez uma breve
saudação aos funcionários da entidade, agradecendo-lhes por tudo que fizeram na
preparação desta visita.
O Papa falou da importância do
empenho silencioso, mas eficaz, que os funcionários realizam nos bastidores –
um trabalho fundamental para o êxito das iniciativas diplomáticas, culturais,
econômicas e políticas das Nações Unidas, para responder às necessidades e às
expectativas da família humana.
“Hoje, e todos os dias,
gostaria de pedir a cada um de vocês para, segundo as próprias capacidades,
cuidar um do outro: ser solidários uns com os outros, respeitar uns aos outros,
de modo a encarnar em vocês mesmos o ideal desta Organização, ou seja, uma
família humana unida, que vive em harmonia, que trabalha não só pela paz, mas
em paz; que age não só pela justiça, mas num espírito de justiça.”
Depois da saudação, Francisco
depositou flores diante da placa em memória de funcionários da ONU que morreram
em serviço. (BF)
FONTE: RV
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Papa Francisco \ Atividades
Papa: S. Junípero Serra, testemunha de uma Igreja
em saída
24/09/2015
Os sinos da alegria tocam a rebate no céu e na terra porque a
Igreja já tem mais um santo: S. Junipero Serra, evangelizador da Califórnia. O
canto do Veni Creator Spiritus deu início ao rito de canonização, depois foi
lida a biografia do novo santo pelo postulador e a Litania dos Santos antecedeu
o pronunciamento da fórmula pelo Santo Padre.
Junto ao
Santuário Nacional da imaculada Conceição em Washington estiveram cerca de 40
mil fiéis que acolheram o Papa com grande alegria. Presentes os bispos
norte-americanos, uma delegação da Califórnia, vinte nativos americanos, muitos
religiosos e religiosas e ainda cerca de 4 mil seminaristas.
O franciscano
Junipero Serra nasceu em 1713 e faleceu em 1784. Foi beatificado pelo Papa João
Paulo II em 1988. Espanhol de Maiorca ordenou-se em 1737 e nas missões em que
esteve na América desenvolveu importante ação junto dos grupos indígenas.
Aprendeu a língua Pame e traduziu nesse idioma orações e doutrina cristã.
Segundo a biografia divulgada pela Santa Sé nesta viagem o novo santo esteve,
muitas vezes, em desacordo com as autoridades sobre a maneira como eram
tratados os nativos.
Na sua homilia,
pronunciada em espanhol, o Papa Francisco referiu-se a S. Junipero como um
missionário da alegria do Evangelho e de uma “Igreja em saída”:
“E hoje
recordamos uma daquelas testemunhas que souberam testemunhar nestas terras a
alegria do Evangelho: padre Junípero Serra soube viver aquilo que é ‘a Igreja
em saída’, esta Igreja que sabe sair e ir pelas estradas, para partilhar a
ternura reconciliadora de Deus.”
O Santo Padre
abordou na sua homilia o valor da missão, afirmando que o espírito do mundo
convida-nos ao “conformismo” e à “comodidade”, mas Jesus disse aos seus
discípulos e “repete-o a nós hoje: Ide! Anunciai! A alegria do Evangelho só se
experimenta, conhece e vive, dando-a, dando-se” – declarou o Papa, afirmando
que “a missão nunca nasce dum projeto perfeitamente elaborado ou dum manual bem
estruturado e programado; a missão nasce sempre duma vida que se sentiu
procurada e curada, encontrada e perdoada. A missão nasce de se fazer uma, duas
e mais vezes a experiência da unção misericordiosa de Deus. E o Papa recordou a
herança missionária dos que nos precederam na fé:
“Hoje
encontramo-nos aqui, podemos estar aqui, porque houve muitos que tiveram a
coragem de responder a este chamamento; muitos que acreditaram que «na doação a
vida fortalece, e enfraquece no comodismo e no isolamento» (Documento de
Aparecida, 360). Somos filhos da ousadia missionária de muitos que preferiram
não se fechar «nas estruturas que nos dão uma falsa proteção (...), nos hábitos
em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta»
(Exort. ap. Evangelii gaudium, 49). Somos devedores duma Tradição, duma cadeia
de testemunhas que tornaram possível que a Boa Nova do Evangelho continue a
ser, de geração em geração, Nova e Boa.”
O Padre Junipero
Serra “soube deixar a sua terra, os seus costumes, teve a coragem de abrir
sendas, soube ir ao encontro de muitos aprendendo a respeitar os seus costumes
e as suas características” – referiu o Papa realçando que este novo santo
“aprendeu a gerar e acompanhar a vida de Deus nos rostos daqueles que
encontrava, tornando-os seus irmãos. Junípero procurou defender a dignidade da
comunidade nativa, protegendo-a de todos aqueles que abusaram dela; abusos que
hoje continuam a encher-nos de pesar, especialmente pela dor que provocam na
vida de tantas pessoas.” S. Junipero Serra escolheu um lema – disse o Papa na
conclusão da sua homilia: “Sempre avante”:
“Teve um lema
que inspirou os seus passos e plasmou a sua vida: Soube-o dizer mas sobretudo
viver: “Sempre avante”. Esta foi a maneira que Junípero encontrou para viver a
alegria do Evangelho, para que não se anestesiasse o seu coração. Foi sempre
avante, porque o Senhor espera; sempre avante, porque o irmão espera; sempre
avante por tudo aquilo que ainda tinha para viver; foi sempre avante. Como ele
então, possamos também nós hoje dizer: sempre avante.”(RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Papa nos EUA: Obama acolheu o Santo Padre
23/09/2015
Os
Estados Unidos da América abraçaram o Papa Francisco que chegou, vindo de Cuba,
à Base Militar de Andrews em Washington pelas 16 horas locais desta terça-feira
dia 22.
A acolhe-lo estavam o Presidente Obama
e a Primeira Dama Michele com as suas filhas Malia e Sasha. Presente também o
vice-presidente Joe Biden, facto que não é normal, pois, segundo o protocolo,
as mais altas individualidades do governo norte-americano nunca estão no mesmo
momento, no mesmo lugar.
Os bispos da Conferência Episcopal
americana saudaram o Papa nesta sua chegada ao país com destaque para o
arcebispo de Washington, o Cardeal Wuerl. Das autoridades civis de registar a
presença do presidente da Câmara de Colombia e os governadores do Maryland e da
Virginia. Muitos também os populares presentes, sobretudo, jovens que acenaram
ao Papa Francisco.
O Santo Padre encontrou-se brevemente
em privado com o Presidente Barack Obama e depois partiu num Fiat 500L para o
jantar na Nunciatura em Washington. Nos próximos dias nos EUA o Papa Francisco
terá uma agenda bem pesada na qual se destaca a canonização do Padre Junipero
Serra, as visitas ao Congresso e às Nações Unidas e o VIII Encontro Mundial das
Famílias.(RS)
FONTE:RV
_____________________________Papa Francisco \ Viagens
Papa Francisco se despede de Cuba
22/09/2015
Santiago de Cuba (RV) - Nesta terça-feira o Papa Francisco se
depediu de Cuba, primeira etapa desta sua 10ª viagem apostólica internacional.
Ele que foi o terceiro pontífice a visitar a ilha caribenha.
Na
parte da manhã ele celebrou a Santa Missa na Basílica do Santuário de Nossa
Senhora da Caridade do Cobre. Após, com antecipação de uma hora, o encontro com
as famílias na Catedral de Santiago.
O último compromisso do Papa foi a
cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional “Antonio Macae”, distante 10
km do centro de Santiago, e onde chegou pouco antes das 12 horas, hora local. O
Pontífice foi acompanhado desde a chegada no Aeroporto pelo Presidente Raúl Castro.
Na área reservada ao cerimonial do Aeroporto, estavam presentes algumas
autoridades civis, os bispos cubanos e um grupo de fieis.
Na breve cerimônia foram entoados os
hinos dos respectivos Estados, apresentada a Guarda de Honra e a homenagem às
bandeiras. Por fim, a saudação das respectivas delegações. Não foram proferidos
discursos.
O avião A330 da Alitália decolou às
18h26, hora local, com destino à Washington, onde, após 3h30 previstas de
viagem e 2.103km percorridos, será recebido pelo Presidente Barack Obama,
esposa e filhas na Base Andrews da Força Aérea.
Da Base Aérea o Pontífice segue
diretamente para a Nunciatura Apostólica onde permanecerá até seu primeiro
evento oficial nos Estados Unidos. A cerimônia de boas-vindas está marcada para
quarta-feira, na Casa Branca, e terá transmissão ao vivo pela Rádio Vaticano,
com comentários em português, a partir das 10h15, horário de Brasília.
Logo após a partida, o Papa lançou um
tweet de agradecimento:
“Obrigado a todos os cubanos! De
coração, obrigado!”
FONTE:RV
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Vaticano \ Atividades
P. Lombardi:
povo cubano tocado pela força espiritual de Francisco
21/09/2015
No fim do intenso dia de ontem em
Havana, o nosso enviado em Cuba, Sergio Centofanti, entrevistou o director da
Rádio Vaticano e da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, na
comitiva papal em Cuba e Estados Unidos
Padre Lombardi, vejamos um pouco
este dia muito intenso. Antes de tudo, a Missa: o que se pode dizer?
A Missa é sempre o ponto
culminante de uma viagem pastoral do Papa, é o grande encontro com a comunidade
cristã, é o momento da fé e da comunhão. Além disso, nesta Missa havia cinco
crianças que faziam a primeira comunhão e receberam do Papa – coisa que não é
comum - a primeira comunhão. Isto pode ser considerado também um pequeno sinal
de esperança e indicação da vitalidade de uma igreja que cresce: as crianças,
os jovens que se aproximam do Senhor e podem alimentar-se dele para construir o
seu futuro. Naturalmente, desta Missa recordaremos sem dúvida a devoção, porque
foi uma Missa muito participada, muito serena, muito recolhida, com uma
belíssima homilia do Papa sobre o serviço, que estava sim ligada ao Evangelho,
mas que certamente se referia também ao modo como se deve viver juntos numa
sociedade que tem os seus problemas, que tem muitas formas de fragilidade em
que, portanto, se deve servir partindo dos mais fracos e dos mais
pequenos. No Angelus tivemos uma forte recordação, uma forte mensagem pelas
negociações de paz na Colômbia, que neste momento estão a ter lugar em Cuba, e
isto certamente significa que o Papa continua a olhar para os problemas da paz
no mundo com grande atenção e deu uma mensagem muito forte àqueles que
estão a negociar, dizendo: "Não é possível que se tenha um novo fracasso
neste momento de negociações". Portanto, um encorajamento muito grande
para caminhar rumo à paz.
Depois houve o encontro com Fidel
Castro …
O encontro com Fidel Castro era
esperado embora não estivesse no programa oficial: era preciso ver quando e
como se poderia realizar; mas todos sabiam que havia um desejo profundo do
comandante Fidel para ver o Papa, como tinha sido fortíssimo o seu desejo de
ver o Papa Bento XVI durante a sua visita precedente, de falar com ele, e
fazer-lhe algumas perguntas, porque o comandante Fidel nesta fase da sua vida -
certamente é uma fase conclusiva, porque é uma pessoa idosa – vive de reflexão,
vive de estudo e reflexão: lê muito e por isso está também interessado a
fazer perguntas, e poder dialogar com pessoas que têm uma grande experiência.
Assim foi explicitamente com o Papa Bento e assim foi também com o Papa
Francisco. Fidel tinha pedido ao Papa Bento para dar-lhe livros, enviar-lhe
livros que lhe pudessem ser úteis para as suas reflexões, e o Papa Francisco
tomou a iniciativa - sabendo disso - de trazer-lhe ele mesmo livros como
presente. E trouxe-lhe dois livros de Pronzato, que é um autor católico, um
sacerdote italiano que muitos conhecem como autor fecundo de considerações
espiritual e catequéticas; e, em seguida, uma outra coisa significativa, um
livro e duas gravações de CD do Padre Llorente, um padre jesuíta que morreu há
alguns anos, que tinha sido muito próximo a Castro como educador quando Castro,
enquanto criança, frequentava a escola dos jesuítas no Colégio de Belen.
Portanto, esta evocação da sua relação com um educador que tinha tocado
profundamente a sua vida durante a juventude, foi também um
pensamento muito significativo por parte do Papa, que lhe deu também,
naturalmente, os dois grandes documentos escritos por ele recentemente, a
"Evangelii Gaudium" e "Laudato sì'', pensando nos argumentos de
que Castro se interessa, mesmo nesta fase da sua vida, as grandes questões do
mundo de hoje e o seu futuro. Certamente é um documento que ele achará
extremamente interessante. Por seu lado, o Comandante Castro deu ao Papa um
livro, também bastante conhecido: "Fidel e a Religião", de Frei
Betto, uma conversa com Frei Betto. Portanto, foi um momento de familiaridade,
de intercâmbio sereno mesmo na presença de vários membros da família, e
certamente um momento positivo.
Na parte da tarde houve estes dois
eventos muito intensos: com os religiosos e os consagrada na catedral, e
com os jovens. O Papa pôs de lado o texto preparado e falou de improviso ...
Sim, para os jovens estávamos
praticamente certos, mesmo antes, porque ele quase sempre faz assim. Para os
religiosos, faz muitas vezes assim e fê-lo também desta vez, também porque
estimulado pelas intervenções realmente muito bonitas, muito eficazes. A
intervenção quer do Cardeal Ortega quer da religiosa que faz actividades numa
instituição para deficientes mentais, e quer ainda o testemunho do jovem que
falou com muita força do desejo de sonhar uma Cuba melhor, renovada e do
empenho dos jovens no diálogo, apesar das diferenças que existem entre eles ...
Foram intervenções que estimularam o Papa: ele encontrou nestas intervenções
introdutórias uma matéria mais que suficiente para reagir com os seus
pensamentos que em parte lhe são habituais, com estes ouvintes mas que
certamente eram muito relevantes também para as intervenções que tinha
escutado. Com os religiosos falou de pobreza, falou de misericórdia, falou do
perdão, falou da humildade de Cristo, que serve os outros, partindo dos
pequenos e dos pobres. E para os jovens ele falou do "sonho": sonhar
no sentido positivo, de ter grandes ideais, de não ter medo de procurar
fazer grandes empresas para o bem comum do seu País. E fazê-lo, contudo, em
diálogo com os outros, não sozinhos, mas acompanhados dos outros, sempre tendo
como base esta cultura do encontro que é um pouco uma característica do Papa
Francis que vê no diálogo e o encontro com o outro, com as pessoas concretas
mais do que com as ideias ou ideologias, mas com as pessoas reais, a
possibilidade de construir um caminho comum orientado para o bem comum,
orientado para o crescimento pessoa, a sua dignidade, respeito pelo outro mesmo
quando se tem perspectivas, experiências e ideologias diferentes.
O Papa está contente?
Certamente … existe algum momento
em que pode sentir o cansaço, até porque um dia como este foi extremamente
intenso. No entanto, vemo-lo reagir sempre com uma energia
extraordinária: quando ele fez estes dois discursos improvisados,
sentimos a força espiritual e também física e moral que o arrasta neste
seu ministério pelo mundo. (BS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Papa Francisco em Cuba: liberdade, paz e esperança
Após um voo de quase 12 horas, o Papa chegou a
Havana na tarde deste sábado (19/9), por volta das 15h50. Francisco foi
recebido pelo Presidente Raúl Castro a quem fez um pedido:
“Queria
pedir-lhe, Senhor Presidente, para transmitir os meus sentimentos de especial
consideração e respeito ao seu irmão Fidel”.
Raúl,
por sua vez, disse que o embargo económico é "cruel, ilegal e imoral"
e que a base de Guantánamo deve ser devolvida a Cuba.
Durante
a sua permanência em Havana, Francisco irá até a casa de Fidel Castro,
antecipou o responsável pela organização da viagem papal, Alberto Gasbarri.
A
seguir, o Papa recordou que neste ano o estabelecimento das relações
diplomáticas entre a Santa Sé e Cuba completa 80 anos. Lembrou também as
visitas a Cuba de São João Paulo II, em 1998 e de Bento XVI, em 2012.
“Sei
que essas lembranças despertam gratidão e afecto no povo e nas autoridades de
Cuba. Hoje renovamos estes laços de cooperação e amizade, para que a Igreja
continue a acompanhar e encorajar o povo cubano nas suas esperanças e
preocupações, com liberdade e com os meios e espaços necessários para levar o
anúncio do Reino até às periferias existenciais da sociedade”.
Francisco
destacou ainda que a sua Viagem Apostólica coincide com os 100 anos da
declaração de Nossa Senhora da Caridade do Cobre como Padroeira de Cuba.
“Foram
os veteranos da Guerra da Independência que, movidos por sentimentos de fé e
patriotismo, pediram que a Virgem mambisa [cubana] fosse a padroeira de Cuba
enquanto nação livre e soberana. Desde então, Ela acompanhou a história do povo
cubano, sustentando a esperança que preserva a dignidade das pessoas nas
situações mais difíceis e defendendo a promoção de tudo o que dignifica o ser
humano. A sua devoção crescente é um testemunho visível da presença da Virgem
Maria na alma do povo cubano”.
“Durante
estes dias, terei oportunidade de ir ao Santuário do Cobre, como filho e
peregrino, rezar à nossa Mãe por todos os seus filhos cubanos e por esta amada
nação, para que caminhe por sendas de justiça, paz, liberdade e reconciliação”.
Ao
citar a posição geográfica estratégica de Cuba, Francisco considerou que o
arquipélago “abre para todas as rotas, possuindo um valor extraordinário de
‘chave’ entre norte e sul, entre leste e oeste. A sua vocação natural é ser
ponto de encontro para que todos os povos se reúnam na amizade”, destacou o
Pontífice.
Aqui,
o Papa recordou a recente retomada das relações diplomáticas entre Cuba e
Estados Unidos. “É um sinal da vitória da cultura do encontro, do diálogo, do
‘sistema da valorização universal (…) sobre o sistema, morto para sempre, de
dinastia e de grupos’, afirmou o Papa ao citar o poeta cubano José Martí.
E
concluiu dizendo: “Encorajo os responsáveis políticos a prosseguir por este
caminho e a desenvolver todas as suas potencialidades, como prova do alto
serviço que são chamados a prestar em favor da paz e do bem-estar dos seus
povos, de toda a América, e como exemplo de reconciliação para o mundo
inteiro”. (BS/RB)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Papa Francisco em viagem
para Cuba como missionário da misericórdia
19/09/2015
O Papa Francisco partiu esta manhã, às 10.32
horas de Roma, do Aeroporto de Fiumicino para a sua décima viagem
internacional, a mais longa do seu Pontificado: dez dias ao todo, entre Cuba e
os Estados Unidos. A primeira etapa é Havana. Ontem à noite, como de costume, o
Santo Padre foi em visita privada à Basílica de Santa Maria Maggiore,
para um momento de oração.
Grandes expectativas para esta visita do Papa
Francisco em Cuba: existe nas pessoas um sentido de mudança, de algo que pode
realmente mudar. Os cubanos desejam exprimir a sua gratidão ao Papa argentino
que teve um papel determinante na aproximação com os Estados Unidos. Obama e
Raul Castro já o agradeceram. Cuba está a abrir-se ao mundo e o mundo está a
abrir-se a Cuba, exactamente como tinha desejado João Paulo II em 1998. É um
caminho gradual, e já se vêem os sinais.
A Igreja está adquirindo espaços de
liberdade numa sociedade que até aos anos 90 era oficialmente ateia. Agora são
tolerados, mesmo que não sejam legais, alguns jornais católicos, bem como
alguns centros de formação eclesial. Antes não era assim. Anos de informação e
educação geridas exclusivamente pelo Estado comunista tiveram os seus efeitos.
Entre os católicos, os praticantes são apenas 2%, enquanto que os baptizados
são mais de 60%. A religiosidade popular permaneceu forte, apesar de tudo.
Claro, existe o sincretismo religioso, como o fenómeno da "santeria",
uma mistura de crenças cristãs e ritos ancestrais africanos. Mas a Igreja
cubana, pouco mais de 300 sacerdotes para os 11 milhões de habitantes, faz-se
próxima a esta sede de Deus. E se faz próxima dos pobres, em crescimento,
porque depois do colapso da União Soviética, em 1991, faltou o
apoio econômico.
Agora Cuba depende do petróleo da Venezuela,
mas a crise deste país não faz esperar nada de bom. Saúde e educação são ainda
totalmente gratuitas, mas o emprego propriamente dito é cada vez menos,
enquanto existe muito o trabalho não declarado e a arte admirável e criativa do
arranjar-se. Também está em decadência a tradicional exportação do
açúcar, mas resistem ainda o tabaco e o níquel. O turismo continua a ser uma
das vozes fortes da economia. Continua o encanto de um país maravilhoso
pelas suas belezas naturais e a população hospitaleira. Característica
agradável para os turistas, mas muito poluente é a presença de tantos carros
americanos dos anos 50 que pararam a 1962, ano do embargo dos EUA.
E Cuba aproveita das suas belezas com a dupla
moeda: uma para os residentes, absolutamente vantajosa, a outra para os
estrangeiros, totalmente desfavorável, com o euro e o dólar que atingem a
paridade, mas por vezes não, com a moeda cubana. Entretanto, as cidades devem
ser reconstruídas. Edifícios em ruínas à espera de reconstrução estão por todo
lado, mas falta o dinheiro. Assim, os jovens têm o sonho de emigrar,
principalmente para os EUA. Quase 50 mil deixaram o país ao longo dos últimos
três meses. Até porque com o degelo poderiam acabar todos os subsídios de que
os imigrantes cubanos nos Estados Unidos desfrutam. E aqueles que fogem muitas
vezes fazem viver os que ficam, graças às remessas.
Nesta situação vem o Papa Francisco, como
missionário da misericórdia. O Papa quer encontrar a gente e, como de costume,
recusou o carro blindado e percorrerá as estradas com um veículo aberto. Traz a
boa notícia do amor de Deus que é ternura, mas também justiça e liberdade. (BS)
FONTE: RV
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Lançado o hino em português da JMJ 2016 Cracóvia
27/08/2015
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou em Aparecida, na última
sexta-feira (21) durante o Encontro Nacional dos Responsáveis Adultos pela
Evangelização da Juventude, a letra cifrada e a teologia do hino da JMJ em
português. A tradução e adaptação do polaco para o português esteve a cargo dos
Padres Zezinho e Joãozinho e do jovem Jonas Rodrigues, da Diocese de Mogi das
Cruzes (SP), após aprovação da CNBB para esta elaboração da versão em língua
portuguesa.
O
hino foi gravado no último dia 30 de julho, nos estúdios da Gravadora
Paulinas/Comep, em São Paulo (SP), reunindo diversos nomes da música católica.
Padre Joãozinho foi o responsável pela produção artística e musical e Jonas,
que também é cantor e actua na Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Mogi das
Cruzes, também participou cantando a versão oficial.
Padre
Joãozinho falou com os Jovens Conectados sobre esta versão em português:
“Todo
este hino tem uma palavra central que é “misericórdia”. O Papa Francisco
escolheu como tema/lema da Jornada Mundial da Juventude, aquela
Bem-aventurança: “Bem aventurados os pobres porque eles alcançarão
misericórdia”. Esta foi um pouco a nossa teologia que esteve por trás da
versão. Versão não é simplesmente uma tradução, mas ela é absolutamente fiel ao
original polac mas claro, que tem o nosso toque quando a gente fala de “com o
seu sangue libertador, livra do mal e da dor”, a compaixão aqui na América
Latina já foi traduzida em termos de libertação, solidariedade, há uma teologia
da solidariedade. Parece que esta palavra que foi marcante na vida e magistério
de João Paulo II, solidariedade, agora renasce no magistério de Francisco com o
nome de misericórdia e Jesus é o rosto da misericórdia”
O
Padre Zezinho, por sua vez, falou sobre a importância da misericórdia na
evangelização da juventude:
“Ontem
à tarde eu conversava com o bispo de São José dos Campos e com o Cardeal Dom
João Braz Aviz e falávamos do empenho do Santo Padre com os cardeais e com
todos em Roma de acentuar a compaixão. E interessante como em Roma tá todo
mundo insistindo na teologia da compaixão. Eu gostei muito do que ouvi de Dom
João e também do que o Papa tem pedido dos cardeais, dos outros, de acentuar a
catequese da misericórdia, da compaixão. E a canção acho que vai ajudar muito,
porque num mundo violento como ele está, onde as pessoas são cortadas,
queimadas e decapitadas, é muito interessante a gente pensar sobre isto,
sobretudo nós cristãos, porque a barbárie tomou conta do mundo e nós temos uma
mensagem de compaixão. Vamos ter muitos mártires por causa disto, mas, vai ser
semente de novos cristãos. Exactamente lá onde estão martirizando os cristãos e
cortando-os em pedaços, é lá que o cristianismo vai renascer por causa da
misericórdia”.
Padre
Joãozinho explica que diferentes arranjos do hino podem ser feitos, de acordo
com os ritmos próprios de cada região do país, contanto que não saia da
essência. “Inculture esse hino, mas sem sair dessa questão da compaixão”,
recomenda.
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Papa Francisco \ Atividades
O Papa encoraja as obras de misericórdia a doentes
e moribundos
18/08/2015
O próximo Jubileu extraordinário da misericórdia será “uma boa
oportunidade para intensificar a colaboração entre os pastores e os leigos na
missão de cuidar com afecto e assistir com ternura os doentes e moribundos”. É
o desejo expresso pelo Papa Francisco numa mensagem enviada a Manuel Martin
Sjöberg, Presidente do Serviço Sacerdotal de Urgência, uma experiência nascida
em 1952 na cidade argentina de Córdoba, com a finalidade de garantir aos fiéis
os sacramentos, também em horários em que não é fácil encontrar um sacerdote.
Assegurando o
seu apoio e encorajamento à “obra de misericórdia cristã que, há sessenta anos,
realizam os voluntários da Federação de Serviços Sacerdotais de Urgência e
Nocturno”, o Papa recorda a bula jubilar “Misericordiae vultus” para lembrar
que é preciso se aproximar dos mais necessitados, “para que sintam o calor da
nossa presença, da nossa amizade e da nossa fraternidade”. Sobre as obras de
misericórdia corporais e espirituais, de facto, “seremos julgados” - adverte
Francisco – “sabendo que em cada um destes “pequenos” está presente o próprio
Cristo”. (BS/SP)
Papa Francisco \ Celebrações
Diálogo, unidade, respeito pelo pobre - Papa à
sociedade civil paraguaia
12/07/2015
"Papa Francisco, obrigado por nos trazeres este tsunami de
alegria". Papalvras de D. Adalberto Martinez Flores, Secretário da
Conferência Episcopal do Paraguai, na saudação ao Santo Padre. Foi na tarde
deste sábado no Palácio do Desporto, Leon Condou, em Assunção, onde
estavam reunidos 2.600 organismos da sociedade civil do Paraguai: desde
associações, a sindicatos, intelectuais, camponeses, etc.
Dirigindo-se ao Papa
como amadíssimo Padre, amigo e irmão D. Martinez Flores fez notar ao Papa
Francisco que há 28 anos quando o Papa João Paulo II visitou o Paraguai, não
havia nem sequer 10% dos grupos organizados que há hoje no país. Sinal da
liberdade de que se goza hoje no Paraguai onde, todavia, é urgente a necessidade
de traçar objectivos comuns para toda a nação, fixar metas, estabelecer
consensos para se chegar às transformações estruturais e culturais
indispensáveis para tornar possível a construção da Pátria sonhada e tão bem
expressa pelo poeta paraguaio, Carlos Miguel Giménes: uma Pátria sem filhos
desgraçados, democrática, prospera… E foi para receber do Papa uma luz no
sentido de fortalecer o tecido social e moral, a paz social, a reconciliação no
país, que representantes da sociedade civil quiseram encontrar-se com
francisco. Acolheram-no com um grande espectáculo de música e teatro, inspirado
na figura de São Francisco, algo que o Papa seguiu com sorriso, aplauso,
interesse.
Seguiram-se algumas perguntas dirigidas ao Papa em espanhol e
línguas paraguaias por representantes de diversas categorias das associações e
grupos representados, na realidade mais do que o Papa tinha preparado, mas quis
responder a todos:
Francisco saudou e disse que ia responder dando a sua opinião
sobre as perguntas feitas pelos representantes dos diversos grupos, sinal de
que o Paraguaio não está morto, mas há seiva na sua veia a germinar…
Depois o Papa admitiu
que efectivamente há coisas que estão mal, injustiças, mas o facto de os ver e
ouvir ajuda-o a renovar a esperança no Senhor que continua no meio do seu povo…
A um jovem que citou a
Evangeli Gaudium em que o Papa afirma que com Deus é possível um mundo
fraterno, justo, de paz e dignidade para todos, e perguntou o que significa
tudo isso para uma sociedade iníqua, embora cheia de liberdades públicas, como
o Paraguaio, o Papa respondeu, recordando que a juventude é um tempo de ideais
e é importante que comecem a intuir que a verdadeira felicidade está na luta
por um mundo mais fraterno e que compreendam que felicidade e prazer não são
sinónimos. O Paraguai é um país com muitos jovens e “a primeira coisa a fazer é
evitar que essa força, essa luz não se apague nos vossos corações” – disse,
exortando os jovens a aspirarem a coisas que valem a pena, a não terem medo de
deixar tudo para trás para se darem por elas, a darem o seu melhor. E
recomendou-lhes que não o façam sozinhos, mas em dialogo com os outros, em
escuta dos mais velhos que são os guardiões do património espiritual. E que
encontrem também conforto na oração em Jesus, pois que Ele nunca decepciona.
Ele é o segredo para quantos buscam “fraternidade, justiça, paz e dignidade
para todos”.
A segunda pergunta foi
dirigida ao Papa, por um representante do povo indígena e foi centrada na
necessidade de construir uma cultura que privilegie o diálogo. Como podem os
grupos ali representados gerar esse tipo de cultura e levar avante um projecto
que garanta o bem-estar para todos?
Na verdade o diálogo
não é fácil, respondeu o Papa. Para que haja diálogo é necessário a cultura do
encontro; “reconhecer que a diversidade não só é boa, mas necessária”. Por
isso, o ponto de partida não pode ser: “o outro está enganado”. O bem comum,
pressupõe a procura de alternativas, de algo novo, não puxar a brasa para a sua
sardinha, mas sim, discutir juntos, pensar uma melhor solução para todos.
Muitas vezes tudo isto vem envolvido em conflitos. Há que assumir o conflito,
disse o Papa, resolvê-lo, transformá-lo no elo de ligação de um novo processo,
porque a unidade é superior ao conflito.” As verdadeiras culturas não estão
fechadas, disse o Papa. São chamadas a encontrar outras culturas, considerar os
outros como pessoas, “sem este pressupostos essencial de fraternidade, não se
chega ao diálogo” .
Em relação à terceira
questão colocada por uma camponesa em língua guarani, acerca do clamor da
Igreja a favor da inclusão social dos pobres, e que concluía perguntando que
desafios isto comporta para dos dirigentes ali reunidos, a resposta de
Francisco foi que um aspecto fundamental nesta matéria é “o modo como vemos os
pobres, não com uma visão ideológica. “A primeira coisa é ter uma preocupação
genuína pela sua pessoa, valorizá-los na sua própria bondade”, “estar dispostos
a aprender com eles” e como cristãos “ver neles “o rosto de Cristo”.
O Papa disse depois que
produzir riqueza é importante, mas sempre em função do bem comum, e não de
poucos.
E afirmando que “A
adoração do antigo bezerro de ouro encontrou uma nova e cruel versão no
feiticismo do dinheiro e na ditadura duma economia sem rosto”, o Papa pediu aos
paraguaios para não cederem a “um modelo económico idolatra que exige
sacrificar vidas humanas no altar do dinheiro e do lucro.
Recordou ainda que no
Paraguai se verificou uma das experiencias de evangelização e organização
social mais interessante da história: as chamadas “Reduções” em que o Evangelho
foi a alma e vida das comunidades, onde não fome, desemprego, analfabetismo, não
havia opressão”.
Isto ensina – disse –
que “uma sociedade mais humana é possível também hoje”.
E condenando
fortemente a corrupção como um terrível cancro da sociedade, o Papa concluiu
exprimindo a sua satisfação por ver nessa variedade de associações comprometidas
na construção dum Paraguai melhor e mais próspero, uma grande sinfonia, cada um
com a sua peculiaridade, mas procurando a harmonia final. E exortou-os a amarem
a sua Pátria, os concidadãos, sobretudo os mais pobres. Por todas essas causas
invocou a protecção de Nossa Senhora de Caacupé e pediu a todos o favor de
rezarem por ele. (DA)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
P. Lombardi: Papa tem grande apreço pela
religiosidade popular
12/07/2015
Papa
Francisco encontra-se no Paraguai, última etapa da sua viagem Apostólica à
América Latina. Sobre as actividades do Papa e a Missa de Francisco no
Santuário de Caacupé o Padre Lombardi afirmou à RV que o Santo Padre tem muito
apreço pela religiosidade popular. Entrevista de Linda Bordoni:
Padre Lombardi, depois do primeiro
dia, cheio e muito intenso, aqui em Asunción – e não apenas em Asunción –
fale-nos da Missa desta manhã no Santuário de Caacupé, que tanto interessava ao
Santo Padre ...
Sim,
é um pouco "o coração espiritual deste País, este Santuário, e exprime
muito bem a profundidade da religiosidade popular paraguaia. Mesmo os
emigrantes paraguaios em todo o mundo pensam nesta Virgem Maria como a sua Mãe,
e sentem que ela é ponto de referência e unidade com o seu povo e a sua origem.
O Papa Francisco conhece muito bem esta imagem de Nossa Senhora e o que
significa para os paraguaios, porque ele tinha muitos emigrados paraguaios em
Buenos Aires, e estabeleceu uma paróquia para eles, dedicada exactamente a esta
Nossa Senhora de Caacupé: portanto ele sabia muito bem o que isso significa. O
Papa tem um grande apreço pela religiosidade popular: por vezes os teólogos ou
intelectuais pensam que a religiosidade popular corre o risco de degenerar em
sentimentalismo, superstição, ou outra coisa; pelo contrário o Papa Francisco,
com a sua grande experiência também de proximidade com o povo, percebe a a
profundidade que a religiosidade popular tem e a importância que pode ter para
manter viva a fé e mesmo como uma expressão viva, completa, integral da fé na
vida da pessoa. Porque a religiosidade popular não apenas exprime a fé, mas
envolve também os próprios sentimentos, as capacidades expressivas, a cultura,
forja a cultura de um povo e a sua história. Portanto, este momento, para mim,
foi um dos momentos importantes desta viagem, porque houve também visitas, por
exemplo, ao Santuário do Quinche, no Equador, mas uma celebração assim tão
intensa, assim tão bonita e participada como a que tivemos esta manhã é característica
e, portanto, parece-me que é um pouco um sinal de um clímax espiritual, de
certa forma, destes dias.
Como
diz, o tema mariano foi um pouco o leitmotiv desta viagem. Hoje, houve também
outros temas em evidência, por exemplo, durante o encontro com as sociedades
civis o Papa Francisco convidou toda a sociedade a superar as barreiras, a
encontrar-se; disse que a corrupção é o cancro da sociedade …
Sim:
o tema da corrupção tinha ele tocado também ontem no seu discurso às
autoridades do País, retomou-o explicitamente também hoje acrescentando-o ao
que estava no discurso preparado, porque sente que é um tema bastante
importante. Porém, o discurso de hoje era bastante articulado, também porque
procurava responder às várias perguntas que lhe tinham sido apresentadas. O que
me parece ser o resumo, e também coerente com o conjunto desta viagem, é
precisamente o encorajamento a todo o País, em todas as suas componentes, a
sentir-se responsável pelo seu futuro, a sentir-se envolvido na construção de
uma sociedade inclusiva onde não existam marginalizações, onde haja uma
distribuição dos bens mais justa, onde haja uma liberdade de expressão e uma
capacidade também de contribuir de modo participativo no caminho da
sociedade e, portanto, são discursos que procuram aproximar à realidade
específica destes diferentes países os princípios gerais que o Papa manifestou
também com grande força, já nos seus documentos: na '' Evangelii Gaudium
", na "Laudato sì" e, na Bolívia, no grande discurso aos Movimentos
populares: um discurso que se colocou com um horizonte global, mas depois o
Papa repete tantos destes aspectos, deste tipo de ensinamento e abordagem
também para cada país onde ele vai. Uma coisa que achei interessante e um pouco
característica, talvez, deste discurso aos paraguaios – à sociedade paraguaia -
é a sua evocação da experiência das "Reduções", ou missões
jesuíticas, dos séculos passados, como demonstração de que é possível procurar construir um
sistema de sociedade concreto que respeite a pessoa humana, que não seja
construído sobre interesses económicos que depois se tornam criadores de
injustiça e discriminação, mas sobre o projecto comum de construir juntos uma
sociedade, e este também inspirado no Evangelho e com a contribuição da Igreja
e da visão religiosa do mundo. Portanto, esta referência à experiência das
"Reduções", tão importantes na história do Paraguai, eu achei-a
original, interessante e pertinente.
Finalmente,
esteve com o Papa Francisco, hoje: está satisfeito com a forma como está indo a
viagem?
Eu diria que sim, certamente ...
todos, a partir do Papa, mas também todos nós estamos realmente muito
impressionados pelo acolhimento: um acolhimento extraordinário, um acolhimento
muito participado pelo povo, e muito profundo, e isto, naturalmente, toca
profundamente e portanto desafiar também o Papa a dar o melhor de si, porque
encontra um povo extremamente bem disposto e desejoso da sua bênção, do seu
ensinamento, da sua presença. (BS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \
Atividades
Papa: não confundir bem comum com bem-estar
09/07/2015
Foi na Catedral de La Paz que o Papa
Francisco se encontrou com as autoridades da Bolívia logo após uma visita de
cortesia ao presidente Morales no palácio presidencial.
No seu discurso o Papa Francisco
começou por afirmar que todos os presentes compartilham a vocação de trabalhar
pelo bem comum, tendo citado a definição deste conceito proposta pelo documento
conciliar Gaudium et Spes: “o conjunto das condições da vida social que
permitem, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente
a própria perfeição”.
Tomando como exemplo a beleza da
paisagem natural e arquitetónica da cidade de La Paz, o Santo Padre recordou o
conceito de ecologia integral proposto na sua Encíclica Laudato Sí:
“O ambiente natural e o ambiente
social, político e económico estão intimamente relacionados. Isto impõe-nos
estabelecer as bases duma ecologia integral.”
O Santo Padre afirmou ainda que “se
a política se deixa dominar pela especulação financeira, ou a economia se deixa
reger apenas pelo paradigma tecnocrático e utilitarista da produção máxima, não
poderão sequer compreender – e muito menos resolver – os grandes problemas que
afetam a humanidade.”
É necessária “uma educação ética e
moral, que cultive atitudes de solidariedade e corresponsabilidade entre as
pessoas” – salientou o Papa que advertiu: “Não nos habituemos ao ambiente da
desigualdade confundindo o bem comum com o bem-estar”.
O bem-estar pode levar ao consumismo
– disse o Santo Padre – que por sua vez pode criar conflitos e “desintegração
social”.
Desta forma, os cristãos são
chamados na sociedade a serem “fermento no povo”, incentivando “a germinação da
espiritualidade” e o “compromisso” nas “obras sociais”.
Em particular, o Papa Francisco
sublinhou o papel da família ameaçada por vários problemas sociais e por
“pseudo-soluções” que evidenciam uma clara “colonização ideológica”.
O Santo Padre falou ainda de
diplomacia referindo-se à questão do acesso ao mar que os bolivianos reclamam
do Chile. Considerou ser necessário diálogo para evitar “conflitos entre povos
irmãos” da América Latina.
Falando especificamente da Bolívia,
o Papa considerou que este país vive um momento histórico: “a política, o mundo
da cultura, as religiões fazem parte deste estupendo desafio da unidade. Nesta
terra, onde a exploração, a ganância e variados egoísmos e perspetivas
sectárias ensombraram a sua história, hoje pode ser o tempo da integração” –
afirmou o Santo Padre que concluiu o seu discurso pedindo para que rezem por
ele.
Após o encontro com as autoridades
da Bolívia o Papa Francisco viajou para a cidade de Santa Cruz de la Sierra,
estando, assim, menos de 4 horas na cidade de La Paz para evitar os efeitos da
altitude de mais de 3600 metros. (RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
O Papa no Santuário da Divina Misericórdia de
Guayaquil
08/07/2015
O Papa Francisco entra na América Latina
através da porta de misericórdia: verdadeira primeira etapa desta viagem, de
facto, depois da cerimónia das boas-vindas em Quito, foi a visita ao Santuário
da Divina Misericórdia em Guayaquil, que precedeu a missa. Uma construção
sugestiva, inaugurada em 2013. Acolhido no templo por uma multidão em festa, o
Papa recolheu-se por alguns momentos em oração. Depois, ele convidou os
presentes a rezar à Virgem. Em seguida, disse estas palavras:
"Agora
eu vou celebrar a Missa. Levo a todos vós no meu coração! Rezarei por cada um
de vós. Direi ao Senhor: "Tu conheces o nome daqueles que estavam
lá". Pedirei a Jesus para cada um de vós, tanta misericórdia: que vos
cobra com a sua misericórdia, que cuide de vós. E à Virgem Maria, que está
sempre ao seu lado. E agora, antes de irmos, porque esta era apenas uma
passagem antes da Missa - o arcebispo me diz que o tempo corre ... – dou-vos a
bênção ... não vos peço para dar nada, mas peço-vos, por favor, para rezardes
por mim. Me prometeis? (Eles respondem: "Sim").
Depois
da bênção o Papa agradeceu aos presentes “pelo testemunho cristão”. (BS)
FONTE:RV
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Papa na Universidade Católica do Equador: cuidar da terra
08/07/2015
No final da tarde de terça-feira dia 7 de julho o Papa Francisco
esteve na Universidade Católica do Equador, na cidade de Quito, para um
encontro com o mundo da escola e da universidade.
Este encontro teve
início com o discurso de D. Alfredo Espinoza Mateus, presidente da Comissão
Episcopal para a Educação e a Cultura do Equador. Falaram também uma jovem
estudante, uma professora e ainda o reitor da Universidade Católica, Carrasco
Castro.
O Santo Padre no seu
discurso renovou o seu apelo em favor da defesa da mãe terra:
“Uma coisa é clara:
não podemos continuar a virar as costas à nossa realidade, aos nossos irmãos, à
nossa mãe terra. Não nos é lícito ignorar o que está a acontecer à nossa volta,
como se determinadas situações não existissem ou não tivessem nada a ver com a
nossa realidade.”
Denunciando a cultura
do descartável e o uso irresponsável dos bens”, o Papa recordou a pergunta de
Deus a Caim: “Onde está o teu irmão?” Eu interrogo-me se a nossa resposta
continuará a ser: “Sou, porventura, guarda do meu irmão?” – sublinhou o Papa
Francisco
O Santo Padre neste
ponto do seu discurso reiterou uma ideia já anteriormente apresentada no seu
pontificado: ‘um pobre que morre de fome e frio não é notícia, mas se existem
perdas nas bolsas das principais capitais gera-se um escândalo mundial’.
De seguida o Santo
Padre referiu-se ao relato bíblico da criação citando o Livro do Genesis e
recordou que juntamente com a palavra “cultivar” aparece a palavra “cuidar” e o
Papa Francisco exortou o âmbito universitário a interrogar-se:
“Convosco, educadores,
eu me interrogo: Velais pelos vossos alunos, ajudando-os a desenvolver um
espírito crítico, um espírito livre, capaz de cuidar do mundo atual? Um espírito
que seja capaz de procurar novas respostas para os múltiplos desafios que a
sociedade nos coloca? Sois capazes de os estimular para não se desinteressarem
da realidade que os rodeia? Como entra, nos currículos universitários ou nas
diferentes áreas do trabalho educativo, a vida que nos rodeia com as suas
perguntas, interpelações, controvérsias? Como geramos e acompanhamos o debate
construtivo que nasce do diálogo em prol de um mundo mais humano?”
Na sua intervenção o
Papa Francisco recordou que “as comunidades educativas têm um papel
fundamental, essencial na construção da cidadania e da cultura” e convocou
famílias, alunos, centros educativos e professores a promoverem debates e
“espaços de verdadeira pesquisa” que gerem alternativas para as problemáticas
de hoje.
“Esta terra,
recebemo-la como herança, como um dom, como um presente. Far-nos-á bem
interrogarmo-nos: Como queremos deixá-la? Qual é a orientação, o sentido que
queremos dar à existência? Com que finalidade passamos por este mundo? Para que
lutamos e trabalhamos?” – questionou o Papa Francisco que pediu a inspiração do
Espírito Santo para “encontrarmos caminhos de vida nova”.
Seja Ele o nosso
mestre e companheiro de viagem! – afirmou o Santo Padre concluindo o seu
discurso ao mundo da escola e da universidade. (RS)
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Papa Francisco \ Atividades
Papa na missa em Guayaquil: recuperar a alegria da
família
07/07/2015
Mais de um milhão de
fiéis participou na Missa presidida pelo Papa Francisco no Parque de Los
Samanes em Guayaquil, no Equador. Uma grande e colorida manifestação de afeto
pelo Santo Padre nesta sua segunda viagem apostólica à América Latina. No
centro da homilia do Papa uma intensa meditação sobre a família, partindo do
episódio das Bodas de Caná proposta pela liturgia.
Famílias feridas
Recuperar a alegria da família
é possível com a ajuda de Maria – foi este o forte apelo do Santo Padre numa
homilia em que falou das tantas realidades feridas na família:
“Quantos dos nossos
adolescentes e jovens percebem que nas suas casas, há muito que não existe
nenhum vinho! Quantas mulheres, sozinhas e tristes, se interrogam quando foi
embora o amor, quando se diluiu da sua vida! Quantos idosos se sentem deixados
fora da festa das suas famílias, abandonados num canto e já sem beber do amor
diário. A falta de vinho pode ser efeito também da falta de trabalho, doenças,
situações problemáticas que as nossas famílias atravessam” – referiu o Papa.
Pôr a família nas mãos de Deus
Como nos narra o Evangelho no
episódio de Caná, quando faltava o vinho, Maria está atenta a todas as
situações: “é mãe” e “dirige-se com confiança a Jesus” e ensina-nos a pôr as
nossas famílias nas mãos de Deus:
“Maria ensina-nos a deixar as
nossas famílias nas mãos de Deus; a rezar, acendendo a esperança que nos indica
que as nossas preocupações também preocupam a Deus. Rezar, sempre nos arranca
do perímetro das nossas preocupações, fazendo-nos transcender aquilo que nos
magoa, agita ou falta a nós mesmos para nos colocarmos na pele dos outros,
calçarmos os seus sapatos.”
Segundo o Papa Francisco, Maria
mostra-nos que “o serviço é o critério do verdadeiro amor. E isto aprende-se
especialmente na família, onde nos fazemos servidores uns dos outros” – afirmou
o Santo Padre que recordou as três palavras que se aprendem na família: com
licença, desculpa e obrigado. A família é a primeira escola:
“A família constitui a grande
“riqueza social”, que outras instituições não podem substituir, devendo ser
ajudada e reforçada para não perder jamais o justo sentido dos serviços que a
sociedade presta aos cidadãos. Com efeito, estes não são uma espécie de esmola,
mas uma verdadeira “dívida social” para com a instituição familiar, que tanto
contribui para o bem comum de todos.”
O milagre de recuperar a
alegria de viver em família
Há muitas dificuldades na
família – advertiu o Papa que recordou que o próximo Sínodo de outubro
procurará “encontrar soluções e ajudas concretas”.
Deus – referiu o Santo Padre –
“aproxima-se sempre às periferias daqueles que ficaram sem vinho, daqueles que
só têm para beber a falta de coragem”. Se confiarmos em Deus e com a ajuda de
Maria, pode acontecer o milagre de recuperarmos “a alegria da família, a
alegria de viver em família”.
Depois da Missa em Guayaquil e
já de regresso a Quito, o Papa Francisco fez uma visita de cortesia ao
Presidente da República do Equador, Rafael Correa.
De seguida, o Santo Padre
dirigiu-se à Catedral da capital do Equador no centro histórico da cidade.
Durante a visita à Catedral, o Santo Padre cumprimentou um pequeno grupo de
fiéis que estavam em oração diante do Santíssimo e ali permaneceu durante
alguns minutos.
Na saída da Catedral o Papa
Francisco deteve-se no adro e disse algumas palavras à multidão de pessoas que
o aguardavam na Praça. O Santo Padre disse-lhes ter ido a Quito como peregrino,
para partilhar com os equatorianos a alegria de evangelizar. “Saí do Vaticano
saudando a imagem de Santa Mariana de Jesus que, no exterior da abside da
Basílica de S. Pedro, vela pelo caminho que o Papa percorre tantas vezes” –
disse o Papa que desejou ainda que “para este grande e nobre povo equatoriano”,
não haja diferença e exclusões; não haja descartados, que todos sejam iguais e
incluídos; para que ninguém fique fora desta grande nação equatoriana”.
O Papa Francisco abençoou todos
os presentes e as suas famílias e lembrou o exemplo das equatorianas Santa
Narcisa de Jesus e a Beata Mercedes de Jesus Molina. O Papa Francisco enalteceu
todos quantos tiveram que cuidar de irmãos ainda pequenos e aqueles que se
empenham diariamente no cuidado dos enfermos ou dos idosos; como também o fez
Mariana e a imitaram Narcisa e Mercedes: “Isso não é difícil, se Deus estiver
connosco... É a alegria de evangelizar e, seremos felizes se o pusermos em
prática” – disse o Santo Padre agradecendo o testemunho cristão de todos os
presentes. (RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Na Catedral de Quito: ninguém seja excluído ou
descartado
07/07/2015
A
Catedral, separada do Palácio presidencial apenas por um pátio, é um edifício
antigo no Centro histórico da capital, tendo sido completado em 1565. Após a
visita ao Presidente da República, o Papa cumprimentou um pequeno grupo de
fiéis que estavam em oração diante do Santíssimo e ali permaneceu durante
alguns minutos. Ao sair, Francisco se deteve no adro e disse algumas palavras à
multidão de pessoas que o aguardavam na Praça da Catedral, diante do templo.
O Papa começou por abençoar todos os
presentes, as suas famílias e pessoas queridas. “Para este grande e nobre povo
equatoriano, para que não haja diferenças, exclusões; que não haja descartados,
que todos sejam iguais e incluídos; para que ninguém fique fora desta grande
nação equatoriana”.
No discurso preparado (e não lido), o
Papa afirma ter ido a Quito como peregrino, para partilhar com os equatorianos
a alegria de evangelizar. “Saí do Vaticano saudando a imagem de Santa Mariana
de Jesus que, no exterior da abside da Basílica de São Pedro, vela pelo caminho
que o Papa percorre tantas vezes”, lembra.
Mencionando como exemplo as
equatorianas Santa Narcisa de Jesus e a Beata Mercedes de Jesus Molina, o Papa
enaltece aqueles que sofrem ou sofreram a orfandade, quantos tiveram que cuidar
de irmãos ainda pequenos e aqueles que se empenham diariamente no cuidado dos
enfermos ou idosos; como também o fez Mariana e a imitaram Narcisa e Mercedes.
Segundo Francisco, “isso não é
difícil, se Deus estiver connosco... É a alegria de evangelizar e, uma vez que
soubermos disto, seremos felizes se o pusermos em prática”. (CM/BS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Atividades
Breve saudação do Papa aos
jornalistas no avião
06/07/2015
O Papa Francisco, no avião que o
conduziu ao Equador, dirigiu uma brevíssima saudação aos 75 jornalistas que o
acompanham. O Santo Padre transmitiu-lhes o desejo de que sejam oito dias de um
bom trabalho. Esta breve saudação foi introduzida pelo Padre Federico Lombardi,
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé que recordou serem mais de 1000 os
jornalistas que seguirão a visita pastoral ao Equador, à Bolívia e ao Paraguai.
(RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \
Atividades
Papa no Equador:
diálogo e participação sem exclusões
06/07/2015
Foi uma longa viagem aquela que o Papa
Francisco fez nesta sua Viagem Apostólica à América Latina. Desde Roma até à
cidade de Quito, capital do Equador, foram quase 13 horas de uma viagem que
leva o Santo Padre para uma visita de oito dias a três países: Equador, Bolívia
e Paraguai.
O Papa Francisco foi recebido em Quito
pelo Presidente da República do Equador, Rafael Correa, que nas palavras que
dirigiu ao Santo Padre sublinhou o facto de aquele país possuir visões comuns
com a Igreja Católica na defesa da vida, da família e da natureza, e declarou
que o Papa Francisco é um “gigante moral” em relação à “injusta distribuição
dos recursos”.
No seu primeiro discurso o Papa
Francisco apresentou-se como “testemunha de misericórdia e fé... na linda terra
do Equador”. Saudando o Presidente Rafael Correa, as instituições, a Igreja
local e os fiéis, o Santo Padre recordou a fé que “por séculos plasmaram a
identidade” da população local. Santa Mariana de Jesus, S. Miguel Febres, Santa
Narcisa de Jesus e Mercedes de Jesus Molina são “figuras luminosas” daquela
terra que praticaram a misericórdia e contribuíram para melhorar a sociedade
equatoriana do seu tempo:
“No presente, também nós podemos encontrar
no Evangelho as chaves que nos permitam enfrentar os desafios atuais, avaliando
as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões, para que as
realizações alcançadas no progresso e desenvolvimento possam garantir um futuro
melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais frágeis e
às minorias mais vulneráveis. Para isso, Senhor Presidente, poderá contar
sempre com o empenho e a colaboração da Igreja.”
O Papa Francisco declarou iniciar esta
semana na América Latina com expectativa e esperança, e referiu-se ao ponto
mais próximo do espaço externo do mundo que se encontra precisamente no
Equador: o cume do Chimborazo, nos Andes, que é “o ponto mais próximo do sol,
da lua e das estrelas” – sublinhou o Santo Padre:
“Nós, cristãos, vemos Jesus Cristo como
o sol, e a lua como a Igreja. A lua não tem luz própria…e se a lua se esconde
do sol torna-se escura. O sol é Jesus Cristo e se a Igreja se esconde de Jesus
Cristo, torna-se escura e não dá testemunho.”
Desde o cume do Chimborazo até às costas
do Pacífico, desde a selva amazónica até às Ilhas Galápagos, o abraço e a
bênção do Santo Padre para todo o Equador:
“…nunca percais a capacidade de dar
graças a Deus pelo que Ele faz por vós, a capacidade de proteger o humilde e o
simples, cuidar das suas crianças e idosos, confiar na juventude, e
maravilhar-se com a nobreza do seu povo e a beleza singular do seu país.” (RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Discursos
Audiência: famílias feridas, crianças em sofrimento
25/06/2015
Quarta-feira, 24 de junho: numa manhã
cinzenta em Roma, largos milhares de fiéis acolheram o Papa Francisco na Praça
de S. Pedro para a audiência geral. Na sua catequese o Santo Padre falou sobre
as famílias feridas: “Palavras, ações e omissões que, em vez de exprimir o
amor, corroem-no e mortificam-no” – disse o Papa.
E o esvaziamento do amor conjugal gera
ressentimentos nas relações e desemboca em lacerações profundas que dividem os
esposos – continuou o Santo Padre. Quando os adultos pensam só em si próprios e
pai e mãe se agridem, é a alma dos filhos que sofre:
“Não obstante a nossa sensibilidade
aparentemente evoluída, e todas as nossas refinadas análises psicológicas,
pergunto-me se não ficamos anestesiados diante das feridas na alma das
crianças. Quanto mais se procura compensar com prendas e lanchinhos, quanto
mais se perde o sentido das feridas mais dolorosas e profundas da alma.”
O Papa Francisco continuou dizendo que
“na família, tudo está interligado. Quando um homem e uma mulher, que se
comprometeram a ser ‘uma só carne’ e formar uma família, pensam obsessivamente
nas suas próprias exigências de liberdade e gratificação, esta distorção fere
profundamente o coração e a vida dos filhos.
Devemos compreender bem isto – advertiu
o Santo Padre – o marido e a mulher são uma só carne; mas as suas criaturas são
carne da sua carne. Quando se pensa na dura advertência que Jesus fez aos
adultos para não escandalizarem os pequeninos, pode-se compreender melhor a sua
palavra sobre a grave responsabilidade de salvaguardar o vínculo conjugal que
dá início à família humana. Dado que o homem e a mulher se tornaram uma só
carne, todas as feridas e todo o abandono do pai e da mãe incidem na carne viva
dos filhos.
O Papa Francisco considerou, contudo,
que “há casos em que a separação é inevitável; às vezes, pode-se tornar até
moralmente necessária”, quando se trata de salvar o cônjuge mais frágil, ou
filhos pequenos, de feridas causadas pela prepotência e a violência, das
humilhações e da exploração e indiferença.
Após a separação, não faltam pessoas que
se mantêm fiéis à relação em que acreditaram, apoiados na fé e no amor pelos
filhos. No entanto, nem todos os separados sentem esta vocação:
“Nem todos reconhecem, na solidão, um
apelo do Senhor dirigido a eles. À nossa volta encontramos diversas famílias em
situação chamadas de irregulares, e não gosto desta palavra, e colocamo-nos muitas
interrogações: Como ajudá-las? Como acompanhá-las para que as crianças não
sejam ‘reféns’ do pai ou da mãe? Peçamos ao Senhor uma fé grande para vermos a
realidade com o olhar de Deus; e uma caridade grande, para nos aproximarmos
destas pessoas com o seu coração misericordioso”.
No final da sua catequese o Santo Padre
saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
Queridos peregrinos de língua
portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, especialmente aos fiéis
brasileiros de Palmeira e às famílias de Sesimbra, convidando-vos a pedir ao
Senhor uma fé grande para verdes a realidade com o olhar de Deus e uma grande
caridade para vos aproximardes das pessoas com o seu coração misericordioso.
Confiai em Deus, como a Virgem Maria! De bom grado abençoo a vós e aos vossos
entes queridos.
O Papa Francisco a todos deu a sua
bênção! (RS)
FONTE:RV
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Vaticano \ Atividades
Sínodo: foi publicado o
Instrumentum Laboris
23/06/2015
Foi
publicado nesta terça-feira dia 23 de junho, o Instrumentum Laboris para o
Sínodo dos Bispos sobre a Família de outubro próximo. O documento de trabalho
reporta à Relatio Synodi – texto conclusivo do Sínodo Extraordinário do passado
ano de 2014 – e integra os contributos provenientes das respostas ao
questionário que foi proposto às dioceses.
O documento está dividido em três partes: a escuta dos
desafios sobre a família, o discernimento da vocação familiar e a missão da
família hoje.
Desde logo, são colocadas em destaque as ‘contradições
culturais’ que dizem que ‘a identidade pessoal e a intimidade afetiva devem
afirmar-se numa dimensão radicalmente desvinculada da diversidade entre homem e
mulher’. A remoção da diferença sexual é o problema e não a solução – pode-se
ler no texto.
A família é o pilar da sociedade – diz o documento –
que coloca em evidência o facto da necessidade da existência de políticas
adequadas que apoiem os núcleos familiares. Ao mesmo tempo, o ‘instrumentum’
ressalta a importância da família como espaço de inclusão, nomeadamente, de
categorias frágeis da população como os idosos, os viúvos e os deficientes.
Também é desejada no documento uma pastoral específica para as famílias
migrantes.
No Instrumentum Laboris é reafirmado o matrimónio como
um sacramento indissolúvel, não deixando de recordar o acompanhamento que a Igreja
deve fazer das situações de sofrimento através de uma atitude de misericórdia.
Não são esquecidas também as situações de nulidade matrimonial.
Entretanto, o documento de trabalho deste Sínodo,
apresenta uma atenção especial para os divorciados recasados, sendo desejada
uma reflexão dobre a oportunidade de fazer cair “as formas de exclusão
atualmente praticadas no campo litúrgico-pastoral, educativo e caritativo”,
porque estes fiéis “não estão fora da Igreja”. Os caminhos de integração
pastoral deverão, contudo, ser precedidos de um “oportuno discernimento” e
realizados segundo uma lei de “gradualidade” que “respeite a maturação das
consciências”.
No caso particular, da comunhão eucarística para os
divorciados recasados, o documento apresenta o “comum acordo” que existe sobre
a hipótese de um “caminho penitencial” sob a autoridade de um bispo.
Em relação às uniões homossexuais o documento reafirma
a posição contrária da Igreja, sendo, no entanto, apresentada a ideia de que
cada pessoa, independentemente, da sua tendência sexual, deve ser respeitada na
sua dignidade e acolhida com sensibilidade e delicadeza.
Nesta síntese, uma última e fundamental referência: os
filhos. O Instrumentum convida a ser valorizada a importância da adoção
afirmando que “a educação de um filho deve basear-se na diferença sexual, assim
como a procriação”, pois esta tem o seu fundamento “no amor conjugal entre um
homem e uma mulher”.
O documento de trabalho agora apresentado conclui com
uma chamada de atenção para o Jubileu da Misericórdia que terá início no
próximo dia 8 de dezembro, à luz do qual se coloca este Sínodo.
A Assembleia sinodal será de 4 a 25 de outubro sobre o
tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. (RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco \ Missa em Santa Marta
Papa: cristãos caminhem no
serviço e na gratuidade
12/06/2015
Quinta-feira, 11 de junho: o Papa na Missa em Santa Marta afirmou
três ideias concretas para a vida dos cristãos: caminho, serviço e gratuidade.
Comentando a passagem do Evangelho em que Jesus envia os discípulos a anunciar
a Boa Nova, o Papa disse que Jesus não lhes aponta um caminho ‘passeio’, mas
envia-os com uma mensagem: anunciar o Evangelho, sair para levar a Salvação, o
Evangelho da Salvação.
O discípulo de Jesus
deve caminhar, desde logo, através de um percurso interior – considerou o Santo
Padre – cultivando o valor da missionariedade para sair de si mesmo levando o
Evangelho aos outros:
“O percurso do discípulo
de Jesus é ir além para levar esta Boa Notícia, mas há outro percurso: o
percurso interior, o percurso dentro de si, o percurso do discípulo que procura
o Senhor todos os dias na oração, na meditação. O discípulo deve fazer este
percurso porque se não buscar sempre a Deus, o Evangelho que levar aos outros
será um Evangelho frágil, aguado, sem força.”
Segundo o Santo Padre,
um discípulo de Jesus deve anunciar o Evangelho caminhando no serviço e na
gratuidade:
“Se um discípulo não
caminha para servir não serve para caminhar. Se a sua vida não é para o
serviço, não serve para viver como cristão. E ali está a tentação do egoísmo:
‘Sim, eu sou cristão, eu estou em paz, eu confesso-me, vou à missa, cumpro os
mandamentos'. Mas o serviço aos outros: o serviço a Jesus nos doentes, nos
encarcerados, nos famintos, nos nus. É o que Jesus nos disse que devemos fazer,
porque Ele está ali! O serviço a Cristo nos outros”.
É triste quando se
encontram cristãos que se esquecem de servir gratuitamente – observou o Papa
Francisco que deixou claro que o serviço na gratuidade é uma condição do
caminho do serviço cristão: “Gratuitamente haveis recebido, gratuitamente deveis
dar”. (RS)
FONTE:RV
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Bispos emitem
mensagem aos católicos referente aos acontecimentos da “parada gay”
12/06/2015
“Recordar aos católicos que a profanação
de símbolos religiosos pede de nós um ato de desagravo”
Os bispos
do regional Sul 1 da CNBB, reunidos por ocasião da 78ª Assembleia Anual, em
Aparecida (SP), dias 10 e 11 de junho, emitiram mensagem aos católicos e a
todos os cidadãos, diante dos acontecimentos da recente “parada gay”, no
domingo, 7, em São Paulo.
No texto,
os bispos consideram que houve “desrespeito à consciência religiosa” do povo e
“ao símbolo da maior fé cristã, Jesus crucificado”. O episcopado, afirmou,
ainda, que “todo ato de desrespeito a símbolos, orações e liturgias das
religiões constituiu crime previsto pelo Código Penal”. Confira a íntegra
da mensagem:
MENSAGEM AOS CATÓLICOS E A TODOS OS
CIDADÃOS
Nós,
Bispos Católicos das Dioceses do Estado de São Paulo, reunidos na 78ª
Assembleia do Regional Sul I da CNBB, diante dos acontecimentos da recente
“parada gay 2015”, ocorrida na cidade de São Paulo, com claras manifestações de
desrespeito à consciência religiosa de nosso povo e ao símbolo maior da fé
cristã, Jesus crucificado, em nome da verdade que cremos, vimos através desta,
como pastores do Povo de Deus:
1. Afirmar que a fé cristã e
católica, e outras expressões de fé encontram defesa e guarida na Constituição Federal: “é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias” (artigo 5º, inciso VI).
2.
Lembrar
que todo ato de desrespeito a símbolos, orações, pessoas e liturgias das
religiões constitui crime previsto no Código Penal: “escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto
de culto religioso” (Art. 208 do Código Penal).
3. Apelar aos responsáveis pelo
Poder Público, guardiães da Constituição e responsáveis pela ordem social e pelo estado democrático
de direito, que defendam o direito agredido.
4. Expressar
nosso repúdio diante dos lamentáveis atos de desrespeito ocorridos; queremos
contribuir com o bem-estar da sociedade, pois somos, por força do Evangelho,
construtores e promotores da liberdade e da paz.
5.
Manifestar
nossa estranheza ao constatar um evento, como citado seja autorizado e
patrocinado pelo poder público, e utilizado para promover atos que afrontam
claramente o estado de direito que a Constituição garante.
6.
Lembrar a
todos as atitudes firmes do Papa Francisco quanto ao respeito pelo ser humano,
aos mais pobres, aos mais simples, à religiosidade popular.
7.
Recordar
aos católicos que a profanação de símbolos religiosos pede de nós um ato de
desagravo e de satisfação religiosa, pela oração e pela penitência, pedindo ao
Senhor Deus perdão pelos pecados cometidos e a conversão dos corações.
8.
Reafirmar,
iluminados pelo Evangelho e conduzidos pelo Espírito Santo, nosso respeito a
todas as pessoas, também a quem pensa diferente de nós. E convidamos os
católicos e pessoas de boa vontade a contribuírem, em tudo, para a edificação
da justiça e da paz, do respeito a Deus e ao próximo.
Por fim,
confirmamos nosso seguimento a Jesus Cristo e damos testemunho da beleza de
nossa fé católica, na certeza de que, assim, contribuímos para o bem da
sociedade, anunciando o que de melhor recebemos: Jesus Cristo crucificado,
“força e sabedoria de Deus” (1Cor 1,23s), fonte de toda misericórdia.
Aparecida, 11 de junho de 2015.
Memória Litúrgica do Apóstolo São Barnabé
Memória Litúrgica do Apóstolo São Barnabé
Dom
Odilo Pedro Scherer
Presidente do Regional Sul 1 – CNBB
Presidente do Regional Sul 1 – CNBB
Dom
Moacir Silva
Vice-Presidente do Regional Sul 1 – CNBB
Vice-Presidente do Regional Sul 1 – CNBB
Dom
Tarcísio Scaramussa
Secretário do Regional Sul 1 – CNBB
Secretário do Regional Sul 1 – CNBB
Via CNBB Foto G1
FONTE: Catholicus
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Papa Francisco \ Missa Santa Marta
Francisco: "um cristão apegado aos bens faz um
papelão"
26/05/2015
Cidade do Vaticano (RV) – “É feio ver um cristão seguindo Jesus
e a mundanidade”: essa foi a advertência do Papa Francisco na missa matutina
celebrada na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que os cristãos são
levados, na vida, a fazer escolhas radicais. Não pode haver um “cristianismo à
metade”, não se pode ter “o céu e a terra”.
Na liturgia do dia,
Pedro pergunta a Jesus o que os discípulos ganhariam seguindo-o: uma pergunta
feita depois que o Senhor disse ao jovem rico que vendesse todos os seus bens e
os desse aos pobres.
Um cristão não pode
ter o céu e a terra
O Pontífice observou
que Jesus responde em uma direção diferente da que os discípulos esperavam: não
fala de riquezas, mas promete a herança do Reino dos céus “com a perseguição,
com a cruz”.
“Por isso, quando um
cristão é apegado aos bens, faz um papelão, como se quisesse as duas coisas; o
céu e a terra. E o peso final está naquilo que Jesus diz: a cruz, as
perseguições. Isto quer dizer negar a si mesmo, sofrer todos os dias a cruz...
Os discípulos tinham a tentação de seguir Jesus, mas o que será desse ‘bom
negócio’? Lembremo-nos da mãe de Tiago e João, quando pediu a Jesus um lugar
para seus filhos, que um se tornasse primeiro ministro, e o outro ministro da
economia... e assumiu o interesse mundano em seguir Jesus”.
Depois – ressalvou
Francisco – “o coração destes discípulos foi purificado” até Pentecostes,
quando “entenderam tudo”. “A gratuidade em seguir Jesus é a resposta à
gratuidade do amor e da salvação que Jesus nos dá”. E quando “se quer ir seja
com Jesus, seja com o mundo, seja com a pobreza como com a riqueza – alertou –
o cristianismo é ‘à metade’, quer um ganho material: é o espírito da
mundanidade”.
Riquezas, vaidade e
orgulho nos distanciam de Jesus
Aquele cristão,
afirmou recordando o profeta Elias, “está mancando sobre duas pernas”, porque
“não sabe o que quer”. Então, evidenciou que para compreender, devemos lembrar
que Jesus anuncia que “os primeiros serão os últimos e os últimos serão os
primeiros”, o que significa que “aquele que crê ou que é o maior” deve ser “o
servo, deve ser o menor”:
“Seguir Jesus a partir
do ponto de vista humano, não é um bom negócio: é servir. Ele o fez, e se o
Senhor lhe dá a oportunidade de ser o primeiro, você tem que agir como o
último, isto é, servindo. E se o Senhor lhe dá a possibilidade de ter bens,
você tem que agir servindo, isto é para os outros. São três coisas, três
degraus que nos distanciam de Jesus: as riquezas, vaidade e o orgulho. Por isso
são tão perigosas as riquezas, porque levam você imediatamente à vaidade e você
se acha importante. E quando você pensa que é importante tudo sobe na cabeça e
você se perde”.
Um cristão mundano é
um contra-testemunho
O caminho indicado
pelo Senhor, prosseguiu o Papa, é o do "despojamento", como ele fez:
“Quem é o primeiro entre vós seja o servo de todos”. Para Jesus, disse ainda,
“este trabalho” com os discípulos “custou-lhe muito, muito tempo, porque eles
não entendiam bem”. E, em seguida, acrescentou, “também nós devemos pedir a
Ele: ‘Ensine-nos este caminho, esta ciência do serviço. Esta ciência de
humildade. Esta ciência de ser o último para servir os nossos irmãos e irmãs na
Igreja”:
“É feio ver um
cristão, seja leigo, consagrado, sacerdote, bispo, é feio quando você vê que
quer duas coisas: seguir Jesus e os bens, seguir Jesus e a mundanidade. E isso
é um contra-testemunho e distancia as pessoas de Jesus. Continuemos agora a
celebração da Eucaristia, pensando na pergunta de Pedro. ‘Deixamos tudo: como
nós pagará?’. E pensando na resposta de Jesus O preço que Ele nos dará é a
semelhança a ele. Este será o ‘salário’.. Grande ‘salário’, assemelhar-se a
Jesus!”. (CM-SP)
Papa: "O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção"
25/05/2015
Cidade do Vaticano (RV) - É preciso fazer de modo que se você
possui riquezas, essas sirvam ao “bem comum”. Uma abundância de bens vivida
egoisticamente tira a “esperança” e é a origem “de todos os tipos de
corrupção”, grande ou pequena. Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da
missa desta manhã de segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no
Vaticano.
O camelo e o buraco da
agulha, ou seja, como o “entusiasmo” por Cristo possa se transformar em poucos
instantes em “tristeza e fechamento em si mesmo”. A cena que o Papa Francisco
comenta na homilia é uma das mais famosas do Evangelho. O jovem rico encontra
Jesus, pede para segui-lo, lhe assegura viver plenamente os mandamentos, mas,
depois, muda completamente de humor e atitude quando o Mestre lhe fala do
último passo a ser dado, a “única coisa” que falta: vender os bens dar-lhes aos
pobres e depois segui-lo. De repente, “a alegria e a esperança” no jovem rico
desaparecem, porque ele, àquela sua riqueza, não quer renunciar:
“O apego às riquezas é
o início de todos os tipos de corrupção, em todos os lugares: corrupção
pessoal, corrupção nos negócios, também a pequena corrupção comercial, daqueles
que tiram 50 gramas do peso correto, a corrupção política, a corrupção na
educação ... Por que ? Porque aqueles que vivem apegados ao próprio poder, às
próprias riquezas, acreditam viver no paraíso. Estão fechados, não têm
horizonte, não têm esperança. No fim deverão deixar tudo”.
“Há um mistério na
posse das riquezas”, observa Francisco. “As riquezas têm a capacidade de
seduzir, de nos levar a uma sedução e nos fazer acreditar que estamos em um
paraíso terrestre”. Em vez disso, afirma o Papa, este paraíso terrestre é um
lugar sem “horizonte”, semelhante ao bairro que Francisco recorda ter visto na
década de setenta, habitado por pessoas ricas que haviam fechado os confins
para se defenderem dos ladrões:
“Viver sem horizonte é
uma vida estéril, viver sem esperança é uma vida triste. O apego às riquezas
nos dá tristeza e nos torna estéreis. Digo ‘apego’, não digo ‘administrar bem
as riquezas’, pois as riquezas são para o bem comum, para todos. Se o Senhor dá
a riqueza a uma pessoa é para que ela possa usá-la para o bem de todos, não
para si mesmo, não para que se feche em seu coração tornando-se corrupta e triste.”
“As riquezas sem
generosidade”, ressalta o Papa Francisco, “nos fazem crer que somos poderosos,
como Deus. No final, elas nos tiram o melhor, ou seja, a esperança”. Jesus
indica no Evangelho qual é a maneira justa para viver uma abundância de
bens:
“A primeira
Bem-aventurança: Bem-aventurados os pobres em espírito, ou seja, despojar-se do
apego e fazer com que as riquezas que o Senhor lhe deu sejam para o bem comum.
É a única maneira. Abrir a mão, abrir o coração e abrir o horizonte. Se você
tem a mão fechada, tem o coração fechado como aquele homem que fazia banquetes
e usava roupas luxuosas, você não tem horizontes, não vê os outros que precisam
e vai terminar como aquele homem: distante de Deus.” (SP/MJ)
FONTE: RV
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Papa: deixemo-nos olhar por Jesus para mudar o coração
22/05/2015
Sexta-feira, 22 de maio:
na Missa em Santa Marta o Papa Francisco desenvolveu na sua homilia um
comentário ao diálogo entre Jesus e Pedro, narrado pelo Evangelho do dia. O
Santo Padre captou três olhares diferentes do Senhor sobre o Apóstolo: o olhar
do entusiasmo, do arrependimento e o olhar da missão.
No início do Evangelho de João, André vai ter com o seu irmão
Pedro e diz-lhe: “Encontramos o Messias!” – há um olhar de entusiasmo –
explicou o Santo Padre que recordou as palavras de Jesus que fixa o seu olhar
sobre Pedro: “Tu és Simão e chamar-te-ás Pedro.” É o primeiro olhar que gera o
entusiasmo de Pedro.
A seguir, o Papa dirigiu o seu olhar para a noite de Quinta-feira
Santa, quando Pedro renega Jesus três vezes: “Perdeu tudo. Perdeu o seu amor” e
quando o Senhor cruza o seu olhar, Pedro chora amargamente:
“O Evangelho de Lucas diz: ‘E Pedro chorou amargamente’. Aquele
entusiasmo de seguir Jesus tornou-se choro, porque ele pecou: ele renegou
Jesus. Aquele olhar muda o coração de Pedro, mais do que antes. A primeira
mudança é a troca de nome e também de vocação. Este segundo olhar é um olhar
que transforma o coração e é uma mudança de conversão ao amor”.
O terceiro olhar de Jesus é o olhar da missão quando Jesus pede a
Pedro a manifestação do seu amor e lhe confirma a sua missão: “apascenta as
minhas ovelhas”.
“Entristecido porque pela terceira vez lhe perguntava ‘Tu
amas-me?’”. E ele diz: ‘Mas, Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo’.
Jesus respondeu-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Este é o terceiro olhar, o
olhar da missão. O primeiro, o olhar da eleição, com o entusiasmo de seguir
Jesus; o segundo, o olhar de arrependimento no momento daquele pecado tão grave
de ter negado Jesus; o terceiro olhar é o olhar da missão: ‘Apascenta as minhas
ovelhas’; 'Cuida das minhas ovelhas'; ‘Apascenta as minhas ovelhas’.
O Papa Francisco concluiu a sua homilia propondo que cada um de
nós se ponha esta questão e reflita: qual é o olhar de Jesus sobre mim? (RS)
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Audiência: pais saiam do “exilio” de educadores dos
filhos
20/05/2015
Quarta-feira, 20 de maio: uma multidão entusiasmada acolheu o Papa
Francisco para a audiência geral na Praça de S. Pedro. A catequese do Santo
Padre foi sobre a educação dos filhos, que é uma das principais características
essenciais da família.
Neste particular da
educação dos filhos o Santo Padre referiu-se, desde logo, às dificuldades dos
pais separados pedindo-lhes para não usarem os filhos nos seus problemas
conjugais. Disse mesmo uma expressão forte: “Nunca tomeis os vossos filhos como
reféns”:
“Nunca tomeis os vossos
filhos como reféns. Devem crescer com a mãe falando bem do pai e vice-versa.
Isso é muito importante, é muito difícil para os separados, mas é algo que se
pode fazer.”
A educação, que é como
que a coluna vertebral do humanismo, enfrenta, contudo, hoje em dia, dificuldades.
Observa-se uma crise no pacto educativo entre a sociedade e a família –
observou o Papa. Basta pensar no protagonismo de certos especialistas na
educação que acabam por substituir o papel dos pais na educação dos filhos.
“Isto gerou uma fratura
entre a família e a sociedade; uma crise que abrange vários âmbitos, como a
escola, por exemplo, onde recaem sobre os alunos as tensões e a desconfiança
entre pais e professores. E estes ‘especialistas’ multiplicam-se – advertiu o Papa
– ocupando o papel dos pais inclusive nos aspetos mais íntimos da educação:
personalidade, crescimento, direitos e deveres. Os pais vão-se privando da sua
função, chegando a autoexcluírem-se da vida dos filhos”.
Por outro lado, muitos
pais veem-se “sequestrados” pelo trabalho e nunca têm tempo para os filhos.
Diante deste quadro, é preciso reafirmar o papel insubstituível dos pais na
educação dos filhos. Não se trata de contentar-se com um diálogo superficial,
mas de acompanhar os filhos, compreendendo-os e corrigindo-os quando necessário
– sublinhou o Papa Francisco que contou uma pequena história pessoal:
“ … quando estava na 4ª
classe disse uma palavra feia à professora e ela escreveu uma repreensão à
minha mãe que se apresentou na escola para falar com ela. Depois chamaram-me, a
minha mãe disse-me docemente que eu não me tinha comportado bem e eu tive que
pedir desculpa à professora à frente da minha mãe. Fiquei a pensar que até
tinha acabado bem. Mas aquele era apenas o primeiro capítulo, depois em casa
começou o segundo capítulo…”
“Hoje uma professora faz
algo semelhante e no dia seguinte os pais vão à escola pedir-lhe explicações,
porque os técnicos disseram que não se deve repreender!”
As comunidades cristãs
são, assim, chamadas a auxiliar os pais na sua missão educativa, em primeiro
lugar, à luz da Palavra de Deus, que nos recorda que o próprio Jesus foi
educado numa família. O Papa Francisco citou mesmo as palavras do Apóstolo
Paulo que recorda a reciprocidade dos deveres entre pais e filhos:
“Vós filhos, obedecei
aos vossos pais em tudo; como agrada ao Senhor, Vós, pais, não exaspereis os
vossos filhos, para que não caiam em desânimo.”
O Papa Francisco
terminou a sua catequese afirmando que chegou a hora dos pais saírem do seu
exílio de educadores dos seus filhos:
“Quando a educação
familiar redescobre o contentamento de seu protagonismo, muitas coisas mudam
para melhor para os pais incertos e os filhos desiludidos. Chegou a hora que os
pais e as mães saiam de seu ‘exílio’ e reassumam plenamente o seu papel
educativo”.
O Papa Francisco saudou
também os peregrinos de língua portuguesa:
“Saúdo cordialmente
todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os grupos vindos do
Brasil, Cabo Verde e Portugal. Supliquemos a vinda do Espírito Santo sobre
todos os educadores, em particular os pais, para que, com o seu exemplo, ajudem
os mais jovens a crescer em sabedoria, estatura e graça. Que Deus vos abençoe.
“
Nas saudações em
italiano o Papa Francisco fez dois apelos:
Recordou que a 24 de
maio, os católicos na China rezarão com devoção à Bem-Aventurada Virgem Maria,
Auxílio dos Cristãos, venerada no Santuário de Shesham, em Xangai. Neste
Santuário, a imagem de Maria levanta o seu Filho, apresentando-o ao mundo em
gesto de amor e de misericórdia.
“Também nós pediremos a
Maria que ajude os católicos na China a serem sempre testemunhas credíveis
deste amor misericordioso no meio do seu povo e a viver espiritualmente
unidos à rocha de Pedro sobre a qual a Igreja foi construída.”
O Santo Padre citou ainda
uma iniciativa promovida pela Conferência Episcopal Italiana, que propôs às
Dioceses uma vigília de oração, por ocasião do Pentecostes, pelos cristãos
exilados ou mortos por causa da fé.
“Faço votos que este
momento de oração aumente a consciência de que a liberdade religiosa é um
direito humano inalienável, aumente a sensibilização sobre o drama dos cristãos
perseguidos no nosso tempo e que se ponha fim a este crime inaceitável.”
O Papa Francisco a todos
deu a sua bênção! (RS)
FONTE:RV
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Papa Francisco à
CEI: não sejais tímidos na denúncia aos corruptos
19/05/2015
Denunciai vigorosamente a corrupção,
não sejais abstractos nos vossos documentos pastorais, reforçai o papel dos
leigos para que sejam responsáveis, sem necessidade de um
"bispo-piloto" - algumas das indicações que o Papa Francisco deu aos
bispos italianos, reunidos na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, para a sua 68ª
Assembleia Geral, centrada na Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium”.
Na tarde de segunda-feira 18 de maio o
Papa deixou a sua residência na Casa Santa Marta e se dirigiu a pé até à
Sala Paulo VI, onde foi acolhido pelo Presidente da Conferência e o Secretário,
o Cardeal Angelo Bagnasco e Dom Nunzio Galantino. Depois de uma troca de
abraços, os três se encaminharam ao local dos trabalhos, no interior do
edifício.
O Pontífice fez um discurso aos bispos
da sua Diocese e de toda a Itália ressaltando que neste momento histórico
desconfortante, com situações de aflição e atribulação, no país e no mundo, a
vocação episcopal é ‘navegar contra a corrente’, ou seja, ser testemunhas
alegres de Jesus Cristo e transmitir esta alegria e esperança aos outros.
“É-nos pedido para consolar, ajudar, encorajar sem distinção todos os nossos
irmãos oprimidos pelo peso das suas ‘cruzes’, erguendo-os com a força que
provém de Deus”.
Neste sentido, visto o tema da
Assembleia, o Papa disse ao grupo que gostaria de ouvir as suas ideias, as suas
perguntas, e compartilhar com os presentes as suas reflexões. Mas iniciou
afirmando que “é muito feio encontrar um consagrado abatido, desmotivado ou
‘apagado’... é como um poço seco aonde as pessoas não acham água para matar a
sede”.
“As minhas preocupações – disse o Papa
– nascem de uma visão global dos episcopados, adquirida por ter encontrado em
dois anos de Pontificado várias Conferências e observado a importância da
‘sensibilidade eclesial’ de cada uma; ou seja, a humildade, a compaixão, a
misericórdia, o concretismo e sabedoria, à imagem dos sentimentos de Deus.
A sensibilidade eclesial comporta não
ser tímidos em condenar e derrotar a difusa mentalidade de corrupção pública e
privada que empobreceu, sem alguma vergonha, famílias, aposentados,
trabalhadores honestos e comunidades cristãs, descartando os jovens e
marginalizando os mais carentes e frágeis. “A sensibilidade eclesial nos leva
junto ao povo de Deus para defendê-lo das colonizações ideológicas que lhes
roubam identidade e dignidade”.
A sensibilidade eclesial – prosseguiu
o Papa – se manifesta também nas decisões pastorais e na elaboração de
Documentos, nos quais não devem prevalecer aspectos teóricos, doutrinais e
abstractos, como se nossas orientações se dirigissem a estudiosos e
especialistas, e não ao povo de Deus. “Temos que traduzi-los em propostas
concretas e compreensíveis”, afirmou.
Prosseguindo, o Papa reiterou que a
sensibilidade eclesial se concretiza também reforçando o indispensável papel
dos leigos em assumir as responsabilidades que lhes competem. “Os leigos que
possuem formação cristã autêntica não precisam de um ‘Bispo-piloto’, ou de um
‘monsenhor-piloto’ ou de um estímulo clerical para assumir as suas tarefas em
todos os níveis: político, social, económico e legislativo! Eles precisam é de
um Bispo-Pastor!” – completou.
Enfim, a sensibilidade eclesial se
revela concretamente na colegialidade e na comunhão entre os Bispos e os seus
sacerdotes; na comunhão entre os próprios Bispos; entre as Dioceses ricas -
material e vocacionalmente - e as que têm dificuldades; entre as periferias e o
centro; entre as Conferências Episcopais e os Bispos com o sucessor de Pedro.
Em seguida, o Pontífice aprofundou o
tema da colegialidade na determinação dos planos pastorais e na divisão dos
compromissos programáticos, económicos e financeiros. Por exemplo, citou que às
vezes, a recepção dos programas e a actuação de certos projectos não são
verificadas. “São homologadas decisões, opiniões e pessoas; narcotizadas
Comunidades... em vez de se deixar transportar aos horizontes aonde o Espírito
nos pode conduzir”.
Outra questão levantada pelo Papa:
“Por que se deixam envelhecer tanto os Institutos religiosos, Mosteiros,
Congregações, ao ponto que deixam de ser testemunhos fiéis ao seu carisma
inicial? Por que não se incorporam, antes que seja tarde demais?”.
A este ponto, o Papa terminou o seu
discurso, explicando que quis apenas oferecer alguns exemplos de escassez de
sensibilidade eclesial, e clamando para que “durante o Jubileu da Misericórdia,
o Senhor nos conceda a alegria de redescobrir e tornar fecunda a misericórdia
de Deus, com a qual somos chamados a consolar todos os homens e mulheres do
nosso tempo”.
Os bispos italianos prosseguem a sua
Assembleia na Sala do Sínodo, no Vaticano, até o dia 21, e no âmbito dos
trabalhos, serão eleitos os Presidentes das Comissões Episcopais. (BS/CM)
FONTE:RV
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18/05/2015
Neste sábado dia 16 de maio o Papa Francisco recebeu em
audiência na Sala Paulo VI religiosos e religiosas da diocese de Roma, no
âmbito do Ano da Vida Consagrada. O Santo Padre ouviu testemunhos e depoimentos
e respondeu a algumas questões que lhe foram colocadas.
Das várias respostas
dadas aos consagrados pelo Papa Francisco destacamos o realce que o Santo Padre
dá à vida de silêncio e de oração realçando que uma pessoa consagrada é um dom
de Deus e deve fazer tudo com um sorriso nos lábios, acolhendo o irmão que lhe
bate à porta porque “a vida consagrada é uma doação pessoal a Deus e aos
irmãos”.
O Papa Francisco afirmou
ainda a dimensão alegre e festiva da vida consagrada e recordou aos religiosos
de Roma que não deve haver concorrência entre paróquias e congregações pois nas
dioceses deve “reinar a harmonia e o diálogo”.
O Santo Padre nesta
audiência e em resposta a um dos religiosos presentes, sublinhou que a vida
consagrada feminina representa 80% da vida religiosa na Igreja. A mulher
consagrada é o rosto de Maria e da Mãe Igreja. “Ela oferece um acompanhamento
terno e materno sobretudo aos enfermos e mais necessitados da nossa sociedade.
O papel da mulher na Igreja representa a profunda expressão do génio feminino”
– afirmou o Santo Padre no final da audiência com os religiosos e religiosas da
diocese de Roma. (RS)
FONTE:RV
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13 de maio: Papa Francisco
pediu oração em português
15/05/2015
Nesta quarta-feira 13 de maio, na
audiência geral, o Papa Francisco recordou as palavras para a paz na família:
com licença, obrigado e desculpa. O Santo Padre deu mesmo um conselho dizendo
que na família nunca se deve terminar o dia sem fazer a paz.
No final da sua catequese o Santo Padre
saudou também os peregrinos de língua portuguesa recordando o dia de Nossa
Senhora de Fátima:
“Dirijo uma cordial saudação, com votos
de graça e paz do Céu, a todos os peregrinos de língua portuguesa,
particularmente as várias paróquias e grupos do Brasil. Neste dia de Nossa
Senhora de Fátima, convido-vos a multiplicar os gestos diários de veneração e
imitação da Mãe de Deus. Confiai-Lhe tudo o que sois, tudo o que tendes; e
assim conseguireis ser um instrumento da misericórdia e ternura de Deus para os
vossos familiares, vizinhos e amigos. A todos abençoo no Senhor.”
Após esta saudação aos peregrinos de
língua portuguesa o Papa Francisco pediu que fosse rezada uma Avé Maria em
língua portuguesa na Praça de S. Pedro que foi proposta pelo Monsenhor Ferreira
da Costa:
Ave-Maria, cheia de graça!
O Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
E Bendito é o Fruto do vosso ventre,
Jesus
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores
Agora e na hora da nossa morte. Ámen
Recordemos que o Papa Francisco
confirmou recentemente, em audiência concedida a D. António Marto, bispo de
Leiria-Fátima, a sua intenção de estar presente em Fátima em 2017 no centenário
das Aparições. (RS)
Fonte:RV
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Promover a reconciliação e paz no país - Papa aos
bispos do Togo 11/05/2015
O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira de manhã em
audiência 9 bispos da Conferência Episcopal do Togo em visita ad Limina, com os
quais se entreve cerca de uma hora e meia.
No fim entregou-lhes
um discurso escrito em que os Francisco encoraja a defender os valores da
família e os esforços da Igreja togolesa no diálogo inter-religioso,
principalmente com as lideranças muçulmanas.
O Papa agradeceu pela
solicitude dos bispos em trazerem as impressões da igreja togolesa para o
próximo Sínodo das Famílias, em outubro, no Vaticano.
“É importante que os
aspectos positivos da família africana sejam expressados e compreendidos”,
ressaltou o Pontífice ao encorajar os bispos e todas as pessoas de boa vontade
no Togo a não cederem perante os ataques ideológicos e mediáticos
“incompatíveis com a fé cristã”.
O principal desafio
para a Igreja togolesa ainda é todavia a reconciliação nacional. Desde a
independência da França, em 1958, o Togo foi palco de violências políticas e
eleitorais que, sobretudo durante as eleições de 2005 deixaram diversas vítimas
e milhares de deslocados.
Nesse período –
recordou o Pontífice – a Igreja católica contribuiu não só para a evangelização
e a promoção humana, mas também para a justiça e a reconciliação. “Agradeço
pelos esforços que a igreja no Togo tem feito neste trabalho de reaproximação,
particularmente por meio da Comissão Nacional da Verdade, Justiça e
Reconciliação”, rematou o Papa.
A República do Togo tem
6,2 milhões de habitantes, dos quais, segundo a Conferência episcopal, 25% se
declaram católicos. Contudo, o país defronta-se com o crescimento das seitas,
cujos adeptos saem não somente da própria igreja mas, principalmente, das
religiões tradicionais do Togo, seguidas por 50% da população.
Fonte:RV
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Congresso Mariológico
Mariano Internacional 2016 será em Fátima
08/05/2015
O Papa Francisco aprovou nesta quinta-feira dia 7 de maio
que a organização do 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional será em
Fátima em 2016, organizado pela Academia Pontifícia Mariana Internacional em colaboração
com os responsáveis pelo Santuário de Fátima.
O anúncio foi feito no Auditorium Antonianum, em Roma,
pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, na
abertura do Fórum Mariológico Internacional sobre o tema: “A Mensagem de Fátima
entre carisma e profecia”.
Assim, o Congresso Mariológico Mariano Internacional
realiza-se em Fátima de 6 a 11 de setembro de 2016 e terá como tema ‘O
acontecimento de Fátima, cem anos depois. História, mensagem e atualidade’.
O bispo de Leiria-Fátima, D. Antonio Marto, entrevistado
nesta quinta-feira pelo nosso colega Alberto Goroni, prestou uma curta
declaração dizendo que a mensagem de Fátima continua atual e confirmou a
intenção do Papa Francisco de participar em Fátima nas celebrações do
centenário das aparições em 2017.
O Forum Mariológico Internacional conclui-se amanhã
sábado dia 9 com um momento de oração mariana na Basílica de Santo António em
Roma, seguido de uma Eucaristia presidida por D. António Marto, bispo de
Leiria-Fátima. (RS)
Fonte:R
___________________________
Papa Francisco: o verdadeiro amor é concreto e
comunica
07/05/2015
Quinta-feira, 7 de maio: na Missa em Santa Marta Papa
Francisco afirmou que o verdadeiro amor é concreto e comunica. Mesmo os monges
de clausura, não se isolam, e comunicam muito.
Tomando as palavras do
Evangelho do dia, em que Jesus nos pede de “permanecer no seu amor”, o Santo
Padre dá-nos dois critérios para distinguir o verdadeiro do não verdadeiro
amor: o primeiro critério é que o amor está “mais nas ações do que nas palavras”.
É naquilo que é concreto que se encontra o verdadeiro amor:
“Ou seja, o verdadeiro
amor é concreto, está nas obras, é um amor constante. Não é um simples
entusiasmo. Mesmo tantas vezes é um amor doloroso: pensemos no amor de Jesus
levando a Cruz.”
O segundo critério
para distinguir o verdadeiro amor é que se o amor é comunicado não fica isolado
– afirmou o Santo Padre que considerou que o amor dá de si próprio e recebe,
faz-se aquela comunicação que há entre Pai e Filho, uma comunicação que é feita
pelo Espírito Santo. Nem sequer os monges e as monjas estão isolados e, segundo
o Papa, comunicam e comunicam tanto. Por isso, “não há amor sem comunicar-se,
não há amor isolado.”
E quando o amor se
isola não é amor, é egoísmo – advertiu o Papa que concluiu a sua homilia
afirmando que não é fácil, mas, permanecer no amor de Jesus significa “fazer” e
significa “capacidade de comunicar-se, de diálogo, seja com o Senhor, seja com
os irmãos”. (RS)
Fonte:RV _______________
Papa aos Bispos do Congo: empenhai-vos a
reconciliar o vosso povo
04/05/2015
O Papa Francisco aprovou nesta quinta-feira dia 7 de maio
que a organização do 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional será em
Fátima em 2016, organizado pela Academia Pontifícia Mariana Internacional em colaboração
com os responsáveis pelo Santuário de Fátima.
O anúncio foi feito no Auditorium Antonianum, em Roma,
pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, na
abertura do Fórum Mariológico Internacional sobre o tema: “A Mensagem de Fátima
entre carisma e profecia”.
Assim, o Congresso Mariológico Mariano Internacional
realiza-se em Fátima de 6 a 11 de setembro de 2016 e terá como tema ‘O
acontecimento de Fátima, cem anos depois. História, mensagem e atualidade’.
O bispo de Leiria-Fátima, D. Antonio Marto, entrevistado
nesta quinta-feira pelo nosso colega Alberto Goroni, prestou uma curta
declaração dizendo que a mensagem de Fátima continua atual e confirmou a
intenção do Papa Francisco de participar em Fátima nas celebrações do
centenário das aparições em 2017.
O Forum Mariológico Internacional conclui-se amanhã
sábado dia 9 com um momento de oração mariana na Basílica de Santo António em
Roma, seguido de uma Eucaristia presidida por D. António Marto, bispo de
Leiria-Fátima. (RS)
Fonte:R
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Papa Francisco: o verdadeiro amor é concreto e
comunica
07/05/2015
Quinta-feira, 7 de maio: na Missa em Santa Marta Papa
Francisco afirmou que o verdadeiro amor é concreto e comunica. Mesmo os monges
de clausura, não se isolam, e comunicam muito.
Tomando as palavras do
Evangelho do dia, em que Jesus nos pede de “permanecer no seu amor”, o Santo
Padre dá-nos dois critérios para distinguir o verdadeiro do não verdadeiro
amor: o primeiro critério é que o amor está “mais nas ações do que nas palavras”.
É naquilo que é concreto que se encontra o verdadeiro amor:
“Ou seja, o verdadeiro
amor é concreto, está nas obras, é um amor constante. Não é um simples
entusiasmo. Mesmo tantas vezes é um amor doloroso: pensemos no amor de Jesus
levando a Cruz.”
O segundo critério
para distinguir o verdadeiro amor é que se o amor é comunicado não fica isolado
– afirmou o Santo Padre que considerou que o amor dá de si próprio e recebe,
faz-se aquela comunicação que há entre Pai e Filho, uma comunicação que é feita
pelo Espírito Santo. Nem sequer os monges e as monjas estão isolados e, segundo
o Papa, comunicam e comunicam tanto. Por isso, “não há amor sem comunicar-se,
não há amor isolado.”
E quando o amor se
isola não é amor, é egoísmo – advertiu o Papa que concluiu a sua homilia
afirmando que não é fácil, mas, permanecer no amor de Jesus significa “fazer” e
significa “capacidade de comunicar-se, de diálogo, seja com o Senhor, seja com
os irmãos”. (RS)
Fonte:RV _______________
Papa aos Bispos do Congo: empenhai-vos a
reconciliar o vosso povo
04/05/2015
O Papa recebeu, nesta segunda-feira, 4 de maio, os Bispos da
República do Congo em Visita Ad Limina. Ao recordar a guerra civil que assolou
o país durante o final dos anos de 1990, o Papa Francisco exortou os Bispos
para serem corpo de uma “Igreja com a missão de reconciliar os corações, de
reaproximar as comunidades divididas e de construir uma nova fraternidade
ancorada no perdão e na solidariedade”.
O Papa felicitou em
seguida a Conferência do Congo pelas suas reflexões, nos últimos anos, sobre a
missão dos leigos na Igreja e na sociedade, e saudou a sua notável contribuição
na obra de evangelização. É importante que a vossa pastoral, disse, ajude os seus
movimentos de espiritualidade e apostolado a redescobrir e reafirmar a sua
vocação para um "testemunho credível de leigos à verdade salvífica do
Evangelho, ao seu poder de purificar e transformar o coração humano e a sua
fecundidade para construir a família humana na unidade, justiça e
paz".
E quanto à ajuda
recíproca e a solidariedade entre as Igrejas locais, eles se devem traduzir
igualmente na promoção do espírito missionário antes de tudo dentro da África,
disse o Papa Francisco que também recordou o apelo solene do Beato Papa Paulo
VI em Kampala, quando disse: "Vós, africanos, já sois agora missionários
de vós mesmos!”.
A tradição católica no
Congo recentemente ganhou – recordou o Papa – um novo local sagrado: na Diocese
de Dolisie, em Louvakou, foi inaugurado o Santuário da Divina Misericórdia que
já é meta de peregrinação e de encontros espirituais. “Espero vivamente que o
Santuário se torne um lugar onde o povo de Deus vá para reafirmar a sua fé,
principalmente por ocasião do próximo Jubileu extraordinário da Misericórdia”,
escreveu o Papa na mensagem entregue aos Bispos.
A República do Congo é
de maioria cristã, da qual cerca de 55% são católicos. Aproximadamente um terço
da população segue as religiões tradicionais locais. Os muçulmanos são menos de
2% da população. Recentemente, três novas dioceses foram criadas no país. “Isso
testemunha a vitalidade da Igreja Católica, assim como o zelo apostólico dos
seus pastores que está no coração da evangelização”, afirmou ainda o Santo
Padre.
Em 2001, as tensões
acalmaram-se e em 2002 foram realizadas eleições presidenciais que abriram o
país à economia de mercado e à democracia, apesar do forte clima de
incerteza. O presidente eleito foi Sassou-Nguesso, que até hoje se perpetua no
poder. (RB)
Fonte:RV
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Papa adverte para que Igreja não entre no "jogo político"
27/04/2015
O Papa recebeu na manhã desta segunda-feira (27/04) os
bispos do Benin em visita Ad Limina. “Vocês são testemunhas do entusiasmo
da Igreja no Benin”, escreveu o Papa no início da mensagem entregue aos bispos.
Francisco disse que este entusiasmo deve ser mantido,
contudo recordou que o mistério cristão não é privilégio de uma elite mas de
todos os fiéis. “Isso é essencial para que a Igreja no Benin possa resistir e
superar os ventos contrários”, lembrou Francisco ao congratular os bispos pela
vigília diante das agressões ideológicas e midiáticas.
Contribuição da Igreja africana
Ao citar o próximo Sínodo Ordinário das Famílias, que
está marcado para outubro no Vaticano, o Papa agradeceu a mobilização dos
bispos no engajamento das dioceses para refletir os temas propostos pelo Sínodo
e trazer à Santa Sé importantes contribuições para o debate sobre a família.
“Eu sei que a Pastoral do Matrimônio ainda é um ponto
difícil para vocês, considerando a real situação, social e cultural, do povo do
Benin. Não percamos a coragem diante disso – exorta o Papa – mas perseveremos
sem cessar porque a família que a Igreja defende é aquela da vontade de Deus”.
Diálogo
Inter-religioso
Francisco destacou que o Benin é conhecido pela harmonia
entre as diversas confissões presentes no país, contudo encorajou os bispos a
manterem como prioridade o diálogo inter-religioso, “principalmente com o
Islã”, sublinhou o Papa. “Promover a paz e a justiça é o papel fundamental da
Igreja para garantir o desenvolvimento do Benin”, completou o Pontífice.
Política
Por fim, a mensagem destaca as boas relações do
episcopado com as autoridades civis, para as quais a voz da Igreja é bem-vinda
e muito apreciada. Todavia, o Papa advertiu aos bispos para que, mesmo tendo o
apoio da Santa Sé para se fazerem presentes nas diversas realidades públicas da
sociedade, tenham o cuidado de não entrar diretamente no jogo da política e nem
em discussões partidárias. “A condução de assuntos públicos deve ser função dos
leigos, a quem vocês têm o importante dever de formar e encorajar sem cessar”,
concluiu o Papa.
Exortação
Apostólica
A penúltima visita Ad Limina dos Bispos do Benin
aconteceu em setembro de 2007. Em novembro de 2011, o Papa emérito Bento XVI
visitou o país africano por ocasião da assinatura e da publicação da Exortação
Apostólica Pós-Sinodal da Segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo
dos Bispos,Africae Munus (RB)
Fonte:RV
24/04/2015
Sexta-feira,
24 de abril: Jesus jamais se esquece do dia em que nos encontrou pela primeira
vez e nós devemos pedir a Deus “a graça da memória” - esta a principal mensagem
do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta.
Um encontro: foi o modo escolhido por Jesus para mudar a vida dos
outros. Aquele com Paulo de Tarso, perseguidor anticristão que quando chegou a
Damasco já era um Apóstolo, foi emblemático. O Papa deteve-se neste conhecido
episódio da liturgia do dia, mas citou a variedade de encontros contidos nas
narrações do Evangelho: João e André, que passam ‘toda a noite’ com o Mestre,
Simão que se torna a ‘pedra’ da nova comunidade; a samaritana, o leproso que
volta para agradecer por ter sido curado, a mulher doente que se recupera
depois de tocar a túnica de Cristo. Foram encontros decisivos, que devem
induzir um cristão – afirma o Papa – a nunca se esquecer do seu primeiro
contacto com Jesus:
“Ele nunca se esquece, mas nós esquecemo-nos do encontro com
Jesus.”
O Santo Padre deixou algumas pistas de reflexão para fazermos
memória do nosso encontro com Jesus:
Quando senti realmente a necessidade de ter o Senhor perto de mim?
Quando notei que tinha que mudar de vida, ser melhor, ou perdoar
uma pessoa?
Quando ouvi o Senhor pedir-me alguma coisa?”
Segundo o Santo Padre estas questões ajudam a saber quando é que
Jesus nos disse algo que mudou a nossa vida “porque a nossa fé é um encontro
com Jesus. Este é o fundamento da fé: encontrei Jesus como Saulo hoje”.
O Santo Padre concluiu a sua homilia dizendo que não devemos
esquecer o encontro com Jesus porque essa é uma recordação de amor. (RS)
Fonte:RV
______________
Dia de S. Jorge: Papa luta pelo bem e contra o mal
23/04/2015
Hoje a Igreja celebra S. Jorge que é o Santo da guarda do Papa
Francisco. Um momento especial para evocar este onomástico do Santo Padre Jorge
Bergoglio. O nosso colega da redação italiana Alessandro Gisotti falou com um
dos mais diretos colaboradores do Papa, ao nível das celebrações pontifícias, o
argentino Padre Guillermo Karcher, que está ligado ao Santo Padre há mais de 20
anos. Este sacerdote considera que o Papa Francisco é uma espécie de S. Jorge
Moderno, um grande lutador contra as forças do mal, cheio de espírito cristão.
“Pensar hoje, nesta
festa onomástica, ao Santo do Papa, sendo este o seu nome de batismo, Jorge – é
belo, porque quando penso nele e vejo-o agir, posso dizer que é um “S. Jorge
Moderno”, no sentido que é um grande lutador contra as forças do mal e fá-lo com
um espírito verdadeiramente cristão: é Cristo que vejo nele que semeia o bem,
para combater o mal. E nisto é um exemplo, porque fazia-o já em Buenos Aires e
continua a fazê-lo agora com aquela simplicidade que o caracteriza, mas que é
assim tão forte, assim importante neste momento do mundo em que é precisa a
presença do bem.”
“Comovo-me em cada
quarta-feira, quando chegam os argentinos e vou organizá-los neste setor
especialíssimo, são tantos os que o chamam “padre, padre Jorge” e,
verdadeiramente, nota-se a familiaridade, esta amizade que ele semeou em tantos
anos em Buenos Aires, quando caminhava pelas estradas da cidade e ia visitar os
lugares mais pobres da periferia da cidade, continuam a senti-lo próximo e ele
alegra-se e faz-lhes sempre um sorriso, um abraço, com um olhar paterno – esta
saudação que sai do coração das pessoas.” (RS)
Fonte:RV
_______________________
Audiência: homem e mulher – recíprocos e complementares
22/04/2015
Quarta-feira, 22 de abril, audiência
geral na Praça de S. Pedro: o Papa Francisco apresentou mais uma catequese
sobre a família desenvolvendo o segundo capítulo do Livro do Génesis onde
encontramos Adão que está sozinho. E isso não é bom – sublinhou o Santo Padre:
“E Deus viu que isto não era bom: é
como uma ausência de comunhão, uma ausência de plenitude. “Não é bom” – disse
Deus – e continua: “quero fazer-lhe uma ajuda que lhe corresponda”.”
Efetivamente, no Livro do Génesis,
lemos que inicialmente Adão, o primeiro homem, sentia-se sozinho, mesmo vivendo
cercado de tantos animais. Querendo pôr remédio à sua solidão, Deus
apresenta-lhe a mulher, que o homem acolhe exultante, como um ser igual. Com a
imagem bíblica da costela de Adão, da qual Eva é plasmada por Deus, não se quer
afirmar uma inferioridade da mulher – ela não é uma réplica do homem – mas
expressa uma reciprocidade entre eles: possuem a mesma natureza e são
complementares:
“osso dos meus ossos e carne da minha
carne”
Contudo, por sugestão do maligno, os
dois são tentados pelo delírio da omnipotência e desobedecem a Deus – afirmou o
Papa Francisco. Este pecado rompe a harmonia que existia entre eles, gerando
desconfiança, divisão, prepotência, machismo, instrumentalização do corpo
feminino e a recusa a viver uma aliança, na diferença e na complementariedade,
entre homem e mulher. Estas são as consequências da desarmonia – frisou o Papa.
No entanto, Deus não abandona o homem
e a mulher após o pecado – sublinhou o Santo Padre. Assim, seguindo o exemplo
de Deus, também os cristãos devem buscar curar as feridas nas relações e
recuperar o valor do matrimónio e da família.
O Papa Francisco saudou também os
peregrinos de língua portuguesa:
“Dirijo uma cordial saudação a todos
os peregrinos de língua portuguesa, particularmente aos fiéis vindos de
Portugal, da Suíça e do Brasil. Rezai por todas as famílias, especialmente
aquelas que passam por dificuldades, na certeza de que as famílias são um dom
de Deus e o fundamento da vida social. Que Deus vos abençoe!”
Nas saudações em língua italiana o
Papa Francisco recordou que hoje se celebra o Dia da Terra, e exortou os fiéis
a cuidarem da criação e a conservarem a harmonia divina entre as criaturas e a
criação:
“Hoje celebra-se o Dia da Terra.
Exorto todos a verem o mundo com os olhos de Deus Criador: a terra é o ambiente
a guardar e o jardim para cultivar. A relação dos homens com a natureza não
seja guiada pela avidez, de manipular e de explorar, mas conserve a harmonia
divina entre as criaturas e a criação, na lógica do respeito e do cuidado, para
coloca-la ao serviço dos irmãos, mesmo das gerações futuras.”
O Papa Francisco a todos deu a sua
benção. (RS)
Fonte:RV
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Papa: a nossa Igreja é de mártires, unamo-nos aos
irmãos perseguidos
21/04
A Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, mostra o
julgamento no Sinédrio contra Estevão e a sua lapidação. Desta cena dramática,
se desenvolveu a homilia do Papa Francisco, que recordou os perseguidos de
hoje. Os mártires – observou – não precisam de “outros pães”, o único pão é
Jesus. E destacou que Estevão “não precisava negociar e assumir compromissos”.
O seu testemunho era
tão forte que os seus assassinos “não conseguiam resistir à sabedoria” e ao
espírito “com o qual ele falava”. Assim como Jesus, também Estevão teve que
enfrentar testemunhas falsas e a rebelião do povo que o julgava. Estevão
recorda-lhes os profetas que foram mortos por terem sido fiéis à palavra de Deus
e quando “confessa a sua visão de Jesus”, então os seus perseguidores se
escandalizam, tapam os ouvidos para não ouvi-lo e o arrastam para fora da
cidade para apedrejá-lo:
“A Palavra de Deus
sempre desagrada a alguns corações. A Palavra de Deus incomoda quando se tem o
coração duro, o coração pagão, porque a Palavra de Deus o interpela a ir
avante, buscando e matando a fome com aquele pão do qual falava Jesus. Na
história da Revelação, muitos mártires foram mortos pela fidelidade à Palavra
de Deus, à Verdade de Deus”.
O Papa prosseguiu
observando que o martírio de Estevão é parecido com o de Jesus: morre “com
aquela magnanimidade cristã do perdão, da oração pelos inimigos. Quem perseguia
os profetas, assim como a Estevão – disse Francisco –, “pensavam em dar glória
a Deus, acreditavam que com isso eram fiéis à Sua Doutrina”. Hoje, acrescentou,
“gostaria de recordar que a história da Igreja, a verdadeira história da
Igreja, é a história dos santos e dos mártires: perseguidos e mortos por
aqueles que pensavam em glorificar Deus, por aqueles que acreditavam possuir ‘a
verdade’. Coração corrupto, mas ‘a verdade’”.
“Nestes dias, quantos
Estevão existem no mundo! Pensemos nos nossos irmãos degolados na praia da
Líbia; pensemos naquele jovem queimado vivo pelos seus companheiros porque era
cristão; pensemos naqueles migrantes que em alto mar foram lançados ao mar por
outros, porque cristãos; pensemos naqueles etíopes assassinados porque
cristãos... e muitos outros. E tantos que nós nem sabemos, que sofrem nas prisões
porque cristãos... Hoje a Igreja é Igreja de mártires: eles sofrem, dão a vida
e nós recebemos a bênção de Deus por seu testemunho”.
O Papa Francisco
acrescentou que existem também “os mártires escondidos, aqueles homens e
mulheres fiéis" à "voz do Espírito, que buscam novas estradas para
ajudar os irmãos e amar melhor Deus e são acusados, caluniados, perseguidos por
tantos Sinédrios modernos que se creem donos da verdade: tantos mártires
escondidos!”:
“E também tantos
mártires escondidos que, por serem fiéis na sua família, sofrem pela
fidelidade. A nossa Igreja é Igreja de mártires. E agora, na nossa celebração,
virá a nós o primeiro mártir, o primeiro que deu testemunho e mais: a salvação
a todos nós. Unamo-nos a Jesus na Eucaristia, e unamo-nos a tantos irmãos e
irmãs que sofrem o martírio da perseguição, da calúnia e da morte para ser
fiéis ao único pão que sacia, isto é, a Jesus”. (BS/BF)
Fonte:RV
_____________
Papa: seguir o exemplo dos
mártires porque a fé não é poder
20/04/2015
Segunda-feira, 20 de abril: na Missa em Santa Marta o Papa
Francisco afirmou que o testemunho dos mártires ajuda-nos a não cair na
tentação de transformar a fé em poder.
Comentando o Evangelho
do dia, no qual a multidão circunda Jesus após a multiplicação dos pães e dos
peixes, não tanto “por admiração religiosa que te leva a adorar Deus ”mas“ por
interesse material”, o Papa Francisco observou que na fé há o risco de não se
compreender a verdadeira missão do Senhor: isto acontece quando se aproveita de
Jesus, deslizando para o poder.
O Santo Padre recordou
que mesmo entre os que seguiam Jesus e entre os apóstolos, como os filhos de
Zebedeu, havia quem quisesse ter poder. E assim, para esses, a unção de levar o
alegre anúncio, como que se transforma em algo escuro, algo ligado ao poder.
O Papa Francisco afirmou
que sempre existiu e existe para todos nós esta tentação do poder, a tentação
de passar da admiração e do assombro religioso para a hipocrisia e o poder
mundano. E o Senhor alerta-nos para esta tentação dando-nos o testemunho dos
santos e dos mártires – sublinhou o Santo Padre:
“O Senhor
desperta-nos com o testemunho dos santos, com o testemunho dos mártires, que
todos os dias nos anunciam que a missão é caminhar no caminho de Jesus:
anunciar o ano da graça.”
O Papa concluiu a
homilia pedindo a Deus que nos ajude a não cair no espírito da mundanidade e a
acolhermos a graça do encontro com o Senhor. (RS)
Fonte: RV
__________________
Publicado Anuário Pontifício: crescem os católicos
no mundo
17/04/2015
Os católicos batizados no mundo passaram de 1115 mil milhões a
1254 mil milhões, entre 2005 e 2013, o que representa um aumento de 12%. Os
dados estão contidos no Anuário Pontifício 2015, publicado nesta quinta-feira
dia 16 de abril.
Existem, contudo,
diferenças percentuais nos vários continentes. A Europa, por exemplo, com um
crescimento populacional tendendo ao declínio nas próximas décadas, observou um
leve aumento dos batizados em 2013, totalizando 287 milhões, 6,6 milhões a mais
em relação a 2005.
Na África os católicos
tiveram um incremento de 34%, passando de 153 milhões em 2005 a 206 milhões em
2013. O aumento deve-se, sobretudo, à elevação da presença dos fiéis batizados.
Os católicos, que representavam 17,1% da população africana em 2005, oito anos
mais tarde passaram a representar quase 19% da população no continente.
O crescimento de fiéis
na América e Ásia, por sua vez, teve um incremento de 10,5 e 17,4%,
respetivamente, explicável em parte pelo aumento populacional registado neste
período. Em termos relativos, de facto, os católicos americanos mantém a
percentual de 63% da população, enquanto na Ásia a incidência de católicos
passou de 2,9% em 2005 a 3,2% em 2013.
Na Oceânia a incidência
de católicos batizados por cada cem habitantes permanece estável, não obstante
em valores absolutos tenha observado um leve decréscimo.
O Anuário revela ainda
um aumento do apostolado desenvolvido por bispos, sacerdotes, diáconos
permanentes, religiosos não sacerdotes, religiosas professas, membros de
institutos seculares, missionários leigos e catequistas. De registar também um
aumento do apostolado leigo.
Os sacerdotes apesar de
um aumento geral na África e na Ásia, apresentam uma diminuição geral. Ao
invés, os diáconos permanentes e os religiosos não-sacerdotes apresentam um
real crescimento. Entretanto, as religiosas apresentam uma evidente diminuição.
A redação do Anuário
Pontifício foi desenvolvida sob a coordenação do Mons. Vittorio Formenti,
encarregado do Departamento Central de Estatística da Igreja e do Prof. Enrico
Nenna. (RS)
Fonte:RV
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Orações, música, poucas visitas: assim festeja Bento XVI
16/04/2015
Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quinta-feira (16/04), o Papa
emérito Bento XVI completa 88 anos. O próximo domingo marcará os 10 anos de sua
eleição como 265º Papa da Igreja Católica. O Papa Francisco ofereceu a Missa
matutina na Casa Santa Marta ao Papa emérito: "Quero recordar que hoje é o
aniversário do Papa Bento XVI. Eu ofereci a missa por ele e também convido a
todos a rezar por ele, para que o Senhor lhe sustente e lhe dê muita alegria e
felicidade".
Como já no ano passado,
o Papa emérito não participará de nenhuma celebração pública e passará estes
dias em clima de recolhimento e oração, sem festejos especiais. Como afirmou
seu Secretário particular, Dom Georg Gänswein, Bento XVI “está bem, para a sua
idade” e caminha todos os dias cerca de meia hora nos Jardins Vaticanos. “Em
geral eu vou com ele, rezamos juntos o terço. Ele, que sempre teve passo
rápido, agora, seguindo conselho médico, usa um andador em seus passeios, e em
casa, uma bengala”, comentou o arcebispo,
em recente entrevista. Dom Georg disse ainda
que o Papa emérito “durante o dia reza, lê, estuda, responde a muitas cartas e
frequentemente toca piano à tarde”, mas “não se dedica mais a escritos
teológicos ou científicos; diz que com os três volumes sobre Jesus concluiu a
sua obra”. Quando completou 87 anos, o
Papa Francisco o felicitou telefonicamente e o recordou na celebração da missa
na Capela da Casa Santa Marta, convidando os fiéis a rezarem por ele.
Joseph Ratzinger
celebrou seu último aniversário como Papa aos 85 anos. Em 16 de abril de 2012,
iniciou o dia de seu aniversário celebrando uma missa na Capela Paulina do
Palácio Apostólico Vaticano com a presença de seu irmão, um grupo de bispos da
Baviera e uma delegação desta região alemã.
O “último período de sua
vida”
Bento XVI disse que se
encontrava diante do “último período de sua vida” e que não sabia o que o
esperava”, mas afirmou que “a luz e a bondade de Deus são mais fortes do que
qualquer escuridão e de qualquer mal deste mundo”.
Um aniversário
diferente foi o de 2008, quando o Pontífice celebrou 81 anos, na Casa
Branca, com o então Presidente George W. Bush e sua esposa, em meio a uma
visita pastoral aos Estados Unidos.
Mas o denominador comum
de muitos aniversários de Joseph Ratzinger foi a música. Em 2007, quando fez 80
anos, festejou assistindo um concerto em sua honra da orquestra sinfônica alemã
da Rádio Televisão de Stuttgart. No programa, Wolfgang Amadeus Mozart e Antonin
Dvorák.
Também se destaca o seu
primeiro aniversário como Papa, em 16 de abril de 2006, ao completar 79 anos,
que coincidiu com a primeira vez que presidia as celebrações da Páscoa.
Vida
Joseph Ratzinger nasceu
em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, município da Baviera, no sudeste da
Alemanha. Estudou na Escola Superior de Filosofia em Freising e na Universidade
de Munique. Foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1951.
Orações, música, poucas
visitas, uma vida de ‘monge’: é que quer ser Papa emérito, desde que renunciou
à Sé de Pedro, em 11 de fevereiro de 2013. “No entanto, o pensamento da morte
se faz cada vez mais presente”, revela ainda seu Secretário, Dom Georg.
“Falamos sobre isso muitas vezes, mesmo sendo ele pessoa muito discreta e
reservada. Sua vida é uma arte cristã, porque preparar-se para a morte
significa preparar-se ao encontro com Deus, um encontro decisivo”.
Pouco se sabe de sua
agenda diária, mas no último dia 11 de abril, o Papa emérito recebeu a visita
de seminaristas das Dioceses de Munique e Freising. (CM)
Fonte:
RV
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Jornada Mundial de Oração
para as Vocações 2015
14/04/2015
A
ação missionária e evangelizadora da Igreja constitui o fulcro da mensagem do
Papa Francisco por ocasião da quinquagésima segunda Jornada Mundial de Oração
para as Vocações. O êxodo, experiência fundamental da vocação”. Este é o título
escolhido pelo Santo Padre para a Jornada mundial de Oração para as Vocações
deste ano 2015 e que será celebrada no próximo dia 26 de Abril.
“Numa
Igreja missionária, escreve Francisco, a vocação cristã só pode nascer dentro
da experiência da missão”. E isto é possível só se se é capaz da sair de si
próprio realizando um verdadeiro “êxodo” comparável ao Êxodo bíblico que o povo
de Deus realizou libertando-se da escravatura para encontrar uma vida nova em
Cristo.
Por
conseguinte, recorda o Santo Padre, “na raiz de cada vocação cristã está a
saída da “comodidade e rigidez do próprio ego para colocarmos Cristo no centro
da nossa vida”. Esta saída de sí próprio, não significa porém, esclarece
Francisco, desprezar a própria vida, o próprio sentimento e a própria
humanidade. Pelo contrário, a vocação é uma chamada de amor que nos obriga a sair
de nós mesmos consentindo assim o inicio de “um êxodo permanente do eu fechado
em si próprio para a sua libertação no dom de si próprio”.
Esta dinâmica do êxodo,
escreve ainda o Papa, não concerne unicamente ao indivíduo chamado, mas
concerne também a ação missionária e evangelizadora de toda a Igreja : uma
Igreja “em saída”, capaz portanto de ir além, ao encontro dos filhos e das
filhas de Deus nas suas situações reais e compartilhar as suas feridas”.
“ A Igreja que evangeliza, sai ao encontro do homem, anuncia a palavra
libertadora do Evangelho, cura a graça de Deus as feridas das almas e dos
corpos, ajuda os pobres e necessitados. Por conseguinte, conclui o Papa, a
vocação cristã representa um empenho concreto ao serviço da construção do Reino
de Deus na terra e conduz necessariamente ao empenho solidário sobretudo para
com os mais pobres.
Fonte:RV
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Não existe outro caminho senão o de Jesus - Papa na homilia do
Domingo de Ramos
29/03/2015
O sol brilhava esta manhã sobre a Praça de São Pedro, repleta de
fieis de várias partes da Itália e do mundo que assistiram à festiva celebração
do Domingo de Ramos, que é também Dia Mundial da Juventude a nível das
Dioceses. Daí a presença de um grande números de jovens na celebração, às
quais, o Papa dirigiu uma saudação particular no final da Missa.
A cerimónia iniciou
com a procissão e a bênção dos ramos, a celebração litúrgica, em que foi
narrada o percurso da Semana Santa que nos conduz à Páscoa…
Na sua homilia, o Papa
Francisco sublinhou que no centro de celebração festiva deste domingo está a
palavra ouvida precedentemente no hino da Carta aos Filipenses: “A humiliação
de si mesmo, a humiliação de Jesus”.
Uma humiliação que
revela – disse o Papa – o estilo de Deus e que deve ser também o estilo do
cristão: a humildade. Um estilo que nunca acaba de nos surpreender, pois nunca
nos habituamos à ideia de um Deus humilde.
“Deus se humilha para
caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades” . O Senhor ouve
pacientemente os murmúrio, as lamentações contra Moisés, que no fundo eram
contra Ele, contra o Pai que os tinha tirado da condição de escravatura e os
conduzia através do deserto para a terra da liberdade.
“Nesta Semana Santa,
que nos leva à Páscoa, iremos por este caminho da humiliação de Jesus. E só
assim será “Santa” também para nós”
O Papa frisou que indo
por esse caminho viveremos todos os momentos que caracterizam o percurso de
Jesus durante a Semana Santa até à sua morte na cruz.
“Este é o caminho de
Deus”, o caminho da humildade. É o caminho de Jesus, não há outro. E não existe
humildade sem humiliação.
Percorrendo todo esse
caminho, Deus fez-se servo – sublinhou o Papa recordando que humildade
significa também serviço, significa esvaziar-se de nós mesmos para deixarmos
espaço a Deus na nossa pessoa. Este esvaziar-se como diz a Sagrada Escritura –
recordou o Papa Bergoglio – é a maior humiliação.
Mas há um caminho
contrário ao de Cristo – fez notar o Papa: o da mundanidade que nos leva pelas
vias da vaidade, do orgulho, da procura do sucesso… O maligno propôs esta via
também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. “Mas Jesus recusou-a
sem hesitação. E com Ele, somente com a sua graça, a sua ajuda, também nós
podemos vencer esta tentação da vaidade, da mundanidade, não só nas grande
ocasiões, mas nas circunstâncias ordinárias da vida.”
O Papa não deixou de
evocar os exemplos de humildade, silêncio de tantos homens e mulheres que sem
procurar dar nas vistas procuram servir os outros: parentes doentes, anciãos
sós, inválidos, sem-abrigo…
Convidou também a
elevar o pensamento a quantos pela sua fidelidade ao Evangelho são
discriminados, pagando com própria vida, como os cristãos perseguidos, os
mártires do nosso tempo. “São tantos! Não renegam Jesus e suportam com
dignidade insultos e ultrajes. Seguem-No pelo seu caminho. Podemos falar de uma
“nuvem de testemunhas.”
O Papa terminou a sua
homilia, convidando todos a embocarem nesta Semana Santa, este caminho “com
tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a
dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos também nós. Amém.”
Durante a Missa
rezou-se em várias línguas para diversas intenções de modo particular para os
jovens. Eis a oração e língua da Indonésia
“A paixão de Jesus,
vivida em obediência à vontade do Pai, torne os seus corações puros, indivisos
e generosos”
E foi precisamente aos
jovens que no final da celebração, depois de saudar a todos, o Papa dirigiu uma
palavra especial:
“Caros jovens
exorto-vos a continuar o vosso caminho seja nas dioceses, seja na peregrinação
através dos continentes, que vos levará no próximo ano a Cracóvia, pátria de
São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude. O tema daquele
grande encontro “Beatos os misericordiosos, pois que encontrarão misericórdia”
entoa-se muito bem com o Sano Santo da Misericórdia. Deixai-vos encher pela
ternura do Pai para depois a difundir à vossa volta!”.
Seguiu-se a oração
mariana do Angelus que o Papa convidou a dirigir a Nossa Senhor a fim de que
nos ajude a ser fiéis a Cristo nesta Semana Santa, Ela que estava
presente quando Jesus entrou triunfante em Jerusalém, mas que como Ele estava
pronta ao sacrifício.
O Papa confiou a Nossa
Senhora as vítimas do desastre aéreo da companhia alemã, recordando de modo
particular o grupos de jovens estudantes que nele perdeu a vida.
E concluiu desejando a
todos “uma Semana Santa em contemplação do Mistério de Jesus Cristo”.
Fonte:RV
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Papa manifesta a sua dor pelas vítimas de desastre
aéreo
26/03/2015
O Papa Francisco enviou um telegrama a D. Jean-Phippe Nault.
bispo de Digne, em França, manifestando o seu pesar pelo acidente ocorrido com
o Airbus A320 da companhia aérea alemã Germanwings que caiu nos Alpes
franceses, nesta terça-feira dia 24 de março. Neste acidente morreram 144
passageiros e 6 tripulantes que viajavam de Barcelona, na Espanha, para
Dusseldorf, na Alemanha. Muitas das vítimas são adolescentes.
O Santo Padre une-se
ao luto dos familiares das vítimas e reza pela paz dos falecidos, confiando-os
à misericórdia de Deus para que os acolha na sua morada de paz e de luz. O
Santo Padre manifesta o seu afeto a todos aqueles que foram tocados por essa
tragédia e aos socorristas que intervêm em condições difíceis. O Papa Francisco
pede ao Senhor para que dê a todos força e consolo, e invoca sobre todos as
bênçãos de Deus.
As vítimas do acidente
aéreo eram 67 alemães, dos quais 16 estudantes com os seus professores, 45
espanhóis, um belga, dois australianos, dois colombianos, um dinamarquês, um
israelita e um turco.
Fonte:RV
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Audiência: rezar pelo Sínodo. Nenhuma família
excluída
25/03/2015
Quarta-feira, 25 de março: Audiência Geral com o Papa Francisco na
Praça de S. Pedro repleta de fiéis numa manhã muito chuvosa em Roma. Neste dia
25 de março a Igreja celebra a Solenidade da Anunciação, quando o Anjo Gabriel
anunciou à Virgem Maria que ela daria à luz o Filho de Deus feito homem. Tem
assim início o mistério da Encarnação do Verbo divino, que quis nascer numa
família humana.
Esta foi uma audiência
especial dedicada sobretudo à oração pela família como propôs o Papa Francisco
recordando as palavras do Anjo à Virgem Maria:
“Ave Maria, cheia de
graça,
O Senhor é convosco…”
Nesta quarta-feira
também se celebra a Jornada pela Vida – recordou o Santo Padre – neste
contexto, é preciso reafirmar o compromisso da Igreja junto da família, duas
realidades unidas por um laço sagrado e inviolável. A Igreja, como mãe, nunca
abandona a família, mesmo quando ela cai no pecado ou se afasta da Igreja. Esta
não poupa esforços para cuidar, curar e convidar as famílias à conversão e à
reconciliação com o Senhor – afirmou o Papa Francisco.
Para cumprir esta
missão, a Igreja precisa de muita oração! – sublinhou o Santo Padre que, logo
de seguida, renovou o apelo para que se reze pelo Sínodo dos Bispos sobre a
família do próximo mês de outubro. Uma oração que, segundo o Papa Francisco,
ajudará a Igreja no compromisso de dar testemunho da verdade do amor de Deus e
da sua misericórdia pelas famílias, de modo que nenhuma se sinta excluída ou
continue “cansada e abatida, como ovelha que não tem pastor”. Desta forma –
considerou ainda o Santo Padre – a Igreja poderá ser ainda mais empenhada e
unida no “testemunho pela verdade do amor de Deus e da sua misericórdia pelas
famílias do mundo, nenhuma excluída, esteja dentro ou fora do redil.”
E neste momento da
audiência foi recitada oração pelo Sínodo da Família que o Santo Padre pediu
seja repetida com insistência nos próximos meses por toda a Igreja:
“Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos
o esplendor do
verdadeiro amor,
a Vós, com confiança,
nos dirigimos.
Sagrada Família de
Nazaré,
tornai também as
nossas famílias
lugares de comunhão e
cenáculos de oração,
escolas autênticas do
Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de
Nazaré,
que nunca mais se
faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo
e divisão:
quem ficou ferido ou
escandalizado
depressa conheça
consolação e cura.
Sagrada Família de
Nazaré,
que o próximo Sínodo
dos Bispos
possa despertar, em
todos, a consciência
do carácter sagrado e
inviolável da família,
a sua beleza no
projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a
nossa súplica. Amen”
Nesta audiência geral
o Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Saúdo os peregrinos
de língua portuguesa, particularmente os fiéis do Outeiro da Cortiçada e da
Diocese de Taubaté. Nesta última etapa quaresmal, faço votos de que a vossa
peregrinação a Roma fortaleça em todos a fé e consolide, no amor divino, os
vínculos de cada um com a sua família, com a comunidade eclesial e com a
sociedade. Que Nossa Senhora vos acompanhe e proteja!”
Nas saudações em
italiano o Papa Francisco lançou um apelo pela situação de graves problemas
económicos na Província de Vibo Valentia em Itália. Em particular o Santo Padre
uniu-se às intervenções do bispo daquela diocese D. Luigi Renzo em defesa das
populações que estão em dificuldade.
A este propósito o
Papa Francisco renovou o seu apelo para que não prevaleça a lógica do lucro mas
a da solidariedade e da justiça:
“Quando não se ganha o
pão, perde-se a dignidade! Este é o drama do nosso tempo, especialmente para os
jovens, os quais, sem trabalho, não têm perspetivas para o futuro e podem
tornar-se fáceis presas das organizações malfeitoras. Por favor, lutemos por
isto: a justiça do trabalho. Devemos lutar por isto.” O Papa Francisco a
todos deu a sua bênção!
Fonte: RV
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17/03/2015
Terça-feira,
17 de março: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a “casa de
Jesus” é uma casa de misericórdia, portanto, não é um lugar onde os cristãos
possam fechar as portas. Jesus – referiu o Santo Padre – tem misericórdia total
para todos.
A reflexão do Papa começa pela água, protagonista das leituras
litúrgicas do dia: na leitura do Profeta Ezequiel “a água que cura” vinda do
riacho surgido na porta do templo, que se transforma numa enorme torrente cheia
de peixes, aonde todos se podem curar; no Evangelho de S. João é a água do
tanque de Betzatá, aonde durante 38 anos esteve um paralítico que nunca soube
imergir-se quando as águas se mexiam, e assim, encontrar a cura. Jesus cura-o e
desencadeia a crítica dos doutores da lei, porque a cura dá-se num sábado. Este
episódio acontece muitas vezes hoje em dia – observou o Papa Francisco:
“Um homem ou uma mulher – que se sente doente na alma, triste…
num certo momento sente que as águas se mexem, é o Espírito Santo que faz mexer
algo ... E toma coragem e vai. E quantas vezes, nas comunidades cristãs
encontra as portas fechadas: ‘Mas tu não podes, não, tu não podes. Tu erraste
aqui e não podes. Se quiseres vir, vem à missa no domingo, mas fica ali, não
faças nada’. E aquilo que o Espírito Santo faz nos corações das pessoas, os
cristãos, com psicologia de doutores da lei, destroem”.
O Papa Francisco afirmou que lhe faz mal pensar nisto e
sublinhou logo de seguida que a Igreja tem sempre as portas abertas: “É a casa
de Jesus e Jesus acolhe”.
E o Santo Padre continuou dizendo que a casa de Jesus ”não só
acolhe” mas vai encontrar as pessoas:
“E se as pessoas estão feridas, o que é que Jesus faz?
Repreende-a porque está ferida? Não, vai e carrega-a sobre os ombros. E a isto
chama-se misericórdia.”
Na conclusão da sua homilia o Santo Padre reafirmou que ninguém
pode fechar a porta do coração a um homem ou a uma mulher “que tem vontade de
melhorar, de voltar a ser parte do povo de Deus depois de o Espírito Santo ter
mexido no seu coração”.
“Que a Quaresma nos ajude a não cometer o erro de quem desprezou
o amor de Cristo pelo paralítico somente porque era contrário à lei” – disse o
Papa Francisco na prece final da sua homilia:
“Peçamos hoje ao Senhor para cada um de nós e para toda a
Igreja, uma conversão em direção a Jesus, uma conversão em Jesus, uma conversão
à misericórdia de Jesus e, assim, a Lei será completamente realizada, porque a
Lei é amar a Deus e ao próximo, como a nós mesmos”.
Fonte:RV
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Papa Francisco: pedir perdão não é o mesmo que pedir
desculpas
10/03/2015
Para pedir perdão a Deus, é preciso seguir o ensinamento do
“Pai-Nosso”: arrepender-se com sinceridade dos próprios pecados, sabendo que
Deus perdoa sempre. Foi o que reiterou o Papa Francisco durante a homilia da
Missa da manhã, celebrada nesta terça-feira (10/03) na Casa Santa Marta.
Deus é onipotente, mas
também a sua onipotência de certo modo se detém diante da porta fechada de um
coração. Um coração que não pretende perdoar quem o feriu. O Papa se inspirou
no Evangelho do dia, em que Jesus explica a Pedro que é preciso perdoar
“setenta vezes sete”, que equivale a “sempre”, para reafirmar que o perdão de
Deus para nós e nosso perdão aos outros estão estreitamente relacionados.
Francisco explicou que
tudo parte de como nós, antes de todos, nos apresentamos a Deus para pedir
perdão. O exemplo do Papa é extraído da Leitura do dia, que mostra o Profeta
Azarias invocando clemência pelo pecado do seu povo, que está sofrendo, mas
também é culpado por ter “abandonado a lei do Senhor”. Azarias, indicou
Francisco, não protesta, “não se lamenta diante de Deus” pelos sofrimentos;
pelo contrário, reconhece os erros do povo e “se arrepende”:
“Pedir perdão é outra
coisa, é diferente de pedir desculpa. Eu erro? Mas me desculpe, errei… Pequei!
Não tem nada a ver uma coisa com outra. O pecado não é um simples erro. O
pecado é idolatria, é adorar o ídolo, o ídolo do orgulho, da vaidade, do
dinheiro, do “eu mesmo, do bem-estar… Tantos ídolos que nós temos. E, por isso,
Azarias não pede desculpas: pede perdão”.
O perdão deve ser
pedido com sinceridade, com o coração, e de coração deve ser doado a quem
cometeu um deslize. Como o patrão da parábola contada por Jesus, que perdoa um
grande débito movido pela compaixão diante das súplicas de um dos seus servos.
E não como aquele mesmo servo faz com outro servo, tratando-o sem piedade e
mandando-o à cadeia, mesmo que a dívida fosse irrisória. A dinâmica do perdão –
recordou o Papa – é aquela ensinada por Jesus no “Pai-Nosso”:
“Jesus nos ensina a
rezar ao Pai assim: ‘Perdoa os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem
nos tem ofendido’. Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir
perdão. ‘Mas, padre, eu me confesso, vou ao confessionário...’. ‘E o que faz
antes de se confessar?’. ‘Mas, eu penso nas coisas que fiz de mal...’. ‘Tudo
bem’. ‘Peço perdão ao Senhor e prometo não fazer de novo...’. “Certo. E depois
vai até ao sacerdote? Antes, porém, falta algo: perdoou a quem lhe fez mal?”.
Fonte:RV
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Papa: Deus não dá show, age na humildade e no silêncio
09/03/2015
O Papa celebrou na manhã desta segunda-feira (09/03) a Missa na
Casa Santa Marta. Comentando o Evangelho do dia, o Papa Francisco ressaltou o
trecho em que Jesus repreende os habitantes de Nazaré pela falta de fé: no
início, Ele é ouvido com admiração, mas depois explode “a ira e a indignação”:
“Naquele momento,
entre as pessoas que ouviam com prazer o que Jesus dizia, um, dois ou três não
gostaram do que ele disse, e um falador se levantou e afirmou: ‘Mas o que esta
pessoa está a falar? Onde estudou para nos dizer essas coisas? Que nos mostre o
diploma! Em qual Universidade estudou? Ele é o filho do carpinteiro e o
conhecemos bem”. E começou a fúria, e também a violência. “E o expulsaram da
cidade e o conduziram até o cume da colina”. E queriam lançá-lo lá de cima”.
A primeira leitura
fala de Naamã, comandante do exército sírio, leproso. O Profeta Eliseu lhe diz
de banhar-se sete vezes no Jordão e também ele se indigna porque pensava num
gesto maior. Depois ouve o conselho dos servos, faz o que disse o Profeta e a
lepra desaparece. Seja os habitantes de Nazaré, seja os de Naamã – observou o
Papa – “queriam um show”, mas “o estilo do bom Deus não é dar show: Deus age na
humildade, no silêncio, nas coisas pequenas”. Isso – destacou – se vê em “toda
a história da salvação”, a partir da Criação, onde o Senhor não pegou “a
varinha mágica”, mas criou o homem “com o barro”:
“Quando ele quis
libertar o seu povo, libertou-o pela fé e a confiança de um homem, Moisés.
Quando ele quis fazer cair a poderosa cidade de Jericó, ele o fez através de
uma prostituta. Também para a conversão dos samaritanos, pediu o trabalho de
outra pecadora. Quando Ele enviou David para lutar contra Golias, parecia
loucura: o pequeno David diante do gigante, que tinha uma espada, tinha muitas
coisas, e David apenas uma funda e pedras. Quando disse aos Magos, que tinha
nascido o Rei, o Grande Rei, o que eles encontram? Uma criança, uma manjedoura.
As coisas simples, a humildade de Deus, este é o estilo divino, jamais um
show”.
O Papa recorda “também
uma das três tentações de Jesus no deserto: o show”. Satanás o convida a
lançar-se do pináculo do Templo porque vendo o milagre as pessoas possam
acreditar n’Ele. “O Senhor – pelo contrário - se revela na simplicidade, na
humildade”. “Nos fará bem nesta Quaresma - conclui o Papa - pensar nas nossas
vidas em como o Senhor nos ajudou, como o Senhor nos fez seguir em frente, e
vamos descobrir que ele fez isso com coisas simples”:
“Assim age o Senhor:
faz as coisas de forma simples. Fala-nos silenciosamente ao coração. Recordamos
na nossa vida as muitas vezes que ouvimos estas coisas: a humildade de Deus é o
seu estilo; a simplicidade de Deus é o seu estilo. E também na liturgia, nos
sacramentos, que bonito é que se manifeste a humildade de Deus e não o show
mundano. Irá nos fazer bem percorrer a nossa vida e pensar nas muitas vezes em
que o Senhor nos visitou com a sua graça, e sempre com este estilo humilde, o
estilo que também Ele nos pede para ter: a humildade”.
Fonte: RV
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06/03/2015
Papa: abandono do idoso é a maior doença
Começou nesta quinta-feira, dia 5 de março, a Assembleia Geral da
Academia Pontifícia para a Vida, O tema deste encontro é: “A assistência ao
idoso e cuidados paliativos”. O Papa Francisco esteve presente na sessão
inaugural e recordou no seu discurso o quarto mandamento: honrar pai e mãe, no
qual o Senhor nos faz duas promessas: “para que se prolonguem os teus dias” e
para que “sejas feliz”. Neste sentido o Santo Padre sublinhou que cumprindo
este mandamento estamos a valorizar a “fundamental relação pedagógica entre
pais e filhos, idosos e jovens”.
O Papa Francisco
considerou ainda que este mandamento tem grande atualidade para a sociedade
contemporânea onde a lógica da utilidade tende a ultrapassar os valores da
solidariedade e da gratuidade. “Hoje em dia” – continuou o Santo Padre –
“honrar poderia ser traduzido como o dever de ter extremo respeito e tomar
conta de quem, pela sua condição física ou social, poderia ser deixado morrer”.
A propósito dos
trabalhos da Assembleia da Academia para a Vida sobre cuidados paliativos o
Papa Francisco encorajou os participantes a explorarem as novas áreas de
aplicação destes cuidados médicos específicos. Considerou mesmo que estes podem
permitir a integração dos cuidados insubstituíveis dos familiares “cujo afeto
não pode ser substituído nem pelas estruturas mais eficientes”. Neste sentido,
o Santo Padre afirmou mesmo que “o abandono é a ‘doença’ mais grave do idoso e
também a injustiça maior” que o idoso pode sofrer. “Aqueles que nos ajudaram a
crescer não devem ser abandonados quando têm necessidade da nossa ajuda.” –
concluiu o Papa Francisco.
O Presidente da
Academia Pontifícia para a Vida é D. Carrasco de Paula, que falou à Rádio
Vaticano:
“ As doenças crónicas
em evolução criam sempre a exigência da assistência. Com efeito, são patologias
que quase nunca têm cura e acompanham muitos idosos até ao fim. Creio que esta
é a questão mais importante. Alguém poderia pensar que são doenças que deixam
os doentes sem esperança. Pode acontecer mas é isso que devemos evitar. A vida
tem sempre um futuro mesmo em idade avançada. E este futuro é preciso
percebê-lo, apanhá-lo e querê-lo.”
Nesta assembleia da
Academia Pontifícia para a vida serão discutidos temas como os cuidados médicos
do idoso, doenças crónicas degenerativas, a assistência paramédica e o uso de
analgésicos. Também serão abordadas as perspetivas éticas e antropológicas em
relação à pessoa idosa doente, nomeadamente, o acompanhamento e respeito pela
dignidade do moribundo, evitando formas de abandono ou de eutanásia.
Esta iniciativa
realiza-se na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, e conclui-se no próximo sábado
dia 7 de março. (RS)
Fonte: RV
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Apelo do Papa: na Síria e Iraque “brutalidade intolerável”
02/03/2015
No Angelus deste Domingo o Papa Francisco apelou pela paz na Síria
e Iraque. Em particular referiu-se à “brutalidade” dos que atacam os cristãos e
outros grupos
Após a oração do Angelus o Papa Francisco condenou a “brutalidade
intolerável” dos que atacam a comunidade cristã na Síria e no Iraque, apelando
à solidariedade da comunidade internacional para com as vítimas:
“Infelizmente, não deixam de chegar
notícias dramáticas da Síria e do Iraque, relativas a violência, sequestros de
pessoas e abusos que atingem cristãos e outros grupos.”
O Santo Padre assegurou a sua
proximidade oferecendo as suas orações nos Exercícios Espirituais desta semana
juntamente com a Cúria Romana e pediu aos membros da Cúria para que ajudem a
aliviar os sofrimentos na medida das suas possibilidades.
Fonte: RV
__________________________________Fonte: RV
Síria: Papa segue situação dos cristãos sequestrados
27/02/2015
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A possível felicidade
Milhares de pessoas fogem das suas casas sob pressão dos jihadistas
Cidade do Vaticano,
26 fev 2015 (Ecclesia) - O Vaticano revelou hoje que o Papa está a “seguir com
atenção” a situação dos cristãos sequestrados e dos que foram obrigados a
deixar as suas casas na Síria, perante o avanço dos jihadistas do
autoproclamado ‘Estado Islâmico’.
O representante
diplomático da Santa Sé em Damasco, D. Mario Zenari, revela à Rádio Vaticano
que o Papa, atualmente em retiro nos arredores de Roma, tem sido “continuamente
informado” sobre a situação e se tem mostrado “em sintonia com o sofrimento da
população, dos cristãos em particular”.
Cerca de mil famílias
abandonaram, desde segunda-feira, as suas aldeias na província de Hasakeh, na
fronteira com a Turquia, de acordo com a organização ‘Human Rights Network
Assyrian', sediada na Suécia.
Pelo menos 220
cristãos foram raptados por combatentes do autoproclamado Estado Islâmico em
três dias de ofensiva no nordeste da Síria, assinalou um balanço atualizado
feito hoje Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Os Estados Unidos e
as Nações Unidas condenaram os sequestros dos cristãos e pediram a libertação
dos reféns.
Em contacto com a
fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, o arquimandrita Emanuel Youkhana,
da Igreja Assíria do oriente, que coordena o auxílio às comunidades cristãs na
região, confirmou “a captura” de “24 famílias de Tel Gouran, 34 famílias de Tel
Jazira, e 14 combatentes curdos (12 homens e duas mulheres) de Tal Hormizd”.
O prelado adiantou
ainda que todos eles terão sido “levados para a aldeia sunita de Um
Al-Masamier” e que, tanto quanto se sabe, “continuam vivos, tendo sido
separados os homens das mulheres”.
D. Emanuel Youkhana
frisou, neste contacto telefónico, a importância da difusão deste “desastre”
para a “consciencialização pública” da comunidade internacional.
Fonte:Agência ecclesia
Francisco oferece «minicompêndio» de
doutrina católica para viver melhor a Quaresma
23/02/2015
O Papa Francisco ofereceu hoje aos peregrinos que se reuniram na Praça
de São Pedro um pequeno compêndio de doutrina para viver melhor a Quaresma,
distribuído com a ajuda de sem-abrigo.
“A Quaresma é um caminho de conversão
que tem como centro o coração, por isso, neste primeiro domingo, pensei
oferecer-vos a vós, que estais aqui na praça, um pequeno livro de bolso
intitulado ‘Guarda o coração’”, revelou, desde a janela do apartamento
pontifícios, a milhares de pessoas que se tinham reunido para a recitação do
ângelus.
O livro com “alguns ensinamentos de
Jesus e conteúdos essenciais da fé”, como os sete Sacramentos, os dons do
Espírito Santo, os dez mandamentos ou as obras de misericórdia, foi distribuído
por voluntários, entre os quais vários sem-abrigo “que vieram em peregrinação”,
explicou o Papa.
“E como sempre, também hoje aqui na
praça, aqueles que vivem em necessidade são os mesmos que nos trazem uma grande
riqueza, a riqueza da nossa doutrina, para guardar o coração”, acrescentou.
Francisco convidou todos a levar um
exemplar como “ajudar para a conversão e o crescimento espiritual, que parte
sempre do coração, onde se joga o desafio das escolhas quotidianas entre bem e
mal, entre mundanidade e Evangelho, entre indiferença e partilha”.
Segundo o Papa, o sentido do tempo de
preparação para a celebração da Páscoa, que se iniciou na Quarta-feira de
Cinzas, é o do “combate espiritual contra o espírito do mal”.
A humanidade, sublinhou, tem
“necessidade de justiça, de paz” e que apenas as poderá encontrar “regressando
a Deus de todo o coração”.
Francisco concluiu com os habituais
votos de bom domingo e bom almoço, pedindo orações por si, “especialmente nesta
semana dos exercícios” espirituais, que se iniciam esta tarde e decorrem até
sexta-feira, sem qualquer compromisso público, numa localidade dos arredores de
Roma.
Fonte: AE
______________________________________________________A possível felicidade
21/02/2015
Quando falamos de juventude e de compromisso, imediatamente nos
vêm à memória o grande espetáculo juvenil vivido em 2013 nas areias da Praia de
Copacabana, quando milhões de jovens do Brasil e do mundo inteiro se reuniram
ao redor do Papa Francisco, para celebrar a vida e o encontro com o Senhor da
Vida, Jesus Cristo. Estamos falando da Jornada Mundial da Juventude que
arrastou os jovens de todas as partes do planeta para outra praia, não a do Mar
da Galileia, mas do Rio de Janeiro. Nesta semana o Papa Francisco dirigiu-se
novamente aos jovens do mundo inteiro através de uma mensagem por ocasião da
próxima Jornada Mundial da Juventude que se realizará no dia 29 de março,
Domingo de Ramos, em nível diocesano.
“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus”. Este é o
tema extraído do Evangelho de São Mateus da 30ª Jornada Mundial da Juventude,
etapa do caminho em direção do encontro internacional de julho de 2016 em
Cracóvia, na casa de São João Paulo II, o idealizador das Jornadas.
Um caminho em direção a Cracóvia que tem como guia “o sermão da
montanha” de Jesus no qual nove vezes aparece a expressão “felizes”. E da comum
busca da felicidade, parte a reflexão do Papa Francisco, um desejo irreprimível
de plenitude colocado por Deus no coração de cada pessoa e descrito já nos
primeiros capítulos do Gênese como “comunhão perfeita com Deus, com os outros,
com a natureza, consigo mesmo”.
Mas depois o pecado entra na história e polui a pureza das
origens: daquele momento em diante, escreve o Papa, o acesso direto à presença
de Deus não é mais possível, a “bússola” interior que guiava os homens na busca
da felicidade perde o seu ponto de referência e então entram a tristeza e a
angústia. E ao grito da humanidade Deus, porém, responde enviando o seu Filho
que “abre horizontes novos”. Somente ele pode satisfazer as expectativas tantas
vezes desiludidas por falsas promessas mundanas.
Francisco então explica o significado de coração, o centro dos
sentimentos e dos pensamentos, e da palavra “puro”, isto é, limpo, límpido,
livre de substâncias contaminadoras.
E o Papa fala de “ecologia humana”, explicando que “se é
necessária uma sã atenção para a custódia da criação, mais ainda devemos
custodiar a pureza do que temos de mais precioso”: os nossos corações e as
nossas relações, em particular a nossa relação com Deus, o sentir-se amados e
guiados por Ele.
O Santo Padre observa em seguida na sua mensagem a vocação
humana para o amor, e que o matrimônio não está “fora de moda”. “Exorto vocês a
se rebelarem contra a tendência generalizada de banalizar o amor, sobretudo
quando se procura reduzi-lo apenas ao aspeto sexual, desvinculando-o assim das
suas características essenciais de beleza, comunhão, fidelidade e responsabilidade”.
Francisco refere que na juventude surge “a grande riqueza
afetiva”, o “desejo profundo de um amor verdadeiro, belo e grande”, sinal da
“capacidade de amar e ser amados”. “Não permitam – escreve - que este valor
precioso seja falsificado, destruído ou deturpado”.
Francisco não cansa de
elevar a sua voz contra a cultura do provisório, do relativo, e aponta o dedo
contra aqueles que pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a
pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, ‘para sempre’,
uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. O Santo Padre, ao invés disso
pede aos jovens que sejam revolucionários que vão contra a corrente, que se
rebelem. “Eu tenho confiança em vocês jovens, e rezo por vocês”, disse.
A mensagem do Papa
Francisco aos jovens do mundo inteiro contem ainda três conselhos: antes de
tudo a oração; e o Papa escreve: vocês sabem que podem falar com Jesus, com o
Pai, com o Espírito Santo, como se fala com um amigo? Depois a leitura diária
do Evangelho, e o amor pelos irmãos, especialmente os mais esquecidos. Deste
modo se torna possível reconhecer a sua presença na nossa história e descobrir
qual é o projeto de amor de Deus para cada um. E o Papa é lapidário: a vontade
de Deus é que sejamos felizes.
A mensagem do Santo
Padre é mais uma mensagem que toca o coração e faz vibrar os sentimentos não só
dos jovens, porque apresenta um caminho, certamente com pedras, estreito, mas
um caminho que conduz a uma felicidade perene, onde o vazio das escolhas mundanas
dá lugar à plenitude do verdadeiro amor.
Boa leitura e reflexão das palavras de Francisco.
Fonte: (RV)
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Papa: feliz é o homem
que confia em Deus
19/02/2015
Em cada
circunstância da vida, o cristão deve escolher Deus: foi o que disse o Papa ao
comentar as leituras do dia durante a Missa matutina celebrada na Casa Santa
Marta.
No centro da
liturgia e da reflexão de Francisco, está um trecho da Bíblia em que Deus diz a
Moisés: “Eis que hoje estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a
morte e a infelicidade. Ouves os mandamentos de Javé, teu Deus, que hoje te
ordeno, de andar em seus caminhos”.
Servidores dos
deuses que não contam
A escolha de
Moisés, afirmou Francisco, é aquela que o cristão deve fazer todos os dias. E é
uma escolha difícil. “É mais fácil – reconheceu – viver deixando-se levar pela
inércia da vida, pelas situações, pelos hábitos.” No fundo, é mais fácil se
tornar o servidor de “outros deuses”:
“Escolher entre
Deus e os outros deuses, que não têm o poder de nos dar nada, somente pequenas
coisas que passam. E não é fácil escolher, nós temos sempre este hábito de ir
onde as pessoas vão, como todos fazem. Como todos. Todos e ninguém. E hoje a
Igreja nos diz: ‘Mas, pare! Pare e escolha. É um bom conselho. E hoje nos fará
bem parar e, durante o dia, pensar um pouco: como é o meu estilo de vida? Por
quais caminhos eu ando?”.
E com esta
pergunta, prosseguiu Francisco, escavar mais profundamente e perguntar-se
também qual é a minha relação com Deus, com Jesus. A relação com os pais, os
irmãos, a mulher e o marido, os filhos. E aqui o Papa comenta o Evangelho do
dia, quando Jesus explica aos discípulos que um homem “que ganha o mundo
inteiro, mas se perde e arruína a si mesmo” não obtém qualquer “vantagem”:
Monumento aos
fracassados
“Um caminho errado
é o de procurar sempre o próprio sucesso, os próprios bens, sem pensar no
Senhor e sem pensar na família. Estas duas questões: como é a minha relação com
Deus, e como é a minha relação com a família. Uma pessoa pode ganhar tudo, mas
no final, se tornar um fracassado. Fracassar. Aquela vida é uma falência.
‘Fizeram-lhe um monumento, pintaram um quadro para ele…’. Mas fracassou, não soube
escolher direito entre a vida e a morte”.
Não escolhemos
sozinhos
Vamos nos
perguntar, insiste Papa Francisco, qual é a ‘velocidade da minha vida’, se
‘reflito sobre as coisas que faço’; e peçamos a graça de ter ‘a pequena
coragem’ necessária para escolher, cada vez. Pode nos ajudar o ‘conselho tão
bonito’ do Salmo 1:
“Feliz é o homem
que confia no Senhor”. Quando o Senhor nos dá este conselho ‘Para, decide,
decide’, Ele não nos deixa sozinhos. Está conosco e quer nos ajudar. Temos
somente que confiar, ter confiança Nele. ‘Feliz o homem que confia no Senhor’.
Hoje, quando nós paramos para pensar nestas coisas e tomar decisões, escolher,
sabemos que o Senhor está conosco, ao nosso lado para nos ajudar. Nunca nos
deixa ir sozinhos, jamais.Está sempre conosco, inclusive no momento das
decisões”.
Fonte:http://noticiascatolicas.com.br/papa-feliz-e-o-homem-que-confia-em-deus.html
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Francisco pede «contacto» direto e criativo da Igreja com quem
sofre, criticando quem se «escandaliza» por causa destes gestos
15/02/2015
O Papa Francisco defendeu hoje no Vaticano que a Igreja Católica tem de estar
junto dos “marginalizados” e rejeitou a formação de uma “casta” que exclui quem
sofre da vida eclesial.
“Verdadeiramente é no evangelho dos marginalizados que se joga, se
descobre e revela a nossa credibilidade”, disse, na homilia da Missa que
celebrou com os novos cardeais, incluindo D. Manuel Clemente, patriarca de
Lisboa.
O Papa pediu aos cardeais que saibam servir “todas as pessoas
marginalizadas”, desde as vítimas da fome ou dos desempregados aos que
“perderam a fé", "se afastaram da prática” ou que "se declaram
ateus".
“A disponibilidade total para servir os outros é o nosso sinal
distintivo, é o nosso único título de honra”, prosseguiu.
A intervenção partiu do relato da cura de um leproso, por Jesus,
recordando que no tempo de Cristo as vítimas desta doença eram consideradas
“impuras” e que o contacto com elas era proibido pela lei religiosa judaica.
“Jesus responde à súplica do leproso sem demora e sem os habituais
adiamentos para estudar a situação e todas as eventuais consequências”,
assinalou Francisco.
Esta ação, precisou, “revoluciona e sacode intensamente” uma
mentalidade fechada e “revoluciona também as consciências”, abrindo novos
horizontes para a humanidade, a “lógica do amor, que não se baseia no medo mas
na liberdade”.
Segundo o Papa, a atitude de Jesus “deixou alguns escandalizados”,
mas este não se preocupou com as “mentes fechadas que se escandalizam até por
uma cura, que se escandalizam diante de qualquer abertura”.
“O caminho da Igreja é precisamente sair do próprio recinto para
ir à procura dos afastados nas «periferias» da existência”, observou, retomando
um dos temas centrais do atual pontificado.
Francisco criticou a “pureza ritualista” que deixa de fora dos
seus esquemas qualquer “carícia ou ternura”, ao contrário do exemplo do próprio
Jesus.
“A compaixão leva Jesus a agir de forma concreta: a reintegrar o
marginalizado”, lembrou.
Sem nunca se referir diretamente aos debates que têm marcado os
últimos meses de pontificado, em particular no Sínodo sobre a Família, o Papa
disse que a Igreja sempre teve no seu interior “duas lógicas de pensamento e de
fé: o medo de perder os salvos e o desejo de salvar os perdidos”, oscilando
entre “marginalizar e reintegrar”.
“O caminho da Igreja, desde o Concílio de Jerusalém [séc. I] em
diante, é sempre o de Jesus: o caminho da misericórdia e da integração”,
observou.
O caminho da Igreja, insistiu, é “não condenar eternamente
ninguém”.
“Isto não significa subestimar os perigos nem fazer entrar os
lobos no rebanho, mas acolher o filho pródigo arrependido; curar com
determinação e coragem as feridas do pecado; arregaçar as mangas em vez de
ficar a olhar passivamente o sofrimento do mundo”, apelou.
O Papa realçou que a caridade “contagia, apaixona, arrisca e
envolve”, sublinhando que “o contacto é a verdadeira linguagem comunicativa”.
“Queridos novos cardeais, esta é a lógica de Jesus, este é o
caminho da Igreja: não só acolher e integrar, com coragem evangélica, aqueles
que batem à nossa porta, mas ir à procura, sem preconceitos nem medo, dos
afastados revelando-lhes gratuitamente aquilo que gratuitamente recebemos”,
apelou.
“Quantas vezes temos medo da ternura”, lamentou depois.
A celebração teve uma leitura em português e recorda, no momento
da oração universal, os cristãos perseguidos e as “vítimas do ódio”.
D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, subiu ao altar
para pronunciar em latim uma parte da chamada 'oração eucarística', junto do
Papa.
Fonte: Agência Ecclesia
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Papa pede «humildade e ternura»
aos novos cardeais
14/02 2015
O Papa Francisco alertou hoje no Vaticano para as tentações da
inveja, do orgulho e do rancor que podem existir na vida da Igreja, pedindo aos
novos cardeais que sejam exemplo de “caridade” e de “justiça”.
“Nós, seres humanos (todos, e em todas as idades da vida),
sentimo-nos inclinados à inveja e ao orgulho por causa da nossa natureza ferida
pelo pecado. E as próprias dignidades eclesiásticas não estão imunes desta
tentação”, assinalou, na homilia do consistório para a criação de 19 cardeais,
incluindo D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa.
Segundo Francisco, quem tem responsabilidades de governo na Igreja
Católica “deve ter um sentido tão forte da justiça que veja toda e qualquer
injustiça como inaceitável, incluindo aquela que possa ser vantajosa para si
mesmo ou para a Igreja”.
O Papa argentino explicou que a “dignidade cardinalícia” não é
“honorífica” e que, na Igreja, “toda a presidência provém da caridade, deve ser
exercida na caridade e tem como fim a caridade”.
“A caridade, dom de Deus, cresce onde há humildade e ternura”,
acrescentou.
Francisco admitiu que quem vive em contacto com as pessoas tem
sempre “ocasiões para se irritar”, mas advertiu contra o “risco mortal da ira
retida, «aninhada» no interior”.
“Não. Isto não é aceitável no homem de Igreja. Se é possível
desculpar uma indignação momentânea e imediatamente moderada, não se pode dizer
o mesmo do rancor. Que Deus nos preserve e livre dele”, declarou.
O Papa convidou os presentes a “saber amar sem limites”, com
atenção às situações particulares, através de gestos concretos, com a
“capacidade de ter em conta o outro, a sua dignidade, a sua condição, as suas
necessidades”.
“A benevolência é a intenção firme e constante de querer o bem
sempre e para todos, incluindo aqueles que não nos amam”, prosseguiu.
Em conclusão, Francisco apresentou aos novos cardeais um “programa
de vida”, pedindo-lhes que sejam “pessoas capazes de perdoar sempre; de dar
sempre confiança, porque cheias de fé em Deus; capazes de infundir sempre
esperança, porque cheias de esperança em Deus; pessoas que sabem suportar com
paciência todas as situações e cada irmão e irmã, em união com Jesus”.
O Papa Francisco anunciou no passado dia 4 de janeiro a criação de
15 cardeais eleitores, provenientes de 14 países, além de cinco cardeais com
mais de 80 anos de idade (sem direito a participar num eventual Conclave).
O mais velho dos novos cardeais, D. José de Jesús Pimiento
Rodríguez, arcebispo emérito de Manizales (Colômbia), de 95 anos, não pôde
deslocar-se ao Vaticano, pelo que vai receber o anel e o barrete vermelho na
sua diocese.
Fonte: Agência Ecclesia
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13 de fevereiro, celebramos os 10 anos do falecimento da Irmã Lúcia
13/02/2015
Vice-postuladora relata
seriedade da primeira fase do processo de beatificação, já que há uma vasta
documentação sobre a vida da religiosa para ser estudada
Nesta sexta-feira, 13, recordam-se os 10 anos do falecimento da
Irmã Lúcia, principal mensageira das aparições de Nossa Senhora em Fátima,
Portugal. A religiosa é uma candidata aos altares: seu processo de beatificação
está aberto desde 2008 e esta fase inicial inclui o recolhimento de
documentação, entrevistas a testemunhas que conviveram com a religiosa e a
análise dos seus escritos por teólogos.
A vice-postuladora da causa de canonização da Irmã Lúcia, irmã
Ângela Coelho, disse que a vasta documentação sobre a vida da religiosa tem
prolongado a fase diocesana, primeira etapa do processo, e constitui um desafio.
“Obviamente estamos todos muito ansiosos pela sua beatificação,
mas eu penso que a Irmã Lúcia merece um estudo muito aprofundado e rigoroso,
não só para a questão histórica, que é muito importante, mas concomitantemente,
para a sua dimensão espiritual”, declarou a vice-postuladora, nomeada para a
causa em setembro de 2014 pelo postulador geral dos Carmelitas, padre Romano Gambalunga.
A irmã Ângela Coelho é também postuladora da causa de canonização
dos outros dois pastorinhos, Beatos Jacinta e Francisco Marto, os irmãos
que, juntamente com Lúcia, segundo o testemunho reconhecido pela Igreja
Católica, presenciaram as aparições da Virgem Maria na Cova da Iria, entre maio
e outubro de 1917.
Segundo irmã Ângela, o processo para a beatificação da Irmã Lúcia
tem que considerar o fato desta mulher ter vivido quase 98 anos, ter se
correspondido com Papas, desde Pio XII até João Paulo II, com cardeais, bispos
e com pessoas que agora são beatos, como Teresa de Calcutá, José Maria Escrivá,
Álvaro del Portillo.
“Lúcia escreveu a irmãos de outras confissões religiosas e a
milhares e milhares de pessoas, que agora nos começam a devolver as respostas
que a Lúcia deu – conseguimos recolher mais de 11 mil cartas -, o que torna o
processo complexo”, admite.
No centro da documentação, está o trabalho de difusão da mensagem
de Fátima. Segundo irmã Ângela, é preciso realizar um estudo para garantir que
nada do que Lúcia escreveu está contra a fé da Igreja, contra a doutrina,
costumes e moral.
O processo de beatificação, porém, não está centrado nas aparições
nem no fato de Lúcia ser uma vidente. Segundo, irmã Ângela, o essencial para a
causa de canonização é que Lúcia obedeceu. “Quando o bispo lhe pede algo, Lúcia
consulta Nosso Senhor e escreve. É mais o sentido de perceber como é que ela
foi vivenciando esses momentos”, relata.
Os anos de clausura da religiosa portuguesa levaram até ao Carmelo
de Coimbra mais de 70 mil cartas, às quais Irmã Lúcia respondeu.
“Ela lidou com pessoas humildes, estrelas de cinema, Papas e reis.
É incrível como todo o sofrimento do século XX passa por aquele coração”,
conclui a irmã Ângela Coelho.
A vice-postuladora da causa vai intervir hoje na evocação do 10º
aniversário da morte da irmã Lúcia, no Convento de Santa Teresa, em Coimbra.
O programa, com conferências e momentos de oração, conta com a
participação do também vice-postulador da causa, padre Aníbal Castelhano; do
diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima, Marco Daniel
Duarte; do provincial dos Carmelitas Descalços, padre Joaquim Teixeira; e do
reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas.
Sobre irmã Lúcia
A Irmã Lúcia faleceu em Coimbra, Portugal, no dia 13 de fevereiro
de 2005, aos 97 anos. Depois das aparições de 1917, das quais foi a principal
mensageira, a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado entrou para a
vida de consagração religiosa em 1925 e professou como Doroteia na cidade de
Tuy, na Espanha, no ano de 1928. Fez votos perpétuos no dia 13 de outubro de
1934.
Tornou-se Carmelita em Coimbra, no Carmelo de Santa Teresa, no dia
25 de março de 1948, onde permaneceu até a sua morte. A vidente foi sepultada
no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, como era seu desejo, durante um ano,
antes de ir para a basílica do Santuário de Fátima.
Fonte: Canção Nova
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Nossa Senhora de Lourdes
festa em 11 de fevereiro
Nossa Senhora de
Lourdes
11/02/205
Em 11 de fevereiro 1858, Nossa Senhora apareceu a Bernadete
Soubirous, irmã das religiosas de Nevers, em uma gruta nos arredores da cidade
francesa de Lourdes. A Senhora declarava ser a Imaculada Conceição, que
vinha socorrer todos os que sofriam de males físicos e morais, e pedia a
conversão dos corações através da oração e da penitência. Nossa Senhora apareceu
por 18 vezes à Bernadete, sendo a última em 16 de julho do mesmo ano.
Desde então, Lourdes tornou-se um
grande centro de peregrinação e piedade cristãs. A mensagem da Senhora
consiste no apelo à conversão, à oração e à caridade, pedidos sempre atuais
para os fiéis.
Oração à Nossa Senhora de Lourdes
Ó
Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, vos dignastes aparecer a Bernadete,
no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e
recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com ele. Ajudai-nos a
encontrar o sossego e a paz da alma e que estes nos ajudem a nos conservarmos
sempre unidos a Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço
e de quanto preciso (pedir a graça). Nossa Senhora de Lourdes, rogai por
nós. Amém.
Fonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=14387&cod_canal=32