Pe. Carlos Seixas |
O nome original é Simão (Mt 17, 25; Mc 1,16;29-30.36). Em geral é chamado de PETROS, nome masculino formado do substantivo feminino petra, rocha (em aramaico kepha-rocha), em grego Cefas (Petros), em latim Petrus, conforme Jo 1,42, 1 Cor 1,12; 3,22; 9,5; 15,5. “Jesus olhou bem para Simão, o filho de João (ou Jonas) e disse: você vai se chamar Cefas, que quer dizer Pedra” (Jo 1,42). O nome original é Simão (Mt 17, 25; Mc 1,16;29-30.36). Em geral é chamado SÃO PEDRO.
O chamado segundo os evangelhos sinóticos ocorre no mar da Galiléia e é estritamente ligado com o chamado de seu irmão André e de Tiago e João. “Jesus andava a beira do mar da Galiléia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: Sigam-me e eu farei de vocês pescadores de homens. Eles deixaram as redes e seguiram Jesus. Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu...e Jesus os chamou...”(Mt 4,18-22).
Pedro é mencionado nos Evangelhos muito mais freqüentemente do que qualquer outro discípulo. Isso indica uma posição especial no grupo. Essa posição especial pode ser definida como estreita relação com Jesus não participada pelos outros, certa responsabilidade, porta vos do grupo, com certo grau de iniciativa. Esses elementos por si mesmos não indicam posição de guia, mas fornecem uma base para a função de guia que Pedro assumirá depois da ressurreição de Jesus. Ele é mencionado em primeiro lugar na lista dos doze (Mt 10,2; Mc 3,16; Lc 6,14; At 1, 13). Opõe-se ao anúncio da paixão e é repreendido por Jesus (Mt 16,22-23; Mc 9,32-33). Com Tiago e João foi testemunha da transfiguração (Mt 17,1; Mc 9,2; Lc 9,28), da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37; Lc 8,51) e da agonia de Jesus (Mt 26,27; Mc 14,33). Jesus o enviou junto com João para preparar a Páscoa (Lc 22,8). Jesus pagou o imposto do templo para Ele e Pedro (Mt 17, 24-27). Pedro pergunta sobre a questão do perdão (Mt 18, 21), sobre a recompensa pela renúncia (Mt 19, 27; Mc 10, 28). Afirma que não se escandalizará com qualquer coisa que acontecer com Jesus e é advertido acerca de sua próxima negação (Mt 26, 33-35). Jesus repreende Pedro quando os discípulos dormem no Horto das Oliveiras (Mt 26,40; Mc 14,37). Ele faz uma pergunta sobre a figueira (Mc 11,21). Com Tiago, João e André pede quais os sinais da segunda vinda (Mc 13,3). Conduz os discípulos à procura de Jesus no deserto (Mc 1,36). Reclama quando Jesus quer lavar-lhe os pés (Jo 13,6-9). Quando Jesus foi preso, Pedro agrediu o soldado com espada (Jo 18,10). A ressurreição é anunciada aos discípulos e a Pedro (Mc 16,7). Lc 24, 34 e 1 Cor 15,5 sugerem que Pedro foi a primeira testemunha da ressurreição. Com João, Pedro examinou o túmulo vazio (Jo 20,2-10). Cabe observar que esta posição especial de Pedro se encontra em todos os Evangelhos.
Na primeira comunidade cristã de Jerusalém, Pedro aparece como guia após a ascensão de Jesus. Propõe a eleição de um sucessor para Judas Iscariotes entre os doze (At, 1,15-22). É o porta voz dos discípulos no Pentecostes (At 2), depois da cura de um coxo (At 3) e diante do Sinédrio (At 4,5-29). Revela o poder de Jesus (At 3; 5,15; 9,32-43). No episódio de Ananias e Safira é o porta voz da comunidade (At 5,1-11). É ele que rejeita a proposta de Simão, o mago (At 8,20-24). Sua função de guia não é exercida de maneira monárquica. É dito que ele e João são enviados a Samaria para conferirem o Espírito aos discípulos (At 8, 14). Pedro é o primeiro a pregar o Evangelho aos gentios (At 10) e explica isto como conseqüência de uma revelação celestial (At 11,1-18). A mesma atitude aparece em seu discurso no Concílio de Jerusalém (At 15,7-11).
A posição especial de Pedro na Igreja se apóia em alguns textos do Evangelho que se harmonizam plenamente com os textos acima. Em Mt 16,16-18, depois que Pedro, em nome dos discípulos, reconheceu Jesus como o Messias, Jesus lhe dá o nome de Rocha, prometendo que edificará sua Igreja sobre esta Rocha e dá a Pedro as chaves do Reino do Céu e o poder para ligar e desligar. Os textos dos outros Evangelhos concordam com o mandato de Pedro apresentando a função especial dele no seio da Igreja. Em Jo 21, Pedro é encarregado de apascentar os cordeiros e as ovelhas, isto é de ser o Pastor do rebanho de Jesus. Trata-se, no sentido bíblico, do mandato de governar, que aparece também claramente em Mt 16, 16-18. Eusébio, que escreveu a primeira História Eclesiástica, nos inícios do quarto século, refere-se a Igreja de Roma como a Igreja dos Apóstolos Pedro e Paulo. Isso dava uma importância simbólica muito grande a essa Igreja, pois Pedro e Paulo são as principais figuras do cristianismo primitivo, depois de Cristo. Em Um Judeu Marginal, o historiador americano John Meier afirma: "As decisões de Pedro, autorizadas aqui na Terra, são ratificadas no reino do céu. Pedro fica no lugar de Jesus. A autoridade que ele recebe diretamente de Cristo se estende a toda a Igreja, sem restrição".
A posição especial de Pedro na Igreja se apóia em alguns textos do Evangelho que se harmonizam plenamente com os textos acima. Em Mt 16,16-18, depois que Pedro, em nome dos discípulos, reconheceu Jesus como o Messias, Jesus lhe dá o nome de Rocha, prometendo que edificará sua Igreja sobre esta Rocha e dá a Pedro as chaves do Reino do Céu e o poder para ligar e desligar. Os textos dos outros Evangelhos concordam com o mandato de Pedro apresentando a função especial dele no seio da Igreja. Em Jo 21, Pedro é encarregado de apascentar os cordeiros e as ovelhas, isto é de ser o Pastor do rebanho de Jesus. Trata-se, no sentido bíblico, do mandato de governar, que aparece também claramente em Mt 16, 16-18. Eusébio, que escreveu a primeira História Eclesiástica, nos inícios do quarto século, refere-se a Igreja de Roma como a Igreja dos Apóstolos Pedro e Paulo. Isso dava uma importância simbólica muito grande a essa Igreja, pois Pedro e Paulo são as principais figuras do cristianismo primitivo, depois de Cristo. Em Um Judeu Marginal, o historiador americano John Meier afirma: "As decisões de Pedro, autorizadas aqui na Terra, são ratificadas no reino do céu. Pedro fica no lugar de Jesus. A autoridade que ele recebe diretamente de Cristo se estende a toda a Igreja, sem restrição".
Portanto, a única Igreja que tem linhagem com os apóstolos é a Igreja Católica, Apostólica, Romana. Depois de Pedro vieram Lino, Anacleto, Clemente...João Paulo II, e agora o 265º Papa, Bento XVI, numa sucessão ininterrupta.
Pedro foi martirizado no dia 29 de junho do ano 64 na colina Vaticana, em Roma, durante a perseguição de Nero, como atesta o historiador pagão Tácito, referindo-se a multidão de cristãos que morreram na perseguição que se seguiu ao incêndio de Roma.
Pe. Carlos Alberto Seixas de Aquino
Pároco de Fátima