quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Prof. Marcos Lima

Pe. Zezinho, scj - Preguiça espiritual

Negar-se a anunciar Jesus é grave, mas anunciá-lo apressada e superficialmente também é. Sair por aí anunciando que Jesus nos soprou aos ouvidos e por nosso meio manda mais um recado ao mundo é como aceitar operar um paciente do coração sem ter estudado medicina.

Dar a Deus o coração e negar-se a lhe dar o cérebro é tão grave quanto acelerar o carro e ao mesmo tempo pisar no freio. O motor funde ou a fé rodopia. Por isso, cristãos que sabem ler, mas por não gostarem de livros, não fazem o menor esforço por aprender mais do que já sabem, e assim mesmo sobem aos púlpitos e banquinhos de igrejas e salões garantindo que Deus quer isto mais isto mais aquilo, estão blefando. Eles não sabem tanto quando dizem saber e não são tão inspirados quanto dizem ser.

Um autor, Richard Dawkins, ateu militante e combativo escreveu Deus, um Delírio; A Grande História da Evolução; O Maior Espetáculo da Terra: as evidências da Evolução; O relojoeiro cego, a Evolução Contra o desígnio Divino, fez o mesmo que outro autor que na mesma estante anunciava: Deus quer que você Enriqueça. Paul Zane Pilzer. Centenas de livros provam que Deus existe e centenas de outros negam sua existência. Há os que negam que Deus possa ter dito ou feito o que quer que seja e os que garantem que Deus disse o que Deus nunca diria.

Esforçados ateus ou agnósticos recheiam hoje nossas estantes tentando provar que Deus é um delírio da humanidade. Esforçados crentes tentam provar que Deus é uma realidade. Outros garantem que Deus falou com eles e lhes deu mais um recado. E não faltam livros a dizer que todos os dias a mãe de Jesus dá um recado a determinado vidente. Há quem creia e há quem duvide.

Os livros a favor e contra a religião provocam que os lê a tomar posição a partir de uma longa e comparada reflexão. É melhor ter um mapa com inúmeras estradas do que arriscar a viagem apenas no palpite ou na certeza de que a única estrada nos levará. Pode haver alguma ponte caída! Certeza de que Deus não existe é quase igual á certeza de que ele existe. Quando não há a menor dúvida é porque não houve suficiente reflexão. Vale o que disseram os discípulos:- Cremos, mas aumenta nossa fé! ( ) Tinham concluído que Jesus estava acima do seu raciocínio. Mas ao menos raciocinaram!
Texto: Pe. Zezinho, scj
Fonte: Edições Paulinas

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